Para
conseguir dinheiro para sustentar a família é obrigado a trabalhar mais de 14
horas por dia. Em caso de atraso as empresas tomam o carro.
Leio hoje, no Jornal Diário do Amazonas,
que algumas empresas, a exemplo da Sila Veículos e a Edson Rent a Car, controlam hoje mais de 300 concessões
públicas de placas de táxis, usadas por
elas para obter ganhos de até 500%, com
venda de carros.
Trata-se de um escândalo que os últimos
prefeitos e a Câmara Municipal de Manaus (CMM) nunca moveram uma palha com o propósito
de coibir tal imoralidade. Bem a propósito, os vereadores da CMM, em 2.007,
recuaram de uma Emenda à Lei Orgânica do Município que, se aprovada, essas
empresas perderiam essas mais de três centenas de placas, que hoje
criminosamente manipulam, para ganhar rios de dinheiro.
O jogo da bandalheira é o seguinte: Um carro,
que no mercado custa R$ 30.000,00, essas empresas o revende, acompanhado de uma
placa de táxi, pelo valor de R$ 160.000,00. O motorista tem que pagar o carro
em 40 meses, prazo em que ele é obrigado a devolver a placa à empresa. A partir
do dia em que começa a dirigir o táxi, fica obrigado a pagar diariamente R$
130,00 para a empresa. O cidadão que comprou o tal carro assume todas as
despesas com o veículo, como: gasolina, troca de óleo, reposição de peças e
mais o que acontecer, inclusive gastos com acidentes.
O pobre coitado, ao aceitar fazer o
negócio, passa à triste condição de escravo da empresa que lhe vendeu o carro.
Para conseguir algum dinheiro para sustentar a família, vê-se obrigado a
trabalhar mais de 14 horas por dia. Em caso de qualquer atraso no pagamento das
prestações, os capangas das empresas tomam na marra o carro, e o pobre coitado
perde tudo o que nele investiu.
Trata-se de uma ilegalidade, haja vista
que, por se tratar de uma concessão pública, essas placas não podem ser
negociadas. O uso delas é privativo do cidadão que dirige o táxi, tão somente.
Por que então, até o presente momento, essas empresas continuam a usar
ilegalmente essas placas com objetivo de enriquecer? Alfredo Nascimento, Serafim
e, agora, o Amazonino, fecharam os olhos e deixaram que as coisas corressem
frouxas. Que tipo de caroço existe por baixo desse angu? Ou melhor, essas
empresas fazem esse tipo de picaretagem sem usar de suborno? Deixo que leitor
deste humilde Blog tire as suas próprias conclusões.
Por:
vereador Mário Frota
Líder
do PSDB na CMM
Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM