segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MÁRIO FROTA EXPLICA DESISTÊNCIA À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA


O POVO TEM O DIREITO DE SABER AS RAZÕES PORQUE RECUSEI O CONVITE DO PREFEITO AMAZONINO PARA SER O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA. O povo de Manaus tem o direito de saber, com pormenores, o que aconteceu, na última quarta-feira, por ocasião da eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Manaus.

Candidato à presidência da Mesa com o apoio de cinco colegas vereadores, os companheiros Marcelo Ramos, Joaquim Lucena, Elias Emanuel, Ademar Bandeira e José Ricardo, tinha a minha candidatura o objetivo de marcar uma posição, de natureza política, contra o candidato do prefeito Amazonino Mendes, seja ele quem fosse.

Dentro da base do prefeito, constituída por 32 dos 38 vereadores com assento na Casa, a primeira candidatura a surgir foi a do vereador Homero de Miranda Leão, vice-líder de Amazonino na CMM e, a posteriori, entra no páreo o nome do líder do prefeito na CMM, o vereador Isaac Tayah.

Na terça-feira, que antecedeu a eleição, os dois candidatos da base do governo começaram a frequentar a minha casa em busca de apoio. Durante o dia e parte da noite, até umas 22:00 horas, os grupos liderados por Homero e Tayá se revezaram. Não sei se se tratava de mera coincidência mas, em nenhum momento, os dois grupos chegaram ao mesmo tempo.

Em minha casa, eu e os companheiros da oposição permanecemos de plantão. Da mesma forma como recebíamos um, recebíamos o outro, ou seja, sempre com disposição para o diálogo e o entendimento político, como manda o bom senso e a boa educação numa democracia.

Pela manhã do dia da eleição, às 8:00 horas, os meus companheiros da oposição decidiram que, apoiar a chapa liderada pelo Issac Tayá era a melhor forma para derrotar o Amazonino. O que estava matematicamente correto pois, sem os nossos seis votos, o candidato Homero de Miranda Leão, ostensivamente apoiado pelo prefeito, ganharia a eleição.

Às 9:30 horas entro no prédio da CMM e, antes de chegar ao meu gabinete, o telefone tocou. Atendi e a pessoa se identificou como sendo o Capitão Otávio, assessor do prefeito Amazonino Mendes. Inicialmente acreditei tratar-se de um trote, uma brincadeira de algum amigo, razão porque, em tom de brincadeira, disse: olha, o Amazonino é um eleitor e cidadão de Manaus e, como tal, ele tem o direito de falar comigo, e eu, o dever de ouvi-lo.

Ato contínuo fiquei surpreso ao constatar que o Amazonino era a pessoa que estava do outro lado da linha. E porque fiquei surpreso? Por uma razão bem simples: no seu último mandato como governador, por vingança política - em razão da denúncia que fiz envolvendo a construção de uma mansão, na época avaliada pela imprensa nacional em US$ 3 milhões, construída nas margens do Igarapé do Tarumã - tentou me atingir com a história de uma gravação que o seu grupo forjou para me incriminar, apresentando-me como intermediário de uma propina entre o então senador e presidente do Senado Jáder Barbalho e um empresário local. Ora, por tudo isso, há muitos anos não troco uma palavra com ele. Ainda por cima, venho fazendo, da tribuna da Câmara, uma oposição muito dura à sua administração.

Mas o certo é que ele entrou na linha e me fez um apelo para que eu aceitasse substituir seu candidato, o Homero. Mais do que surpreso, fiquei espantado, confuso. Procurei me acalmar e respondi: Olha Amazonino, eu não sou candidato de mim mesmo. Sou candidato do grupo da oposição a você nesta Casa. A decisão, portanto, tem que ser coletiva. E aí ele insistiu: “Mário prefiro ser derrotado pelo adversário sincero, do que pelo aliado desleal, desonesto. Prefiro você na presidência da Câmara, a ver o Eduardo, que hoje me esfaqueia pelas costas, emplacar o Tayah”. E prosseguiu: “o meu grupo tem 18 votos e, com mais o teu, empatamos. Resultado: pela idade você ganha do Tayah”. Frente à insistência, procurei botar um ponto final na conversa: ‘Amazonino, já estamos nos 44 minutos do segundo tempo. Não há mais espaço para negociação, pois, hoje pela manhã, ficou acertado com os meus colegas da oposição, a retirada da minha candidatura em benefício da do Tayá. Desculpe, vou desligar o telefone porque já estou entrando no plenário’.

Entro no plenário e, ao meu encontro, vem o Wilker Barreto e o Hissa Abranhim, dois apoiadores do Homero e me dizem que, em consonância com o Amazonino, eles estavam dispostos a substituir o nome do Homero pelo meu. E se eu aceitava. Respondi-lhes que a decisão não era minha, mas do grupo dos companheiros da oposição que me apoiavam.

Foi um “Deus no acuda”. O grupo do Homero de um lado me puxava e me dizia aos gritos que, com o apoio deles eu estava eleito presidente da Casa, que seria o vice-prefeito e, ocasionalmente, o prefeito do município, enquanto o do Tayah, aliado aos meus companheiros da oposição me empurravam para o outro lado, sob o argumento de que se tratava de “canto da sereia”. Para acabar com a confusão que estava posta, pedi que me deixassem ir à tribuna onde iria me manifestar e colocar um ponto final a toda àquela confusão.

Da tribuna agradeci ao vereador Homero e aos seus apoiadores por lembrar do meu nome, mas que, infelizmente, em razão da palavra assumida há poucas horas, o nosso grupo iria apoiar o vereador Isaac Tayah para a presidência da Casa. ‘Sei que estou abrindo mão da presidência da Câmara, de ser o vice-prefeito e, algumas vezes, o prefeito de Manaus. Sei que estou abrindo mão de tudo isso, mas não pode ser diferente’. E concluí: ‘um homem é dono de uma honra e, quando ele a perde, nada mais lhe resta, a não ser a vergonha. A minha história, construída com tantos sacrifícios, não pode ficar manchada por um momento de ambição política. Quero continuar sendo respeitado pelos meus amigos, meus filhos, assim como não ter vergonha de me olhar no espelho’.

Alguns amigos me censuraram por abrir mão de tal oportunidade, mas desejo que eles entendam que, pela minha trajetória política, pautada na ética e na moral, não poderia ser diferente e, se o tempo voltasse, faria tudo de novo.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ARTHUR NETO AGRADECE APOIO DE MÁRIO FROTA


Meu caro Mário,

Com a atenção quase inteiramente voltada para a apuração das graves irregularidades ocorridas nas últimas eleições, em nosso Estado, quando tudo fizeram para me derrotar – um Davi contra um Golias que tinha de ganhar a qualquer custo – somente agora pude ler seu artigo “Não desista, Arthur!”

Receber seu apoio, seu incentivo – e escrito num momento em que nem se sabia bem dos meios a que recorreram os adversários – foi e é, para mim, mais que gratificante. Você, como verdadeiro amigo, esqueceu divergências passadas e usou de palavras generosas para comigo. E foi direto ao ponto ao denunciar o complô contra mim armado pelo ódio e pelo rancor.

Fique certo, Mário, de que tomo sua convocação como mais uma força para não desistir. E não desistirei. Continuo na luta, confiando em que a Justiça derrubará as distorções do pleito, permitindo-me continuar, no Senado, a permanente luta em defesa dos interesses do Amazonas e da Amazônia. Nisso, e em tantas outras coisas, estamos juntos.

Com os agradecimentos, comovidos, pelo seu incentivo, receba o abraço fraterno do sempre amigo

Aproveito a oportunidade para desejar a você e sua família votos de Feliz Natal e um Ano Novo com paz e prosperidade, num país e mundo que desejamos melhor, com Justiça e Paz

Arthur Virgílio Neto

NÃO DESISTA, ARTHUR!


Reproduzimos, a seguir, o artigo que deu origem à carta de agradecimento do senador Arthur Neto

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

NÃO DESISTA, ARTHUR!

Por: MÁRIO FROTA

É possível que o Amazonas, nos próximos 20 anos, não tenha um senador à altura do Arthur Virgílio Neto, isso, naturalmente, se ele não retornar à Casa de Rui Barbosa daqui a quatro anos.

A imprensa nacional o considera o melhor orador do Congresso Nacional, pelo menos é o que, dia desses, ouvi da boca de vários cientistas políticos entrevistados pelo jornalista Tarcísio Holanda. Mais do que isso: o entrevistador deplorou a sua futura ausência do Senado, por se tratar de um político que, segundo ele, é culto, íntegro, experiente e excelente articulador.

O que está por trás da derrota de Arthur Virgílio Neto? O ódio e rancor de Lula que, por diversas vezes teve projetos de seu interesse derrotados pelo senador amazonense no plenário do Senado, incluindo a CPMF, um imposto criado com propósito de retirar a saúde do buraco e depois ser revogado, mas que, infelizmente, terminou por se estender, desnecessariamente, até bem recentemente.

Outros fatores de natureza local, somados a antipatia que Lula nutre por Arthur, não teriam concorrido para a criação de um complô para impedi-lo de retornar ao Senado? Ou seja, os ressentimentos de Lula, mais questões paroquiais, não seriam essas as razões determinantes para a formação de um rolo compressor, como de fato aconteceu, jamais visto no Estado, com propósito de derrotar o senador tucano?

Tanto ressentimento trouxe prejuízos irreparáveis para o Amazonas. Entre mim e o Arthur há mais coisas que nos aproximam do que nos separam. Eleito deputado estadual pelo PSDB, por criticar a administração do Amazonino, terminei aconselhado a abandonar o partido. Segundo o emissário de Arthur, a razão era porque o Negão o havia prometido fazê-lo seu sucessor. Ri, e disse ao ilustre emissário: ‘não tem problema, vou deixar o PSDB, mas diz ao Arthur que ele está agindo como um bobo, sonhando, pois o Amazonino faz parte de uma oligarquia onde não há lugar para ele’. Dia seguinte deixei o PSDB e ingressei no PDT de Jefferson Péres, onde permaneço até hoje.

Apesar desse fato, continuei amigo de Arthur, reconhecendo, na sua pessoa, atributos que nos levam a ter orgulho dele em razão do grande senador pelo Amazonas que é. Talvez porque também me impediram, na marra, de chegar ao Senado em l986, é que entendo melhor do que ninguém a extensão do seu sofrimento em ver o seu futuro mandato ceifado pela gigantesca máquina, colocada em prática, para impedi-lo de voltar ao Senado, onde tão bem vem defendo os interesses do Amazonas e do seu povo. Essas coisas só nos restam colocar nas mãos de Deus.

Não desista, Arthur! Com absoluta certeza os homens e mulheres politizados do Amazonas votaram em você. Às vezes o povo acerta, às vezes erra, principalmente quando manipulado por forças negativas, como aconteceu agora. A história, a grande mestra da vida, está cheia de exemplos, muitos deles terríveis, a exemplo da massa que foi manipulada pelo Sinédrio a libertar Barrabás e não Jesus, e, mais recentemente, no século passado, um psicopata conseguiu envolver o povo alemão, levando-o, de forma trágica, a descer as escadarias do inferno.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

MÁRIO FROTA REJEITA PRESIDÊNCIA DA CMM

fONTE: http://www.blogdafloresta.com/index.php?start=20

Por pouco, muito pouco, Mário Frota não vira presidente da CMM (Atualizada)

22 Dezembro 200
Posted in Política

O vereador Mário Frota não é, neste momento, o presidente eleito da Câmara Municipal de Manaus, simplesmente, porque não quis. O vereador Homero de Miranda Leão foi dormir, com 20 votos garantidos. Mas, quando amanheceu, uma pressão poderosa sobre a indústria Moto-Honda, obrigou o vereador de origem japonesa, Massami Miki, mudar o voto. Além disso, o médico, amigo de longas datas de Homero, Dr. Vitor, também, comunicou que cedeu às pressões e mudou o voto. Foi quando Amazonino entrou em cena e liberou sua bancada para votar em Mário Frota para presidente. Seria uma forma de evitar a vitória de Isaac Tayah, com quem rompeu há três dias e a quem Amazonino acusa de ter tido sua candidatura arquitetada por Eduardo Braga. Mário Frota titubeou, num primeiro momento e, passou a ser disputado como uma pedra preciosa pelos dois lados. Houve um cerco fenomenal a Mário Frota. O pedido de tempo de 30 minutos para selar o acordo, foi bombardeado pelos opositores e o presidente da Casa concedeu apenas cinco minutos, o que inviabilizou o acordo.

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Frota explica por que não aceitou ser presidente

22 Dezembro 2010
Posted in Política

O vereador Mário Frota explicou, há pouco, por que não aceitou ser presidente, num acordo com o grupo do prefeito, capitaneado por Homero de Miranda Leão. "Quando o homem perde a sua honra, ele deixa de ser homem", destacou. Mário Frota, mantém uma oposição ferrenha ao prefeito e, mesmo alcançando a presidência da Casa, acredita que sucumbiria, politicamente, ao se aliar ao grupo do prefeito. "Preferi cumprir um compromisso que firmamos, ontem à noite, com Isaac Tayah, de que marcharíamos com ele", traduziu Frota.

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

AMAZONINO ODEIA A OPOSIÇÃO PORQUE ELA DENUNCIA AS SUAS MARACUTAIAS


O MAUMENINO BATE E HUMILHA A SUA BASE DE APOIO NA CMM E, NÃO SATISFEITO, CHAMA DE IMBECIS OS SEIS VEREADORES QUE LHE FAZEM OPOSIÇÃO. Frente a tantas bobagens ditas, a impressão é que o homenzinho pirou. É possível que seja em decorrência da esclerose múltipla somada com mau caráter; o resultado provoca um desequilíbrio que beira à sandice. O desespero embutido nesse gemer e ranger de dentes, só tem um nome: incompetência. Como não quer assumir a culpa, lança-a sobre os ombros dos outros.

Dia desses, pela imprensa, puxou a orelha dos seus submissos vereadores que, segundo ele, não estão aprovando os seus projetos em tempo hábil, fato que o impede de trabalhar mais pelo povo de Manaus. Em seguida, tachou os seis vereadores da oposição de imbecis, responsabilizando-os pelo insucesso da sua administração.

Quanto aos vereadores da base que ele tem na Câmara, quem deve responder são eles. O que sei é que, dos 38 vereadores que integram a Câmara, somente seis fazem oposição a esse tiranete bufo de ópera. 32 fazem tudo para vê-lo feliz, são capazes de qualquer sacrifício para não perturbar o “chefinho” que sempre acreditam que está estressado. No fundo são puxa-sacos e aduladores do poder. De qualquer poder.

Os projetos que ele manda para CMM são aprovados como chegam, até com os erros de português. Assim aconteceu, nesses últimos anos quando da aprovação da lei do lixo, da criação do tal de Zona Azul, do Plano Plurianual (PPA) e do Orçamento. Os lacaios do Amazonino aprovam tudo o que ele manda para aprovação, sem a mínima discussão. Os 32 da base do prefeito passam como um trator por cima dos seis gatos pingados que fazem oposição ao Maumenino que, no passado, enganou o pedreiro que ganhou na loteria.

Bom seria que eles agora se enchessem de brios, se rebelassem contra o incompetente, e elegessem um vereador que tivesse condições de trazer dignidade à Casa, desmoralizada, uma espécie de extensão da cozinha da casa do prefeito Negão.

Acho que os vereadores da base do prefeito, que agora levaram do patrão uma cusparada na cara, podem receber a minha solidariedade, desde que, é claro, penitenciem-se perante os seus eleitores, e prometam que, de agora em diante, não vão mais baixar a cabeça às ordens do Amazonino. Feito isso, volto a respeitá-los em plenário.

Que ele agrida os vereadores da sua base, tudo bem. O que ele não pode fazer é agredir os seis vereadores que defendem o povo na Câmara, tachando-os de “imbecis”. O ódio dele pela oposição, acredito, é porque ela vem denunciando maracutaias na sua administração, a exemplo do escândalo envolvendo uma empresa picareta que ele trouxe de fora, a tal de Emparsanco, além de outras pilantragens não menos cabeludas.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM