sábado, 20 de setembro de 2014

ESTUDANTE DE ARQUITETURA MOSTRA INTERESSE PELA REVITALIZAÇÃO DO HOSPITAL DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA



 Esse e-mail vai com cópia para o jornalista Roberto Pacheco, o assessor do Vereador Mário Frota - eles poderão municiar você e seus colegas do Curso de Arquitetura, com todas as informações sobre a história e a situação atual daquela instituição.

Por: José Rocha
Fico bastante feliz quando recebo e-mails de jovens estudantes amazonenses que, ao lerem o meu humilde blog, demonstram interesse em conhecer com mais profundidade a história da nossa cidade, principalmente, da revitalização de alguns prédios que estão abandonados pela nossa sociedade – para exemplificar, publico uma correspondência com a Fabiana Novélo, estudante de Arquitetura da Nilton Lins.

Boa tarde,
Sou estudante de Arquitetura da Faculdade Nilton Lins e estamos fazendo um trabalho sobre a Santa Casa de Manaus, li a reportagem e gostaria de saber se o Sr. tem mais informações, ou conhece alguém que poderia nos contar um pouco mais sobre esse hospital e o motivo que o levou a fechar. Procurando informações, escutei que tem um projeto para reabertura do mesmo, parece ate que tem um documento com assinaturas recolhidas...

Grata e no aguardo de sua atenção

Fabiana Novélo

Minha resposta:

Olá Fabiana!
Muito agradecido por ter visitado o BLOGDOROCHA! Parabéns pela escolha da tua carreira profissional, pois o curso de Arquitetura tem formado grandes nomes em nossa cidade.
Com relação a Santa Casa de Misericórdia, o que posso te adiantar é que houve uma péssima administração dos provedores, deixando-a totalmente falida, com débitos de toda ordem, inclusive trabalhistas, chegada a mais de 10 milhões de reais.
Houve uma tentativa do Governo do Estado em assumir todo o passivo daquela instituição, mas, com a condição de gerenciar toda o seu patrimônio, reabrindo para a sociedade, no entanto, os administradores não aceitaram tal imposição, preferindo deixá-la fechada e, sendo sucateada com tempo.
Eu sou da década de 50 e, a grande maioria dos manauaras da minha geração, vieram ao mundo pelas mãos das antigas parteiras ou na maternidade daquele hospital.
Por sermos amazonenses e amarmos de paixão a nossa cidade e sua história, fazemos parte da sociedade civil organizada e, não medimos esforços para ver um dia o local onde nascemos ser novamente aberto.
Um dos políticos que mais trabalha para que isso aconteça, chama-se Vereador Mário Frota - escrevo isso não com a intenção de promovê-lo ou ajudá-lo em em sua campanha para a galgar ao cargo de Deputado Estadual, mas, por acompanhar o seu árduo trabalho em prol da nossa Santa Casa.
Esse e-mail vai com cópia para o jornalista Roberto Pacheco, o assessor do Vereador Mário Frota - eles poderão municiar você e seus colegas do Curso de Arquitetura, com todas as informações sobre a história e a situação atual daquela instituição.
Existe uma luz no fim do túnel - foi criado uma comissão administrativa, chamada "Nova Irmandade Santa Casa", composta por um grupo de amigos e beneméritos, com a finalidade de montar um plano de captação de recursos financeiros, para sanar todos os débitos, revitalizar o prédio e disponibilizá-la para o atendimento a toda população dos nossos municípios vizinhos.
Com a união e colaboração de todos, teremos de volta o esplendor do nosso querido Hospital Santa Casa de Misericórdia! É isso ai.

Fotocolagem: Rocha

SANTA CASA VIROU ALVO DE MERO OPORTUNISMO E LAMBANÇA POLÍTICA



Por: Vereador Mário Frota*

Com a aproximação das eleições, vários políticos, por mero oportunismo, passaram a se interessar pela Santa Casa. E tome promessas de que, eleitos, vão lutar pela reabertura desse grande hospital. Mas por que, só agora, essas pessoas aparecem como salvadores da pátria? Bem, a resposta todos sabem: lambança política.
Passei seis anos lutando pela reabertura da nossa Santa Casa de Misericórdia e, nesse tempo todo, nenhum político, ou seja, vereador, deputado ou sei lá o quê, apareceu para me ajudar com o seu apoio. Sozinho, com apoio de amigos, promovi seis grandes mutirões de limpezas no interior do prédio e nas áreas dos jardins. Sem ajuda de qualquer político com mandato, consegui trazer a Manaus os administradores das Santas Casas de Santos (SP), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Belém (PA) e todos se pronunciaram em Seminários. Três eventos foram promovidos no auditório do Taj Mahal Continental Hotel e o último, no plenário da Câmara Municipal (CMM). Nos encontros no Taj Mahal, o único político que apareceu foi o então presidente da CMM, Luiz Alberto Carijó. No ocorrido na Câmara, alguns vereadores deram as caras, mas desapareceram num piscar de olhos. 
No entanto agora, com a aproximação das eleições, vários políticos, por mero oportunismo, de uma hora para outra passaram a se interessar pela Santa Casa. E tome promessas de que, eleitos, vão lutar pela reabertura desse grande hospital, o mais antigo da nossa cidade. Mas por que, só agora, essas pessoas aparecem como salvadores da pátria? Bem, a resposta todos sabem: lambança política.
O pior é que atiram para todo lado. Os últimos agora aparecem com um papo de transformá-la em hospital para idosos. Nunca ouvi coisa mais absurda e despropositada. Vejamos. Na hora que isso acontecer nenhuma casa de saúde vai querer receber velhinhos, sob a argumentação de que existe um hospital para atendê-los: a Santa Casa.  Agora imagine um idoso que mora no Puraquequara, que passa mal, e de lá sai enfrentando esse nosso trânsito louco em busca de socorro. Como nenhum hospital vai atendê-lo, pois aonde ele chegar vão logo dizendo que o hospital para idoso é a Santa Casa, quando finalmente chegar ao destino já pode estar morto.  Alguém tem dúvida disso?
O certo é todo hospital ter uma ala para atender idosos. Pela sua fragilidade natural, o ideal é que ele seja atendido no hospital mais próximo da sua casa ou bairro onde reside. Esse é o certo. O resto é conversar de político que, irresponsavelmente, demagogicamente, fica fazendo todo tipo de promessa para ganhar eleição. A situação do prédio da Santa Casa, fechada há 10 anos, está se deteriorando a olhos vistos. A situação é grave, mais do que isso, gravíssima, haja vista que chove mais dentro do que fora. O telhado, em estilo colonial, coberto com telha cerâmica e sustentado por caibros de madeira, pode a qualquer hora começar a desabar. O mais importante agora é salvar o próprio prédio que pode ruir e, num segundo momento, aí sim, lutar pela sua revitalização e reabertura como hospital. O resto é conversa fiada, é coisa de político que busca ganhar eleição vendendo ilusões.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.