Passarinho liberou o dinheiro para a recuperação da
Casa dos Estudantes da Universidade do Amazonas
Jarbas
Passarinho deixa um legado de decência com a causa pública e nunca se envolveu
em escândalos porque não havia corrupção nos governos militares, diferente do
Partido dos Trabalhadores (PT) que aparelhou todos os setores da administração
pública para assaltar o erário.
O vereador Mário Frota (PHS) usou a tribuna
da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para falar sobre o ex-ministro, ex-senador
e ex-governador do Pará Jarbas Passarinho que faleceu na manhã ontem (5) aos 96
anos, em Brasília, em decorrência de problemas de saúde devido à idade
avançada, de acordo com a nota divulgada pelo governo do Pará.
Nascido em Xapuri, no Acre, em 1920, Jarbas
Passarinho era oficial aposentado do Exército e iniciou sua trajetória política
no Pará. Foi governador do Estado do Pará, entre 15 de junho de 1964 até 31 de
janeiro de 1966; presidente do Senado Federal; senador duas vezes pelo Pará; ministro
do Trabalho; ministro da Educação; ministro da Previdência Social; e ministro
da Justiça no governo de Fernando Collor de Melo.
Como presidente do Diretório Central dos
Estudantes (DCE), da Universidade do Amazonas (UA), Mário Frota lembra que foi
convidado pelo reitor da época para receber o então ministro da Educação,
Jarbas Passarinho, que veio ao Amazonas para uma reunião de trabalho. “Ao
desembarcar no Aeroporto Militar de Ponta Pelada, Passarinho veio ao nosso
encontro e já sabia o até o meu nome. Depois das conversas de praxe, o ministro
me chamou e perguntou sobre o que eu queria do seu ministério. Imediatamente
lhe disse que estávamos precisando de dinheiro para recuperar a Casa dos
Estudantes. Ele prometeu e cumpriu sua promessa e assim conseguimos dar novas
acomodações aos nossos colegas estudantes, oriundos de outros municípios”.
De acordo com Mário Frota,
Jarbas Passarinho deixa um legado de decência com a causa pública, nunca se
envolveu em escândalos porque não havia corrupção nos governos militares,
diferente do Partido dos Trabalhadores (PT) que aparelhou todos os setores da
administração pública para assaltar o erário. “Todos os ex-presidentes da época
da ditadura morreram vivendo com o dinheiro da aposentadoria. Mário Andreazza,
que foi ministro dos Transportes, nos governos Costa e Silva e Médici, responsável
por obras como a Ponte Rio-Niterói e a Transamazônica, morreu pobre e seus
amigos fizeram cota para pagar o seu funeral”, lembra Mário.