quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

VOTO DE DESPOLITIZADO É MANIPULADO À BASE DE MUITO DINHEIRO


O BRASILEIRO ESQUECE EM QUEM VOTOU PORQUE O PARLAMENTO ESTÁ CARENTE DE GRANDES ORADORES, LÍDERES E ABARROTADO DE MAUS POLÍTICOS QUE SÓ QUEREM SE LOCUPLETAR COM O ERÁRIO PÚBLICO, À SURDINA, SEM ALARDE, PORQUE A CORRUPÇÃO, NO BRASIL, É CULTURAL. Pesquisa que o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) mandou fazer demonstra que 22 por cento da população do país já não lembra em quem votou para deputado estadual e quase o mesmo percentual, também, não recorda em quem votou para deputado federal.

Pesquisa feita pelo DataFolha, antes das eleições deste ano, apontavam que mais de 71 por cento dos eleitores entrevistados não lembravam em quem haviam votado para deputado estadual e federal. Possivelmente, daqui a mais um ou dois anos, o percentual dos que votaram nas eleições de outubro vai ser o mesmo, ou, quem sabe, até mais elevado.

É por causa desse tipo de eleitor, que vota de forma irresponsável, sem examinar a história do candidato - se presta ou se trata de um patife que quer manipular um mandato político para se dar bem na vida - é que a classe política deste país continua ruim, na sua grande maioria atrelada ao dinheiro dos respectivos poderes executivos, em busca de fazer negócios e enriquecer.

Por que, por exemplo, os nossos legislativos municipal e estadual estão lotados de neguinhos apoiando o prefeito e o governador? É pelos belos olhos deles? Coisa nenhuma! São os favores, muitos milionários, basta ver o número de deputados estaduais que montaram clínicas, fundações e outros tipos de arapucas, que se empanturraram com dinheiro dos impostos do contribuinte.

Em época de eleição essas entidades financiam a campanha dos seus proprietários que voltam à Assembléia para continuar mamando nas tetas da viúva e fazer o de sempre: continuar bajulando o governador de plantão, seja lá ele quem for. É um círculo viciado, vicioso e interminável, praticado pelo responsável por compras de votos de eleitores que, um mês depois da eleição, já não recordam em quem votaram.

Com esse tipo de candidato e de eleitor como fazer esse país transformar-se no que os homens e mulheres conscientes o desejam que seja? É muito difícil. O certo seria a cada eleição o processo de escolha sofrer depuração e os parlamentares do país melhorar. Numa democracia verdadeira é isso que se espera, agora, num país em que o voto das populações despolitizadas continuam manipuladas pelo cabresto eleitoral, à base de muito dinheiro, é impossível tal evolução.

É por isso – e quem duvida – que o Brasil continua marcando passo, sendo apontado, mesmo entre países pobres da América do Sul, em termos de educação, saúde saneamento e segurança, bem abaixo da maioria. Fato que, convenhamos, é uma vergonha.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM