terça-feira, 29 de maio de 2012

POÇO ARTESIANO: AMAZONINO FECHA ACORDO COM CARA E JEITO DE NEGOCIATA


Agora, como se não bastasse a farsa, o prefeito Negão quer penalizar milhares de famílias que gastaram na construção de poços artesianos.
O Amazonino tirou a mascara de vez quando, agora, remete para a Câmara Municipal de Manaus (CMM), projeto de lei obrigando todo mundo que tem poço artesiano a pagar taxa para a Águas do Brasil.
Isso faz parte do acordo desse prefeito-corretor com o grupo Solvi, que é o dono da Águas do Amazonas e da tal Águas do Brasil que, agora, assume o controle da concessão da água em Manaus. Ou seja, o jogo foi contábil, mera mudança na razão social, coisa para inglês ver, como já diziam os nossos pais. Em outras palavras: picaretagem da grossa.
Agora, como se não bastasse a farsa, o prefeito Negão quer penalizar milhares de famílias que gastaram na construção de poços artesianos. Nesse rolo há pessoas de posses, é real, mas, na sua maioria são pobres, habitantes da periferia, que investiram com propósito de sair da cacimba, um buraco feito no chão até dar em algum veio d’água.
Essas pessoas construíram esses poços porque a água não chegava às suas casas e, quando por lá aparecia, era à prestação, ou seja, jorrava uma hora pela manhã e, com sorte, mais uma hora ao anoitecer. Em muitas ruas os canos até existem. O que não existe é a água. É verdade que a água não aparece, mas a conta chega e, olha o tamanho.
Ao enviar esse tipo de projeto para a Câmara, o Amazonino dá demonstrações de que quer cumprir a parte dele com a empresa que ele se associou e armou, na calada da noite, de forma secreta, o que chamei da tribuna de acordo com cara e jeito de negociata. Ninguém me tira da cabeça isso; tudo aconteceu no embalo de advocacia administrativa, coisa que ele, o Amazonino, é mestre.
E agora? Ele não é mais candidato e manda esse projeto de lei para ser aprovado pela maioria que ostenta na Câmara. Ou seja, como não é mais candidato, pelo menos é o que diz, ele quer mesmo é que a turma que o apóia se ferre nas urnas nas próximas eleições. É como dizia o Rei Luiz XIV, da França: “depois de mim o dilúvio”. E que dilúvio. Quem viver, verá.

Por: vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM