DESCASO
Vereadores fogem de discussão sobre construção de novo porto
O vereador Mário Frota requereu, pela segunda vez, audiência pública para discutira viabilidade em um novo porto para passageiros. Segundo, os vereadores fogem da discussão desde o ano passado.
A criação de um novo porto alternativo para embarque de passageiros voltou a ser proposto na CMM (Câmara Municipal de Manaus) pelo vereador Mário Frota (PDT). Em outubro de 2009 o parlamentar já havia feito um requerimento para a realização de uma Audiência Pública para discutir a construção do porto, mas, sem nenhum apoio dos colegas vereadores, a proposta foi engavetada. O vereador agora apela para a mobilização popular e empresarial para forçar a atenção das autoridades (prefeitura de Manaus e governo do Estado) a iniciarem debates sobre a obra.
“Não há interesse do poder político, acredito. A prefeitura prefere gastar o dinheiro público em um terminal pesqueiro que não existe e que não vai servir pra nada, em vez de investir nessa obra que seria uma solução para desafogar o transporte fluvial de Manaus”, comentou Mário Frota.
Para o vereador a construção de um novo porto alternativo para embarque e desembarque de passageiros poderia aliviar o trânsito no centro da cidade. De acordo com o parlamentar, o local onde antes funcionava a Siderama (Companhia Siderúrgica do Amazonas), próximo ao Ceasa, seria apropriado para a construção desse novo porto para resolver a situação de congestionamento de veículos nas proximidades da Manaus Moderna e do Roadway. Para começar a debater o assunto, Frota requereu, esta semana, uma Audiência Pública. “Os vereadores precisam discutir a relevância da obra para levarmos, depois, o assunto ao prefeito de Manaus e ao governador”, afirmou.
O vereador explicou ainda que o local sugerido, onde funcionava a Siderama, uma área de 300 mil metros quadrados, compreendia de vários galpões de produção e do setor administrativo, foi passada a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) que instalaria no local o Eizof (Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus), criado em 1992 e que funcionou de maneira provisória de 1993 até o inicio de 2000, no Porto de Manaus. Após esses anos, apesar da Suframa ter um projeto pronto, não conseguiu viabilizar recursos junto ao Governo Federal para instalação desse porto.
“Nesses últimos anos foram criados dois grandes portos para descarga de containeres: O Porto Chibatão e o Super Terminais, ambos localizados na Colônia Oliveira Machado. Contamos, também, com o velho Rodway e há a possibilidade de construção do Porto das Lages, mas a cidade precisa de um porto para embarque de pessoas, porque 90% do público que viaja para o interior é via barco e a situação atual a que estão sendo submetidos é vergonhosa”, disse Frota, lembrando que as pessoas que viajam ao interior precisam se submeter a situações perigosas de assaltos, muito comuns na área da Manaus Moderna e enfrentar a superlotação do local. “Há perigo, não apenas às pessoas que viajam, mas às embarcações também, que têm dificuldade até para encostar no porto, porque fica superlotado, correndo risco de colisão”, lembrou.
Hoje, a cidade de Manaus possui o porto histórico e oficial da cidade, que começou a ser construído pelos ingleses em julho de 1902 e os portos Chibatão e Super Terminais, destinados à movimentação de contêineres. Na opinião do vereador, a viabilização de um porto destinado à população é importante também para se adequar a padrões de logística que uma cidade-sede da Copa de mundo de 2014 exige. “A meu ver, é um investimento necessário. Gasta-se uma fortuna para implodir o Vivaldão (estádio Vivaldo Lima), o que é um absurdo, mas não há interesse em oferecer segurança e conforto à população que viaja pelo interior de barco, pois os preços das passagens aéreas para o interior são verdadeiros absurdos”, ressaltou.
Novo porto permitiria rearranjo no trânsito
A instalação de um porto na Siderama, como alternativa para substituir o complexo de embarque e desembarque de passageiros da orla do centro da cidade vai reduzir o fluxo de caminhões e carretas na Manaus Moderna. Essa medida vai refletir no bolso do usuário com a redução de deslocamento, uma vez que cerca de 60% dos passageiros que viajam de barco vindos do Oeste do Pará e de outras regiões do Estado, residem na Zona Leste e Norte. “Assim reduziríamos o engarrafamento diário na área da Manaus Moderna, acentuando-se que, com a instalação desse porto seriam reativados os grandes armazéns da antiga Ceasa, levando-se em conta que comerciantes atacadistas que hoje estão isolados nas proximidades do Mercado Adolfo Lisboa migrariam para o Ceasa”.
Por: Lílian D’Araújo
perfil@jcam.com.br
Jornal do Comércio
Sexta-feira – 09.04.10 – Página A3
Vereadores fogem de discussão sobre construção de novo porto
O vereador Mário Frota requereu, pela segunda vez, audiência pública para discutira viabilidade em um novo porto para passageiros. Segundo, os vereadores fogem da discussão desde o ano passado.
A criação de um novo porto alternativo para embarque de passageiros voltou a ser proposto na CMM (Câmara Municipal de Manaus) pelo vereador Mário Frota (PDT). Em outubro de 2009 o parlamentar já havia feito um requerimento para a realização de uma Audiência Pública para discutir a construção do porto, mas, sem nenhum apoio dos colegas vereadores, a proposta foi engavetada. O vereador agora apela para a mobilização popular e empresarial para forçar a atenção das autoridades (prefeitura de Manaus e governo do Estado) a iniciarem debates sobre a obra.
“Não há interesse do poder político, acredito. A prefeitura prefere gastar o dinheiro público em um terminal pesqueiro que não existe e que não vai servir pra nada, em vez de investir nessa obra que seria uma solução para desafogar o transporte fluvial de Manaus”, comentou Mário Frota.
Para o vereador a construção de um novo porto alternativo para embarque e desembarque de passageiros poderia aliviar o trânsito no centro da cidade. De acordo com o parlamentar, o local onde antes funcionava a Siderama (Companhia Siderúrgica do Amazonas), próximo ao Ceasa, seria apropriado para a construção desse novo porto para resolver a situação de congestionamento de veículos nas proximidades da Manaus Moderna e do Roadway. Para começar a debater o assunto, Frota requereu, esta semana, uma Audiência Pública. “Os vereadores precisam discutir a relevância da obra para levarmos, depois, o assunto ao prefeito de Manaus e ao governador”, afirmou.
O vereador explicou ainda que o local sugerido, onde funcionava a Siderama, uma área de 300 mil metros quadrados, compreendia de vários galpões de produção e do setor administrativo, foi passada a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) que instalaria no local o Eizof (Entreposto Internacional da Zona Franca de Manaus), criado em 1992 e que funcionou de maneira provisória de 1993 até o inicio de 2000, no Porto de Manaus. Após esses anos, apesar da Suframa ter um projeto pronto, não conseguiu viabilizar recursos junto ao Governo Federal para instalação desse porto.
“Nesses últimos anos foram criados dois grandes portos para descarga de containeres: O Porto Chibatão e o Super Terminais, ambos localizados na Colônia Oliveira Machado. Contamos, também, com o velho Rodway e há a possibilidade de construção do Porto das Lages, mas a cidade precisa de um porto para embarque de pessoas, porque 90% do público que viaja para o interior é via barco e a situação atual a que estão sendo submetidos é vergonhosa”, disse Frota, lembrando que as pessoas que viajam ao interior precisam se submeter a situações perigosas de assaltos, muito comuns na área da Manaus Moderna e enfrentar a superlotação do local. “Há perigo, não apenas às pessoas que viajam, mas às embarcações também, que têm dificuldade até para encostar no porto, porque fica superlotado, correndo risco de colisão”, lembrou.
Hoje, a cidade de Manaus possui o porto histórico e oficial da cidade, que começou a ser construído pelos ingleses em julho de 1902 e os portos Chibatão e Super Terminais, destinados à movimentação de contêineres. Na opinião do vereador, a viabilização de um porto destinado à população é importante também para se adequar a padrões de logística que uma cidade-sede da Copa de mundo de 2014 exige. “A meu ver, é um investimento necessário. Gasta-se uma fortuna para implodir o Vivaldão (estádio Vivaldo Lima), o que é um absurdo, mas não há interesse em oferecer segurança e conforto à população que viaja pelo interior de barco, pois os preços das passagens aéreas para o interior são verdadeiros absurdos”, ressaltou.
Novo porto permitiria rearranjo no trânsito
A instalação de um porto na Siderama, como alternativa para substituir o complexo de embarque e desembarque de passageiros da orla do centro da cidade vai reduzir o fluxo de caminhões e carretas na Manaus Moderna. Essa medida vai refletir no bolso do usuário com a redução de deslocamento, uma vez que cerca de 60% dos passageiros que viajam de barco vindos do Oeste do Pará e de outras regiões do Estado, residem na Zona Leste e Norte. “Assim reduziríamos o engarrafamento diário na área da Manaus Moderna, acentuando-se que, com a instalação desse porto seriam reativados os grandes armazéns da antiga Ceasa, levando-se em conta que comerciantes atacadistas que hoje estão isolados nas proximidades do Mercado Adolfo Lisboa migrariam para o Ceasa”.
Por: Lílian D’Araújo
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Jornal do Comércio
Sexta-feira – 09.04.10 – Página A3
