Mário Frota: “Zona Franca de Manaus pode provocar esemprego porque é intenção criminosa de nos fazer voltar à antiga condição de porto de lenha”.
Discute-se a Medida Provisória 534, envidada pela presidente Dilma ao Congresso Nacional (a emenda que permite o Estado de São Paulo produzir tablets), mas nenhum parlamentar da nossa bancada federal lembrou-se de condenar a Medida Provisória 517 que, no seu artigo 18 inclui o modem na lista DOS PRODUTOS DE INFORMÁTICA, COM REDUÇÃO A ZERO DAS ALÍQUOTAS DO Pis – Pasep e da Cofins, incidentes sobre a venda a varejo em todo o território nacional. Em outras palavra: adeus modems em Manaus; a partir de agora eles serão produzidos no Sul/Sudeste.
A medida foi aprovada na semana passada sem que a bancada federal desse um pio. Na hora da votação no Senado um dos nossos senadores se absteve e uma senadora desapareceu do plenário para não votar. Isto é ou não é uma vergonha? É o que venho dizendo: que falta faz o Arthur no Senado. Bem, muita gente babaca que votou nos candidatos do Lula agora começa a chorar. Ora, agora é tarde, dona Inês já é morta e está enterrada.
Quando menino ouvi muito da minha mãe, dona Diva, “que só existe esperto porque existe tolo”. É isso aí, os panacas de todos os tempos têm uma predisposição imensa de se apaixonar pelo canto da sereia. O resultado é que, por esse eterno cretino votar mal, todos terminamos sofrendo, padecimento extensivo aos nossos filhos e netos.
O Emenda Provisória 517, agora aprovada sem se ouvir um pio por parte dos nossos ilustres representantes no Congresso Nacional, no seu art. 19 altera o parágrafo 7º, do art. 4º, da Lei 8248, de 23/10/1991 (Lei da Informática), ampliando o benefício de redução de IPI para os bens de desenvolvimento no País que sejam incluídos na categoria de bens de informática e automação.
Ora, tudo isso vem de encontro, ou seja, vem rebentando os interesses da Zona Franca de Manaus, pois vai provocar o desemprego, é intenção criminosa de nos fazer voltar à antiga condição de “porto de lenha”. Disse um dos nossos três senadores, numa tentativa desesperada de fugir das suas responsabilidades frente ao problema “que de um limão se faz uma limonada”. Em tom de crítica o ex-senador Arthur Virgílio o rebate neste último domingo, na sua coluna do Diário do Amazonas, que a forma de se esquivar da responsabilidade do problema é ridícula, acovardada, pois que não é limonada, coisa nenhuma, mas uma “beberagem fatal para o futuro do Amazonas e do seu povo.”
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM