quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MARCEL ALEXANDRE - O VEREADOR–APÓSTOLO - DISTORCE OS FATOS DA CPI DA ÁGUA E INCORRE EM MÁ-FÉ




Texto: Vereador Mário Frota*
É óbvio que não gostaram das minhas críticas e daí essa molecagem de me responsabilizar pelo o que não fiz. O nome disso é retaliação. Quem duvida?
Fui informado por alguns repórteres que no relatório fajuto apresentado pela CPI que investigou as razões da ausência de água nas residências de 600 mil pessoas das zonas Leste e Norte da cidade, sou apontado pelo seu relator, o vereador Marcel Alexandre, que se autodenomina ‘apóstolo’, como co-responsável pela repactuação do contrato da águas do município de Manaus com a Águas do Amazonas, assinado pelo ex-prefeito Serafim Correia.
Era o vice do Serafim, sim. Mas qualquer beócio sabe que, neste País, só o titular decide questões dessa natureza. Quem decide é quem tem o poder de assinar. Mais ninguém. É verdade que alguém, nesse caso, poderia dizer que um bom administrador ouve as pessoas que estão à sua volta, principalmente, se um deles é o vice, um político com mais de três décadas de mandatos eletivos.  Agir assim é o que manda o bom senso. No entanto, o Serafim nunca me ouviu para nada. Ele tomava decisões de forma imperial e, quando ouvia alguém, era o seu filho, uma espécie de primeiro ministro, que mandava mais do que o próprio pai.
Escrever no relatório dessa CPI, como o fez o ‘vereador–apóstolo’, Marcel Alexandre, que segundo ele também fui responsável pela repactuação do contrato assinado pelo Serafim com a Águas do Amazonas não é honesto, haja vista que no sistema presidencialista adotada pela nossa Constituição  de 1988,  quem assina esse tipo de contrato é o titular do cargo, não tendo o seu vice a menor ingerência. Ao tentar distorcer os fatos, incorreu em má-fé. É mais do que isso: é um ato de pura maldade, de vingança, até porque todo mundo nesta terra sabe que, por causa de decisões que não aceitava, vivia às turras com o Serafim, fato que levou a imprensa a me chamar de o vice que fala.
Atribuo tal fato à minha opinião, da tribuna e pela imprensa, acusando os integrantes da CPI de enganar o povo quando, por pura covardia, deixaram de convocar para depor os principais vilões da história, ou seja, o atual prefeito e os ex quatro prefeitos de Manaus, todos carregando parcela de forte culpa pela ausência de água nas zonas Leste e Norte da cidade. É óbvio que não gostaram das minhas críticas e daí essa molecagem de me responsabilizar pelo o que não fiz. O nome disso é retaliação. Quem duvida?

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM