segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ZFM VENDE MAIS CARO EM MANAUS E PAGA O MENOR SALÁRIO DO PAÍS


O que é revoltante é vermos um parque industrial que fatura anualmente mais de 40 bilhões de dólares, nos tratando como trouxas.

Por que produtos fabricados na Zona Franca de Manaus (ZFM), em muitos casos, são vendidos aqui 16% mais caros do que em outros Estados da Federação? Ora, se o produto foi aqui fabricado, como explicar que, apesar de ser transportado para o Sul do País, ou seja, depois de percorrer 4 mil quilômetros, o preço por ele cobrado nas lojas de São Paulo, Rio de Janeiro ou do Rio grande do Sul, são menores do que no Amazonas?

Será que não conta o custo transporte? Em termo lógicos, tomando-se cálculos com base na economia, a diferença teria que ser a nosso favor. Mas por que não é? Venho fazendo essas perguntas desde à época em que era deputado federal e até hoje ninguém consegue me explicar as razões de tal desvio, da injustiça que os governantes deste Estado e do País permitem que façam contra o nosso povo.

Agora, os jornais vêm de público e noticiam mais uma vez o que entendo como um verdadeiro absurdo, algo que, na minha opinião, e na de muita gente, não pode ser explicado por duas razões básicas: primeiro, porque as indústrias aqui instaladas são isentas de muitos impostos, principalmente os federais: segundo, pela razão dessas empresas pagarem aos seus operários salários dos mais baixos do País.

Quem acreditar que estou cometendo uma leviandade, ao afirmar que o salário inicial e os salários médios pagos nas empresas do Distrito estão entre os mais baixos do Brasil, inferiores, por exemplo, aos do vizinho Estado de Rondônia, então que procure conhecer os levantamentos feitos recentemente pelo Ministério do Trabalho. A quem duvidar, lanço daqui um desafio.

Vai aqui uma pergunta que não quer calar: por que essas empresas, que se beneficiam dos incentivos fiscais da Zona Franca, não são obrigadas a vender um percentual dos seus produtos ao comércio local por preços mais em conta? Fossem estabelecidas regras nesse sentido pelo governo, possivelmente que muito turista iria preferir comprar aqui do que gastar as suas economias nos EUA e em outros países. Além dos empregos - na minha opinião a maioria sub-empregos -, do ICMS recolhido ao Estado e do ICMS ao município de Manaus, o que é mesmo de positivo que fica por estas bandas?

Sobre esse assunto gostaria de ouvir a opinião dos membros do Clube dos Lojistas de Manaus (CDLM), da Associação Comercial do Amazonas (ACA), da Federação de Indústrias do Amazonas (FIEAM), dos sindicatos que representam os trabalhadores do distrito e do governador Omar Aziz.

O que é revoltante é vermos um parque industrial que fatura anualmente mais de 40 bilhões de dólares, nos tratando como trouxas, pois levam daqui para outros centros econômicos tudo o que faturam, deixando, para trás, uma cidade que cresceu, ou melhor, inchou nessas últimas 40 décadas, que hoje se arrasta na dificuldade para resolver questões graves como saúde, educação, segurança, entre outras.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

CCJR ENCAMINHA DEZ PROJETOS NA PRIMEIRA REUNIÃO DO ANO


O presidente da CCJR, vereador Mário Frota (PSDB), ressaltou a seriedade da comissão na análise dos projetos.

Na sua primeira reunião ordinária de 2012, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), da Câmara Municipal de Manaus (CMM), analisou mais dez Projetos de Leis na manhã desta quinta-feira (09), dos quais quatro receberam parecer favorável, um teve parecer contrário, um foi encaminhado à procuradoria jurídica, um retirado de pauta para reexame e três rejeitados por inconstitucionalidade.

O presidente da CCJR, vereador Mário Frota (PSDB), ressaltou a seriedade da comissão na análise dos projetos. Ele disse que quando surge alguma dúvida na comissão, o projeto é encaminhado para a procuradoria jurídica da Casa para que seja examinado com mais rigor e critério dentro do que estabelece os preceitos constitucionais e, finalmente, exarar um parecer.

Entre os projetos que receberam parecer favorável está o de autoria do vereador Jéferson Anjos (PV), que dispõe sobre a coleta, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final de lixo tecnológico no Município de Manaus. Também o projeto de autoria do vereador Hissa Abrahão (PPS), que institui a obrigatoriedade de fixação de placas com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) nas entradas das escolas da rede pública municipal na cidade de Manaus.

Outro projeto com parecer favorável é o de autoria do vereador Amauri Colares (PSC), que dispõe sobre obras paralisadas por mais de 120 dias em imóveis ou ruínas no âmbito da cidade de Manaus. Também o de autoria do vereador Dr. Francisco Gomes (PSD), que considera de Utilidade Pública a Associação de

Desenvolvimento Ambiental para Inclusão no Mercado Profissional – ASDAINP. O projeto com parecer contrário é o de autoria do vereador Joaquim Lucena (PSB), que propõe incluir no currículo da rede municipal de ensino a disciplina Drogas e seus malefícios. Participaram da reunião, além de Mário Frota, o vereador Ademar Bandeira (PT) e Socorro Sampaio (PP).

Fonte: Manoel Marques

Fotografia: Sérgio Oliveira