Texto:
Vereador Mário Frota*
É
óbvio que não gostaram das minhas críticas e daí essa molecagem de me
responsabilizar pelo o que não fiz. O nome disso é retaliação. Quem duvida?
Fui informado por alguns repórteres que no relatório
fajuto apresentado pela CPI que investigou as razões da ausência de água nas
residências de 600 mil pessoas das zonas Leste e Norte da cidade, sou apontado
pelo seu relator, o vereador Marcel Alexandre, que se autodenomina ‘apóstolo’, como
co-responsável pela repactuação do contrato da águas do município de Manaus com
a Águas do Amazonas, assinado pelo ex-prefeito Serafim Correia.
Era o vice do Serafim, sim. Mas qualquer
beócio sabe que, neste País, só o titular decide questões dessa natureza. Quem
decide é quem tem o poder de assinar. Mais ninguém. É verdade que alguém, nesse
caso, poderia dizer que um bom administrador ouve as pessoas que estão à sua
volta, principalmente, se um deles é o vice, um político com mais de três
décadas de mandatos eletivos. Agir assim
é o que manda o bom senso. No entanto, o Serafim nunca me ouviu para nada. Ele
tomava decisões de forma imperial e, quando ouvia alguém, era o seu filho, uma
espécie de primeiro ministro, que mandava mais do que o próprio pai.
Escrever no relatório dessa CPI, como o fez
o ‘vereador–apóstolo’, Marcel Alexandre, que segundo ele também fui responsável
pela repactuação do contrato assinado pelo Serafim com a Águas do Amazonas não
é honesto, haja vista que no sistema presidencialista adotada pela nossa
Constituição de 1988, quem assina esse tipo de contrato é o titular
do cargo, não tendo o seu vice a menor ingerência. Ao tentar distorcer os
fatos, incorreu em má-fé. É mais do que isso: é um ato de pura maldade, de
vingança, até porque todo mundo nesta terra sabe que, por causa de decisões que
não aceitava, vivia às turras com o Serafim, fato que levou a imprensa a me
chamar de o vice que fala.
Atribuo tal fato à minha opinião, da
tribuna e pela imprensa, acusando os integrantes da CPI de enganar o povo
quando, por pura covardia, deixaram de convocar para depor os principais vilões
da história, ou seja, o atual prefeito e os ex quatro prefeitos de Manaus,
todos carregando parcela de forte culpa pela ausência de água nas zonas Leste e
Norte da cidade. É óbvio que não gostaram das minhas críticas e daí essa
molecagem de me responsabilizar pelo o que não fiz. O nome disso é retaliação.
Quem duvida?
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM