A Arena da Amazônia, construída em cima do melhor
estádio da região Norte do País, o Vivaldão.
Texto:
Vereador Mário Frota*
De
tudo o que foi prometido, só vai sobrar mesmo a Arena, construída em cima do
melhor estádio da região Norte do País, o Vivaldão, e a ampliação do aeroporto
Eduardo Gomes.
A realização da Audiência Pública para
discutir as obras da Copa, convocada por mim e pelo vereador Amauri Colares,
ocorrida no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nessa última
sexta-feira, contou com a presença dos atores responsáveis pelo sucesso desse grande
espetáculo futebolístico, organizado pela FIFA, que acontece mundo afora, de quatro
em quatro anos.
Presentes encontravam-se o coordenador da
Unidade Gestora da Copa, em Manaus, Miguel Copobiango, a Diretora-presidente da
Amazonastur, Oreni Braga, do Secretário da Manaustur, Bernardo Monteiro de
Paula, além de outras autoridades igualmente responsáveis pelo grande evento.
Como não poderia deixar de ser, o meu
pronunciamento foi de dura cobrança pelas promessas feitas no passado e não
cumpridas, a exemplo do BRT e do Monotrilho que, como eles mesmos admitiram, só
vão sair depois dos jogos da Copa, ou seja, num futuro que cheira a calendas
gregas. Ia esquecendo: o Omar prometeu construir o Memorial do Encontro das
Águas, projeto do grande Oscar Niemeyer, mas, pelo o que ouvi o Miguel
Capobiango, é obra também para depois da Copa.
De tudo o que foi prometido, desde a época
em que o Eduardo Braga conseguiu trazer a Copa para Manaus, só vai sobrar mesmo
a Arena, construída em cima do melhor estádio da região Norte do País, o
Vivaldão, e a ampliação do aeroporto Eduardo Gomes, uma mera puxadinha,
conforme expressão recentemente usada pelo deputado Marcelo Ramos.
Questionei a ausência da nova Rodoviária e
a não construção de uma estação hidroviária para o transporte fluvial, obras
extremamente necessárias num momento em que Manaus é uma das cidades sedes dos
jogos da Copa do Mundo de 2014.
Fiz ver que a Rodoviária que temos hoje,
além pequena, suja e caindo aos pedaços, não corresponde aos dias atuais, haja
vista que, além de servir a municípios do Amazonas e do Estado de Roraima, das
suas dependências também saem ônibus com destino a Caracas e a outras cidades
da Venezuela. Ninguém, com um mínimo de bom senso, ou seja, com o juízo no
lugar, consegue entender as razões que levaram os últimos governadores a
relegar para um terceiro ou quarto plano a construção de uma nova rodoviária.
Quanto ao porto para os barcos do
transporte de passageiros (estação hidroviária), obra extremamente necessária a
um Estado, onde a maioria das pessoas é transportada pelos rios, até a presente
data os cidadãos e cidadãs que aqui embarcam e desembarcam, em portos
improvisados da orla da cidade, o fazem de forma incômoda, desconfortável, subindo e
descendo por pranchas íngremes, o que leva, vez ou outra, alguém a despencar na
água, fato que, pessoalmente, já
presenciei na Manaus Moderna.
Enfim, depois de tantas promessas em passado
recente, de que até o início dos jogos da Copa, Manaus seria transformada numa
nova cidade, agora já se pode perceber, claramente, que tudo não passou de
enganação. Dos atuais governantes, o Arthur é o único que
não pode ser responsabilizado pelo o que aí está. Como responsabilizar quem
chegou agora? Assim como o povo, ele também é vítima. É fato.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição Justiça e Redação da CMM.