Bandidos usam armamento de Guerra (metralhadoras e fuzis) para assaltar posto de gasolina. Quem diria. Infelizmente Manaus virou isso, uma cidade insegura, onde pessoas são sequestradas e carros são roubados para assaltos e, como se não bastasse, os facínoras ainda levam o proprietário do estabelecimento na mala do veículo. Mas não é tudo. Segundo as estatísticas, de um ano para cá mais de mil pessoas foram assassinadas. A verdade é que assalto acompanhado de morte está tão banalizado que a imprensa começa a perder interesse por muitos casos que ocorrem na cidade, alguns deles revoltantes.
Digo e provo. Nessa semana passada três bandidos assaltaram a casa do empresário Sólon Ferreira de Souza, 71 anos, pessoa conhecida, respeitada e querida do bairro de Educandos, mas a repercussão foi nenhuma. Os moradores do bairro ficaram revoltados, desolados com a perda. Mas a quem recorrer? Ao papa? À rainha da Inglaterra? Pelo que se sabe uma câmera de segurança filmou tudo, porém, até o presente momento, nenhum dos bandidos que perpetraram o nefando crime foi preso.
Enquanto a família e os amigos choram a perda do Sólon, os bandidos palitam os dentes em algum lugar da cidade e, com certeza, apostando na impunidade, a essa hora já estão tramando onde fazer novo assalto. Como se pode viver em paz numa cidade que diariamente pessoas estão sendo assassinadas nas ruas ou nas residências e comércios, assaltadas à luz do dia? Por favor, governador Omar Aziz, dê logo início a tal Ronda nos Bairros. As viaturas já chegaram, mas dormem nos pátios, enquanto isso policiais civis e militares continuam de braços cruzados nas delegacias e nos quartéis.
Governador Omar, o exemplo do programa Tolerância Zero, acionado pelo ex-prefeito de Nova Iorque, Rudolph Giuliani, deve servir de modelo para Manaus. Não se combate delitos - sejam eles cometidos pelo crime organizado ou mesmo de pequena importância, a exemplo dos cometidos por gangues de rua - que não seja de forma ostensiva, com forte aparato policial. A presença do policial nas ruas, fortemente armado, inibe o criminoso e protege a sociedade. Perguntar não ofende: Ora, Governador, se as viaturas já chegaram e os policiais estão aí, por que não colocá-los nas ruas para proteger o nosso povo, hoje órfão de segurança pública?
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
Foto: acritica.uol.com.br