Ao participar do debate na audiência pública de hoje (28) na CMM, o vereador Hissa Abrahão (PPS) parabenizou o colega Mário Frota (PDT) por ter proposto a audiência, dizendo que o pedetista sabe expressar a vontade do povo, como fez em relação à Santa Casa de Misericórdia, que foi uma de suas bandeiras de luta e cujo objetivo foi alcançado, pois um grupo de empresários decidiu assumir o compromisso de reabrir aquela tradicional casa de saúde de Manaus.
Hissa ressaltou que mais do que propostas apresentadas, as autoridades precisam valorizar a vida das pessoas do interior. Ele disse não entender por que os governos não fazem obras necessárias à população e fingem que o problema não existe. “A construção da estação hidroviária é importante, mas o governo precisa melhorar também o sistema de transporte fluvial, pois assim como o transporte coletivo urbano, onde as pessoas andam como sardinhas em lata, a mesma coisa acontece nos barcos regionais, onde não existe conforto para os passageiros”, criticou.
“Tem coisas que eu não entendo. Quando vou ao aeroporto Eduardo Gomes às 8h ou às 10h, o local está vazio, mas se vou ao meio-dia ou a meia-noite, o saguão está lotado. Acho que tem alguma coisa errada. Até suspeito que essa história de obsoleto seja falácia dos governantes”, alfinetou, acrescentando que é favorável à melhoria da infra-estrutura da cidade, mas não está convencido sobre a viabilidade de construção de um porto na área do Encontro das Águas. Já o vereador Homero de Miranda Leão (PHS) ressaltou que os governantes precisam ter coragem para implementar as obras que vão proporcionar as mudanças de hábito da população. Ele lembrou que no passado a cidade de Manaus enfrentou uma epidemia de cólera e, na condição de médico sanitarista, participou de algumas campanhas de prevenção a essa doença, que tem como principal aliada à falta de saneamento.
O parlamentar contou que as embarcações regionais não possuem caixa coletora de dejetos e as fezes são jogadas diretamente nos rios. Disse que sua maior surpresa foi quando vistoriou um navio-hospital da Marinha, que também não tinha a caixa coletora, com a agravante que ali estavam pessoas acometidas de doenças e que poderiam contaminar todas as pessoas que bebem dessa água ao longo dos rios.
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Fotografia: Heraldo Rocha
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