ESCÂNDALO
REI: Usando a privatização do lixo armou um esquema, com cara e jeito de
corrupção, envolvendo R$ 7 bilhões. Com a Águas do Brasil, fechou um negócio de
R$ 3,4 bilhões.
Nunca ocorreu por estas bandas uma onda de
privatizações como acontece agora. Amazonino, como governador procurou
privatizar todos os setores públicos do Estado e, agora como prefeito, os do
município de Manaus.
Como governador privatizou o Banco do Estado
do Amazonas (Bea), a Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama), a Cigás e, numa
bandeja de prata, entregou o Porto de Manaus à família De Carli. Só não vendeu
o Teatro Amazonas e o Encontro da Águas porque não podia.
Eleito prefeito de Manaus começou pela lei
que criou a taxa do Lixo, que culminou com a terceirização do setor. Depois
veio a do estacionamento, também conhecido por Zona Azul, no mesmo esquema. No ano passado resolveu privatizar todos os
espaços públicos que ainda restavam, a exemplo de feiras, mercados, parques,
Ponta Negra, praças de alimentação e até os cemitérios. Nada ficou de fora.
Nesse embalo de entregar tudo a terceiros,
o prefeito Negão agora resolveu entregar todo o lixo produzido em Manaus a uma
única empresa, num negócio bilionário, envolvendo R$ 7 bilhões.
Antes desse casamento feito atrás da
igreja, de forma secreta entregou a concessão da água do município a Águas do
Brasil, de propriedade do Grupo Solvi que, por coincidência é também
proprietário da Águas do Amazonas, um negócio que envolve a soma astronômica de
R$ 3,4 bilhões. Nesse ato, de forma explícita, praticou advocacia
administrativa, o que, pela legislação brasileira, é crime.
Mas agora, usando a privatização do lixo,
com base na lei que, na marra, aprovou na Câmara, usando a maioria que ele manda
e desmanda, armou um esquema, que agora veio à tona, com cara e jeito de
corrupção da braba, envolvendo R$ 7 bilhões. Esse é o preço deste outro golpe
de mestre contra o bolso dos manauenses, que batizei de escândalo rei, possivelmente
a última grande jogada de mestre do Amazonino nesse final de governo. Agora
acredito que ele não é mesmo candidato à reeleição. Para que? O caixa da
aposentadoria está bombando. Para cima deles, Srs. do Ministério público.
Por: vereador Mário Frota
Líder
do PSDB na CMM
Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
Ilustração:pcbmao.blogspot.com