segunda-feira, 10 de junho de 2013

AUDIÊNCIA PÚBLICA ESCLARECE SITUAÇÃO DAS OBRAS PARA A COPA DO MUNDO




A Arena da Amazônia, construída em cima do melhor estádio da região Norte do País, o Vivaldão.
Texto: Vereador Mário Frota*

De tudo o que foi prometido, só vai sobrar mesmo a Arena, construída em cima do melhor estádio da região Norte do País, o Vivaldão, e a ampliação do aeroporto Eduardo Gomes.
A realização da Audiência Pública para discutir as obras da Copa, convocada por mim e pelo vereador Amauri Colares, ocorrida no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nessa última sexta-feira, contou com a presença dos atores responsáveis pelo sucesso desse grande espetáculo futebolístico, organizado pela FIFA, que acontece mundo afora, de quatro em quatro anos.
Presentes encontravam-se o coordenador da Unidade Gestora da Copa, em Manaus, Miguel Copobiango, a Diretora-presidente da Amazonastur, Oreni Braga, do Secretário da Manaustur, Bernardo Monteiro de Paula, além de outras autoridades igualmente responsáveis pelo grande evento.
Como não poderia deixar de ser, o meu pronunciamento foi de dura cobrança pelas promessas feitas no passado e não cumpridas, a exemplo do BRT e do Monotrilho que, como eles mesmos admitiram, só vão sair depois dos jogos da Copa, ou seja, num futuro que cheira a calendas gregas. Ia esquecendo: o Omar prometeu construir o Memorial do Encontro das Águas, projeto do grande Oscar Niemeyer, mas, pelo o que ouvi o Miguel Capobiango, é obra também para depois da Copa.
De tudo o que foi prometido, desde a época em que o Eduardo Braga conseguiu trazer a Copa para Manaus, só vai sobrar mesmo a Arena, construída em cima do melhor estádio da região Norte do País, o Vivaldão, e a ampliação do aeroporto Eduardo Gomes, uma mera puxadinha, conforme expressão recentemente usada pelo deputado Marcelo Ramos. 
Questionei a ausência da nova Rodoviária e a não construção de uma estação hidroviária para o transporte fluvial, obras extremamente necessárias num momento em que Manaus é uma das cidades sedes dos jogos da Copa do Mundo de 2014.
Fiz ver que a Rodoviária que temos hoje, além pequena, suja e caindo aos pedaços, não corresponde aos dias atuais, haja vista que, além de servir a municípios do Amazonas e do Estado de Roraima, das suas dependências também saem ônibus com destino a Caracas e a outras cidades da Venezuela. Ninguém, com um mínimo de bom senso, ou seja, com o juízo no lugar, consegue entender as razões que levaram os últimos governadores a relegar para um terceiro ou quarto plano a construção de uma nova rodoviária.  
Quanto ao porto para os barcos do transporte de passageiros (estação hidroviária), obra extremamente necessária a um Estado, onde a maioria das pessoas é transportada pelos rios, até a presente data os cidadãos e cidadãs que aqui embarcam e desembarcam, em portos improvisados  da  orla da cidade, o fazem de  forma incômoda, desconfortável, subindo e descendo por pranchas íngremes, o que leva, vez ou outra, alguém a despencar na água, fato que, pessoalmente, já  presenciei na Manaus Moderna.
Enfim, depois de tantas promessas em passado recente, de que até o início dos jogos da Copa, Manaus seria transformada numa nova cidade, agora já se pode perceber, claramente, que tudo não passou de enganação.   Dos atuais governantes, o Arthur é o único que não pode ser responsabilizado pelo o que aí está. Como responsabilizar quem chegou agora? Assim como o povo, ele também é vítima. É fato.   

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição Justiça e Redação da CMM.

 





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