quarta-feira, 14 de abril de 2010

NEGÃO DESACATA JUDICIÁRIO


NEGÃO DESACATA JUDICIÁRIO MAS NÃO MANDA NA JUSTIÇA DO AMAZONAS. Só na época da ditadura vi decisão de juiz ser desacatada. Agora, em plena democracia, o prefeito Amazonino Mendes deixa claro que não vai cumprir a liminar expedida pelo desembargador Aristócrates Thuri, que determina pelo retorno dos garis que foram demitidos com mais de cinco (05) anos de trabalho.

O prefeito bate o pezinho e pronto. Acredita ele estar acima do judiciário, do papa e, quem sabe, até de Deus. O que vai fazer o Tribunal agora? Engole a agressão do Negão, ou vai obrigá-lo a engolir o desaforo? Tudo indica que ele andou lendo “A desobediência Civil”, de David Thureau, só que entendeu pelo avesso. Quem entendeu direito foi Ghandi, daí o sucesso da revolução pacifica em que a Índia derrotou os ingleses sem dar um único tiro.

E agora, o que fazer para o Amazonino entender que ordem judicial se cumpre e, querendo, apela-se à instância superior. O problema é que o dito Negão continua pensando que é o dono do Amazonas. A oligarquia que o pariu sempre agiu assim, rindo da cara da oposição e de algum juiz que tendesse se rebelar não aceitando ordens emanadas do poderoso de plantão no Palácio do Governo. A turma da oligarquia pensa, aliás, sempre pensou, que juiz é empregado dele e, em razão disso, deve ser submisso e não encher o saco de quem manda no pedaço. O Amazonino só teme os donos de ônibus. Basta ver as carroças que transportam o nosso povo. É interessante que ele afronta o Tribunal, mas fica de quatro para os donos de ônibus que humilham os manauaras, que apodrecem nas paradas, enquanto o ônibus não aparece porque está quebrado por aí.

Todo mundo está preocupado com a sorte de centenas de garis, muitos com mais de cinco anos de serviço na Prefeitura e com idade acima de 50 anos, ou seja, fora de um mercado de trabalho que bate a porta na cara de que já chegou aos 40. O problema é que o soba de Eirunepé quer é que os pobres se lixem. A preocupação dele é ajudar o gnomo que colocou na IMTT, o esperto Siqueirinha que, só de uma paulada, ou melhor, canetada, encheu-lhe o bolso com uma bagatela de 6 milhões de reais. O gnomo está feliz, cheio da grana, e ri da cara do nosso povo, o que dá para lembrar de uma famosa música de Vinícius e Toquinho que diz que rico ri à toa.

Enquanto Amazonino e o seu duende de estimação se divertem com o dinheiro do povo, aproximadamente 5 mil garis estão sendo jogados no olho da rua. De uma lado o Negão, o Gnomo e um primo escocês, um tal de Johnnie Walker, 18 anos, dançam e gargalham ao som de 6 milhões de reais e, do outro, os pobres garis, agora, desempregados, que não sabem como dizer aos filhos que vai faltar comida na mesa porque perderam o emprego. E quanto à decisão do Desembargador de fazer os garis retornar ao trabalho? Bem, ou Tribunal age e manda o reizinho cumprir a liminar, ou também se desmoraliza aos olhos do povo. Pessoalmente, acredito que o Tribunal vai reagir e dizer que ele, o Negão, manda no Siqueirinha, no Braguinha, vulgo Dr. Sábado e no Goraieb, mas NÃO MANDA NA JUSTIÇA DO AMAZONAS.

Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

CONTRA A IMPLOSÃO DO VIVALDÃO

Mário Frota: "Não sou contra a Copa do Mundo de 2014.
Sou contra a implosão do Vivaldão".

Foto do Estádio Vivaldo Lima extraída do site:
www.fussballtempel.net/conmebol/BRA/Vivaldao.html

Não sou contra a Copa do Mundo de 2014. Sou contra a implosão do Vivaldão. Por que alguns setores ficaram tão exaltados quando souberam que eu e o deputado Luiz Castro havíamos ingressado na Justiça com uma ação popular com o propósito de impedir a implosão do estádio Vivaldo Lima? No primeiro dia, pensei que, se saísse à rua poderia sofrer um linchamento por parte dessa turma? Mas por que tanto alvoroço?

Sejamos sensatos: é justo derrubar o Vivaldão que, segundo a revista Exame, vale hoje 400 milhões de reais. É um absurdo, mais do que isso, uma irresponsabilidade. Por que não adequá-lo à nova realidade? Há quarenta anos, Severiano Mário Porto, o autor do projeto do Vivaldo Lima, venceu em primeiro lugar um concurso nacional de arquitetura.

A sua inaugurarão foi uma apoteose. Travou-se um grande jogo. De um lado a seleção do Amazonas e, do outro, a seleção brasileira, que tinha em campo jogadores com Pelé, Tostão, Gerson, Rivelino, Jairzinho, entre outros. Goleou a seleção amazonense por 4X0. Saiu daqui para ser tricampeão na copa do México.


Mas por que querem destruir o Vivaldão? Será que o propósito é beneficiar empreiteiras de amigos? Não há lógica nisso. Pelo que consta, em nenhum momento a FIFA exigiu a demolição desse grande estádio. Fosse assim, a FIFA também teria exigido a derrubada do Maracanã, do Morumbi e de outros estádios brasileiros. O Maracanã, o maior estádio do País, comporta 100 mil pessoas, o Morumbi 80 mil e o Pacaembu, 70 mil, os dois últimos localizados em São Paulo, a maior cidade da América do Sul. O Vivaldão tem capacidade para 52 mil pessoas. Comparado ao Rio e a São Paulo Manaus é um ovo.


Para uma população de 2 milhões de habitantes o Vivaldão é um grande estádio. É, atualmente, o maior e mais moderno da Região Norte do País. E então porque querem derrubá-lo e, no seu lugar, construir um outro? Essa pergunta tem que ser feita ao ex-governador Eduardo Braga e ao atual Omar Aziz.


Recentemente, em Manaus, o arquiteto Severino Porto afirmou que se o problema é cobertura, ele resolve. Se o problema é aumentar a capacidade para receber mais gente, ele projeta mais arquibancadas.


E então o que está faltando? Não é mais barato reaproveitar e readequar o atual estádio e investir os 500 milhões destinados a construir a tal de Arena na melhoria do transporte coletivo de Manaus, hoje uma droga, o pior do País; fazer investimento na educação, saúde, saneamento e segurança; construir um porto para as embarcações regionais, haja vista que é uma vergonha Manaus não ter um atracadouro para embarque e desembarque de milhares de pessoas que diariamente chegam à Manaus oriundas do nosso interior e de outros estados vizinhos.

Como querer implodir um estádio que, há coisa de 10 anos, no governo de Amazonino Mendes, passou por uma reforma e, nele, se gastou o equivalente a 20 mil milhões de dólares. Tais gastos, à época, foram noticiados pela imprensa. O estádio foi modernizado e ganhou placar eletrônico, vestuário moderno, acomodação para os jogadores, além de cadeiras individuais Foi instalada, nos banheiros, uma banheira para cada jogador. Um luxo. Tudo de acordo com as exigências da FIFA. E por que agora desejam implodi-lo? Bem, por tudo isso, é que assinei a Ação Popular que tramita na Justiça Federal, que tem como propósito impedir a derrubada do Vivaldão.


Alguns dizem que, com esse ato, posso forçar a FIFA a retirar Manaus da copa. A bem da verdade, mais importante do que os jogos que aqui vão se realizar, são os investimentos em infra-estrutura para a nossa Manaus.
Quantos jogos aqui serão realizados? Há quem fale em dois, outro em três. O Brasil vai jogar aqui? Pessoalmente não acredito. O anfitrião pode escolher onde jogar, essa é a regra. O que se sabe é que a semifinal será no Morumbi e, a final, no Maracanã, o que nos parece justo por se tratar dos dois maiores estádios posicionados nas cidades mais populosas do País. Com certeza, aqui, seremos espectadores de jogos desimportantes, a exemplo de partidas de times de países andinos disputando com alguma seleção da África ou nação asiática. Caso alguém entenda que estou errado em tal prognóstico, por favor, peço que me corrija.

Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
www.fussballtempel.net/conmebol/BRA/Vivaldao.html