FALEI DESSE BLOG QUE A PONTE IRIA NOS CUSTAR MAIS DE R$ 1 BILHÃO. AJUDE-ME, CARO LEITOR, A ENTENDER A RAZÃO PORQUE A PONTE LICITADA EM R$ 574 MILHÕES, ANTES DA SUA ENTREGA, JÁ ESBARROU EM R$ 1,O5O BILHÃO. TEVE TRUTA OU UM CARDUME DELAS NESSA OBRA? GOSTARIA DE OUVIR DE ALGUÉM UM EXEMPLO IGUAL EM TODO O PAÍS. E a ponte Manaus/Iranduba, quando sai mesmo? Essa pergunta todo mundo faz, principalmente as pessoas que diariamente são obrigadas a usar o péssimo serviço das balsas.
A obra, desde o fim da última eleição, está parada. Ora, por que correr agora se o objetivo (eleitoral) já foi alcançado? A verdade é que ninguém ainda sabe quando irão entregá-la ao público. O que se sabe é que ela inicialmente foi licitada em R$ 574,8 milhões, mas, com o passar do tempo, mais R$ 476 milhões foram incorporados aos custos da ponte a título de aditivos. Um absurdo, mais do que isso, um escândalo, levando-se em conta que, pela legislação do país, nenhuma obra pública pode receber aditivo superior a 25 %. Agora pasmem! Esses 25% de aditivos, já saltaram para 82,7 %.
E então por que esse salto tão extraordinário que praticamente dobrou o preço da ponte? Essa pergunta quem deve responder é o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público do Estado (MPE). Uma coisa é certa: fossem essas verbas financiadas pelo Governo Federal, a essa altura do campeonato já teria muito neguinho enrolado, intimado a prestar contas sobre a subida astronômica nos custos com a ponte.
O que não entendo é o silêncio desses dois órgãos, responsáveis pela fiscalização. E então, houve jogo para beneficiar a empresa ganhadora da licitação? Pessoalmente não tenho como responder a tal pergunta. Tudo o que sei é que, em muitos casos a lei é burlada e a realidade é mascarada, a exemplo de empresas que apresentam preços menores para, lá na frente, conseguir vantagens mediante aditivos compensadores.
No caso da ponte a coisa foi longe demais, pois o aumento com aditivos ultrapassou os 25% do que estabelece a lei 8.666 e já esbarra em 82,7. Por me considerar um tanto burrinho, ou seja, por não ter massa cefálica para entender certas coisas é que venho, mais uma vez, daqui deste humilde blog, fazer um apelo ao Ministério Público do Amazonas e ao TCE, no sentido de me explicar o que, por mais que me esforce, não consigo entender e, como não entendo, teimo em não aceitar.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM