quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mário Frota reclama dos aditivos que elevam custo da ponte sobre o rio Negro


O custo final da ponte que está sendo construída sobre o rio Negro para ligar a capital ao município de Iranduba pode superar a R$ 1 milhão, segundo previu o vereador Mário Frota (PDT) ao reclamar dos sucessivos aditivos ao contrato original que destinava recursos da ordem de R$ 574,8 milhões para a obra, com previsão de conclusão para junho deste ano. Mário lembrou que o contrato sofreu um acréscimo de R$ 305,3 milhões em abril último e o prazo de entrega foi dilatado para este mês de novembro, o que não vai mais ocorrer. “Agora o prazo é 2011, sem data definida, e o Consórcio Rio Negro, que é formado pelas empreiteiras Camargo Corrêa e Construbase querem mais R$ 104 milhões, alegando que falta fazer a iluminação e o sistema de proteção dos pilares da ponte”, protestou o parlamentar.
Mário Frota contou que em diversas oportunidades conversou com o então governador Eduardo Braga sobre a necessidade da ponte para tirar o povo do sofrimento nas balsas, e que ficou contente quando a obra foi iniciada, mas hoje se preocupa com o valor “que do jeito que vai, vai ultrapassar a casa de R$ 1 milhão, quase o dobro do que foi inicialmente contratado”, disse.
O líder pedetista estranhou que construtoras do nível das que formam o Consórcio Rio Negro tenham esquecido de muitas coisas no projeto, como os sistemas de iluminação e de proteção de pilares. “Como é que uma empresa do porte da Camargo Corrêa esquece esses itens do projeto? Isso é conversa pra boi dormir”, declarou o parlamentar, acrescentando que é impossível existir alguém tão imbecil que não saiba que a ponte precisa ser iluminada. Na opinião de Mário Frota, “o que as empreiteiras querem mesmo é arrancar mais dinheiro do nosso bolso, e ao final dessa história, a ponte do rio Negro vai sair por mais de um R$ 1 bilhão, um custo excessivo que os contribuintes vão pagar porque, segundo dizem, o projeto original licitado não contemplava serviços essenciais como a iluminação e a proteção dos pilares”, denunciou o parlamentar.

Fonte: Gabriel Andrade
Fotografia: Sérgio Oliveira