Por:
vereador Mário Frota*
E
entende-se ainda melhor a razão, quando Romeu Tuma Júnior declara que Lula, na
qualidade de informante do Dops era conhecido pelo codinome de Barba. Mais
adiante afirma que, “quem duvidar, é só procurar nos arquivos do Dops que, lá,
vai encontrar alguém que recebia dinheiro com esse nome”.
Mais uma publicação bomba chega às
livrarias nesta semana. Trata-se do livro “Assassinato de Reputações – Um Crime
de Estado”, assinado por Romeu Tuma Júnior, mas escrito pelo jornalista Cláudio
Julio Tognolli. Tuma é delegado da Polícia Federal e ex-secretário nacional de
Justiça, entidade que comandou por três anos. Romeu Tuma Júnior é filho Romeu
Tuma, ex-dirigente do Dops, o temido órgão de repressão que, na época da
ditadura militar, perseguiu e prendeu opositores ao governo autoritário, que
chegou ao poder em 1964 pela força das armas.
O livro de Romeu Tuma Júnior traz
revelações que expõem as entranhas do PT de Lula e Dilma, principalmente do
primeiro, considerado por muitos como o principal vilão do crime do mensalão, o
maior escândalo da história deste País, desde a chegada no nosso litoral das
caravelas de Cabral.
Romeu Tuma não só ouviu do seu pai, como também
diz ter presenciado fatos estarrecedores envolvendo o ex-presidente Lula, à
época em que era um simples dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos, de São
Bernardo do Campo (SP). Segundo Tuma, Lula, depois de preso pela ditadura,
tornou-se agente colaborador, ou seja, informante dos militares, dedurando os
trabalhadores que participavam de movimentos sociais que pugnavam pela
libertação do País dos tentáculos do regime militar.
Afirma ele que Lula entregava seus
companheiros envolvidos na luta em prol da democracia e, graças às informações
repassadas ao Dops, o regime autoritário conseguiu se antecipar e frustrar movimentos
envolvendo grevistas na região do ABC
paulista. As revelações que Romeu Tuma Júnior faz à revista Veja, todas
expostas no livro que deve chegar ainda esta semana às livrarias, são
estarrecedoras. Além de apresentar o Lula como um canalha que entregava os
companheiros de luta ao adversário, também revela o lado sombrio dos dirigentes
petistas que, sem qualquer escrúpulo, forjam dossiês contra políticos de
partidos adversários.
Então deputado federal, com o peito
transbordando de civismo, percebi que havia algo de errado no comportamento de
Lula quando, na condição de presidente do PT, na eleição via colégio
eleitoral para a presidência da República
- naquele momento a porta que poderia nos levar à democracia - de forma estranha,
irracional e anti Brasil proibiu os deputados do seu partido de votar no Dr. Tancredo Neves. Dois deputados
que desobedeceram a tal orientação, Lula, de imediato, os expulsou sem pena e
sem dó.
28 anos depois daquela eleição histórica,
que levou o Brasil ao estado de direito, ou seja, à democracia que vivemos
hoje, é que se entende agora porque Lula da Silva impediu os deputados do seu
partido de votar no Dr. Tancredo. Para ele seria bem melhor se Tancredo tivesse
perdido a eleição para Paulo Maluf, então candidato do PDS, o partido que
apoiava a ditadura. E entende-se ainda melhor a razão, quando Romeu Tuma Júnior
declara que Lula, na qualidade de informante do Dops era conhecido pelo
codinome de Barba. Mais adiante afirma que, “quem duvidar, é só procurar nos
arquivos do Dops que, lá, vai encontrar alguém que recebia dinheiro com esse
nome”.
Li a entrevista de Romeu Tuma Júnior na
Revista Veja, mas, confesso que não vejo a hora de ter o livro “Assassinato de
Reputações – Um Crime de Estado”, nas mãos, bem debaixo dos meus olhos.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.