segunda-feira, 23 de maio de 2011

PONTE MANAUS/IRANDUBA CONSOME MAIS R$ 14 MILHÕES

O que pode encarecer tanto a iluminação dessa

ponte ao ponto de serem gastos R$ 14 milhões?


Há coisas que me levam a lembrar da frase do grande Shakespeare, pronunciada em Hamlet: “parece que há algo de podre no reino da Dinamarca”. Será que há algo de podre nos custos da ponte Manaus/Iranduba, que começou orçada em R$ 576 milhões e, inexplicavelmente, antes de ser concluída, nela já foram gastos R$ 1.085 bilhão. No caso da iluminação, “esquecida” de incluir no projeto, estão dizendo, agora, que vai custar a bagatela de quase R$ 14 milhões, ou seja, aplicado essa dinheirama em casas populares, calculando-se a unidade em torno de R$ 50 mil reais, daria para o governo construir 280 casas.
É muito dinheiro para iluminar uma ponte. Ao invés de cobre ou alumínio será que a fiação que vai ser usada é de ouro? Para se ter idéia do absurdo, hoje o governo federal gasta em torno de 15 mil reais pelo quilômetro do projeto “Luz Para Todos”, incluindo aí abertura de picada, despesas com fiação, fixação de postes de aquariquara e pagamento de pessoal.
Pelo que se sabe, a ponte sobre o rio Negro tem 3.600 metros, ou melhor, deve consumir esse tanto de fio, mais os postes, que deverão ser de ferro e lâmpadas. E o que mais? O que pode encarecer tanto a iluminação dessa ponte ao ponto de serem gastos R$ 14 milhões? Bem, com esse dinheiro o governo poderia retirar 280 famílias pobres das áreas de risco de Manaus, ou construir sete bons colégios na periferia ao custo de R$ 2 milhões, cada.
Será que alguém pode justificar o custo milionário da iluminação dessa ponte? Lanço daqui o meu desafio.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

SOCORRO, CHAMEM O BANDIDO - CAPÍTULO II

O verdadeiro criminoso, o tio do assassinado,

foi normalmente preso, enquanto o empresário foi executado à

queima roupa. É tudo muito estranho e precisa ser investigado.



A forma estranha como a polícia civil matou o empresário Fernando Araújo, em Presidente Figueiredo, precisa de melhores esclarecimentos à sociedade. O que se sabe é que se tratava de uma simples busca e apreensão com o objetivo de provar que o empresário estava envolvido em crime de pedofilia. O curioso é que não havia sequer ordem de prisão contra o cidadão que foi assassinado à sangue frio, com 14 tiros, no seu quarto de dormir, na presença da esposa e das duas filhas.
A sociedade precisa saber, por exemplo, a razão porque os policiais do Grupo Fera entraram na casa da vítima armados até os dentes e com o rosto coberto por capuz. Ora, se era apenas para recolher provas porque não entraram normalmente na casa para pegar o que era preciso? Um aparato militar, de guerra, para averiguar uma simples denúncia? O pior de tudo é que, pelo que se sabe, não encontraram nenhuma prova no material recolhido. Derramaram o sangue de um jovem pai de família para quê?
Pode ter política no meio desse crime pavoroso. Corre à boca pequena em Presidente Figueiredo, que o crime pode ter motivação política. Em tempo recente, a vítima teria entrado em atrito político com o prefeito. Vejam a coincidência: Jeová, o poderoso chefe da milícia do prefeito, é da Polícia Civil, assim como Enoêmio, hoje o motorista do Prefeito. Não é meu desejo acusar quem quer que seja, mas são muitas as histórias correndo em Presidente Figueiredo que precisam ser investigadas e esclarecidas.
Quanto ao Ministério Público, posso dizer que o Procurador João Bosco Sá Valente é um excelente profissional. Conheço-o há muitos anos. Trata-se de um cidadão acima de qualquer suspeita. O problema é que ninguém é Deus e, por não ser Deus, é possível que tenham propositadamente mentido para o Dr. Bosco Valente, fazendo-o acreditar que o empresário assassinado pela polícia era culpado do crime de pedofilia. E aí vem a armação. O verdadeiro criminoso, o tio do assassinado, foi normalmente preso, enquanto o empresário foi executado à queima roupa. É tudo muito estranho e precisa ser investigado. A prova de que o ilustre procurador foi enganado é que, logo após o trágico episódio, ele tachou o empresário de “bandido”, expressão que não mais usou depois que chegou ao seu conhecimento que nenhuma prova havia sido encontrada nos computadores da vítima ou em qualquer outro documento recolhido.
Sobre esse trágico e vergonhoso episódio, o povo precisa saber a verdade, doa a quem doer.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMMN
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA DEIXOU DE EXISTIR

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade”. Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas



A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO AINDA EXISTE? E SE EXISTE, POR QUE FICA CALADA, SE ACOVARDA, FRENTE À VIOLÊNCIA COMETIDA POR MAUS POLICIAIS CONTRA PESSOAS INOCENTES? Perguntar não ofende. Por que a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia não toma conhecimento dos abusos cometidos por maus policiais, a exemplo do episódio em que seis policiais covardemente balearam um menino, fato que teve repercussão nacional; da execução, há duas semanas, de um empresário em Presidente Figueiredo, executado por policiais do FERA com 14 tiros, dentro da sua casa, na presença da mulher e das duas filhas; e, agora, mais recente, de um adolescente morto a pancadas por policiais?
Tenho moral para fazer tal pergunta porque, quando deputado estadual, criei a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia (CDH) e fui seu presidente por quatro anos. Durante esse tempo a Comissão de Direitos Humanos foi a que mais se destacou. Todas as questões envolvendo violência contra o povo eu trazia para dentro da Assembléia. Vez ou outra tinha sobre a minha frente autoridades das duas polícias (civil e militar), para expor sobre violências cometidas pelos seus subordinados.
Não gosto de dizer isso, para não parecer que estou me auto-elogiando, mas, a verdade, é que depois que deixei a Assembléia para exercer a vice-prefeitura na administração Serafim Correia, essa Comissão deixou de existir, simplesmente desapareceu do mapa, morreu. Faço, daqui, um apelo ao atual presidente da hoje obscura Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, no sentido de fazê-la voltar a agir, se envolver na defesa dos excluídos e enfrentar os poderosos que espancam e assassinam pessoas humildes
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PTD na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM