quarta-feira, 21 de julho de 2010

FROTA DISCORDA DA ESTATAL DOS TRANSPORTES


FROTA DISCORDA DA ESTATAL DOS TRANSPORTES, QUE PARA HOMERO, É BOA ALTERNATIVA PARA A CRISE. O líder do PDT na Câmara Municipal de Manaus, vereador Mário Frota, criticou severamente a proposta do prefeito Amazonino Mendes de criar uma empresa pública para operar como reguladora do sistema do transporte coletivo, por entender que a idéia de estatal está ultrapassada e anda na contramão do que está sendo feito em todos os países. O vice-líder do prefeito na Casa, vereador Homero de Miranda Leão (PHS) contestou o pedetista, explicando que o prefeito está buscando uma alternativa para enfrentar a crise no transporte coletivo e resolver a questão do relacionamento com as empresas que operam o sistema.
Como demonstração do mau relacionamento das empresas com o poder público, Homero lembrou que Mário está sendo processado pelo senador Acyr Gurgacz, do mesmo partido do vereador. Gurgacz é proprietário da empresa União Cascavel e sócio do Consórcio Transmanaus que agrega as empresas que operam em Manaus e o processo é motivado por críticas que Mário Frota fez à empresa e ao consórcio.
O imbróglio do Transmanaus foi criado pelo governo no qual Mário Frota era a segunda pessoa na escala do poder, lembrou Homero de Miranda Leão, que afirmou: a estatal é a alternativa de Amazonino para resolver a questão do consórcio e não seria algo ruim como Frota anunciou, ao contrário, é uma solução técnica da qual o poder público poderá fazer uso se for necessário.
Mas na opinião de Frota, a estatal pretendida por Amazonino repetirá o que aconteceu com a Transportamazon (empresa de ônibus criada pelo ex-governador Plínio Coelho no final da década de 50) que de acordo com o parlamentar afundou num mar de corrupção depois de se transformar num cabide de empregos para parentes e cabos eleitorais de políticos.
“O espírito de Stalin baixou na cabeça de Amazonino”, ironizou o pedetista. Frota afirmou que o mundo inteiro recua da idéia de estatizar e adota a terceirização dos serviços públicos porque o Estado é um mau gestor, e quem iria pagar o pato seriam os contribuintes que, mais tarde, veriam a repetição do que aconteceu com a empresa criada por Plínio Coelho.

Fonte: Gabriel Andrade
Fotografia: Plutarco Botelho