terça-feira, 6 de março de 2012

DÍVIDA DA SANTA CASA PODE CAIR PARA MENOS DA METADE DO VALOR


Com relação a restauração do prédio histórico, os recursos podem ser negociados com o Governo Federal por meio de parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipahan).

O vereador Luiz Alberto Carijó (PDT) quando declarou, da tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que a dívida da Santa Casa de Misericórdia era de R$ 80 milhões, estava se referindo à débitos com a previdência, servidores, fornecedores e serviços (que hoje está contabilizada entre R$ 18 e 25 milhões, se corrigidos), mais os custos de reforma do prédio e compra de equipamentos para deixar o hospital funcionando.

De acordo com o vereador Mário Frota, líder do PSDB na CMM, a dívida principal pode cair para menos da metade do valor porque algumas faturas de cobrança já caducaram por ter mais de 5 anos, outros fornecedores querem negociar com até 50% de descontos e aceitam receber sem os juros. A White Martins, por exemplo, já perdoou uma dívida de R$ 280 mil, e quer continuar fornecendo para a Santa Casa. Com relação a restauração do prédio histórico, os recursos podem ser negociados com o Governo Federal por meio de parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Ipahan).

O parlamentar sugeriu ainda que o governador Omar Aziz (PSD), forme uma comissão de profissionais ligados ao setor de saúde e planejamento para visitar a Santa Casa de Misericórdia de Belém (PA), que se encontrava na mesmo situação da sua similar de Manaus e foi revitalizada pelo estado. À época a governadora Ana Júlia Carepa fez uma intervenção na Santa Casa e criou uma Fundação para administrar aquele hospital.

“Tudo vai depender de quem vai revitalizar esse hospital e negociar, com transparência, a dívida com os credores. O mais importante, nesse momento, é o comprometimento dos governos Federal, Estadual e Municipal juntamente com a atual diretoria que está administrando a massa falida da Santa Casa de Manaus”, sentencia Mário.

Gabinete do vereador Mário Frota

Assessoria de Comunicação

Por; Roberto Pacheco (MTb 426)

CPI DA ÁGUA JÁ NASCEU MORTA


Como está armado o circo, nem mesmo vão permitir que o autor da CPI, vereador Waldemir José, integre a comissão. É o que se pode chamar de teatro do absurdo. Essa é uma CPI fadada ao fracasso mais retumbante.

O jornal Diário do Amazonas abre manchete e anuncia (ou denuncia?) que a CPI da Água poderá ser integrada por aliados do Amazonino e do Serafim. E aí vai a minha opinião: caso tal fato ocorra a CPI já era, ou seja, vai direto para o espaço.

Os dois grupos são suspeitíssimos pois, tanto o Amazonino quanto o Serafim têm culpa no cartório. O primeiro por ter vendido a Cosama para uma empresa estrangeira que aqui nunca investiu nada, e o segundo porque, ao invés de dar uma dura nesse pessoal, preferiu, no ato da repactuação, fechar os olhos para o não cumprimento das cláusulas do contrato que obrigavam a empresa a fazer investimentos em esgotos e na expansão da rede de abastecimento de água nos bairros das zonas Leste e Norte da cidade.

O resultado é o que está aí, ou melhor, mais de 500 mil pessoas sem água nas suas casas, uma vergonha para os governantes de uma cidade que tem à sua frente a junção de dois dos maiores rios do mundo em volume d’água, o Negro e o Solimões. Ninguém entende como isso pode acontecer. Esse fato senti na própria pele quando, em reunião, em Barcelona, de prefeitos do Brasil e da Espanha, ao proferir palestra como vice-prefeito de Manaus, no ato representando o então prefeito Serafim Correia, deixei todo mundo de boca aberta quando lhes disse que mais de meio milhão de pessoas da capital do Amazonas ainda não tinham água nos seus lares.

Um dos prefeitos de um município vizinho perguntou-me como poderia ser possível tal fato, levando-se em consideração que, embora a região da Catalúnia, ao contrário da Amazônia, fosse uma região pobre em recursos hídricos, mesma assim, nenhuma cidade da região padecia pela ausência do precioso líquido. Senti-me péssimo. Respirei fundo e respondi-lhe que prefeitos anteriores foram os responsáveis pela tragédia que atingia parte da população de Manaus, mas que soluções estavam a caminho para solucionar o problema. Saí da sala com um sentimento de raiva por ter falado aquilo sem muita convicção. E tinha razão pois, passado cinco anos, a situação não é diferente, porque, até hoje, ainda persistem os mesmos problemas.

Como está armado o circo, nem mesmo vão permitir que o autor da CPI, vereador Waldemir José, integre a comissão. É o que se pode chamar de teatro do absurdo. Essa é uma CPI fadada ao fracasso mais retumbante. Já nasce morta, a exemplo de muitas CPIs deste País que, por falta de isenção, terminaram transformadas em pizzas tamanho família, ou em macarronadas monumentais. Alguém quer apostar? Eu topo.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

Frota pede retorno da Santa Casa de Misericórdia

Frota recebeu mensagem do ex-senador Arthur Neto (PSDB), onde expressa apoio à luta do socialista, quanto ao retorno do funcionamento da Santa Casa.


O vereador Mário Frota (PSDB) fez um apelo ao governador Omar Aziz (PSD) durante a sessão plenária desta segunda-feira (5) para a restauração e reativação do hospital Santa Casa de Misericórdia. Segundo o tucano, o abandono ao hospital é injusto, considerando que em todos os estados brasileiros há uma sede da instituição. “Todas as Santas Casas existentes no território nacional funcionam, enquanto a de Manaus está se deteriorando”, questionou, ao dizer que o governo do Estado também tem responsabilidade nos reparos do local. “Nossas gerações passadas foram atendidas nesse hospital, por isso, faço um apelo ao Governador Omar Aziz (PSD), para que faça algo pela Santa Casa”, apelou.

Frota mostrou uma mensagem que recebeu do ex-senador e diplomata Arthur Virgílio Neto (PSDB), onde expressa apoio à luta do socialista, quanto ao retorno do funcionamento hospitalar.

Em opinião contrária ao colega, o vereador Luis Mitoso (PSD), disse que o Governo não pode ser responsabilizado pela situação porque o hospital é uma empresa privada. “Não podemos depositar toda a responsabilidade no Governo. Essa instituição é uma empresa privada, mas concordo que deve voltar a funcionar”.

O vereador Paulo Nasser (PSC) explicou que o hospital “é uma sociedade e o governador não tem nada a ver com a situação”.

Já o vereador Luiz Alberto Carijó (PDT), disse que é a favor do retorno das atividades do hospital, mas que a questão é complexa, envolvendo dívidas anteriores, como o pagamento dos funcionários. “A dívida junto ao INSS e aos funcionários chega a R$80 milhões. Para o bom funcionamento futuro é necessário resolver o passado, com um novo sistema de remodelagens para que não haja novas dívidas”, explicou.

Fonte: Priscila Caldas

Fotografia: Plutarco Botelho