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Petrobrás queria um reajuste de 15% para o preço dos combustíveis, mas o
governo só cedeu em 7,83% para a gasolina e 3,94% para o diesel. A partir do
dia 25 de junho a gasolina, em Manaus, passa a custar R$ 3,12. (Atualizado em 23/06/12).
Texto:
vereador Mário Frota*
Pressionado
pela Petrobrás, o governo ameaça aumentar a gasolina. O cartel existe, mas a
maior dentada quem dá é o próprio governo, o responsável pelo preço praticado
nas bombas do País.
No passado, a desculpa para os sucessivos aumentos era que, não sendo o Brasil auto-suficiente em petróleo, tinha que se submeter aos caprichos dos grandes produtores do óleo negro, e pagar o barril pela cotação internacional.
Até aí tudo bem. O problema é que essa
desculpa não cola mais em razão do Brasil, há mais de cinco anos, produzir
petróleo suficiente para o seu consumo interno. Então, por que razão pagamos
hoje pela gasolina mais cara do mundo? Países como o Uruguai e o Paraguai, que
não têm petróleo, a gasolina é bem mais barata do que a comercializada aqui. O que
é que está acontecendo? Alguém aí de Brasília, da cúpula do governo, pode me
retirar dessa dúvida, mesclada de ignorância, que tortura a minha insignificante massa cefálica?
Mesmo com a produção de petróleo na área do
pré sal, quando o Brasil passará à condição de grande exportador, ainda assim,
ninguém pode esperar que essa situação melhore. O problema maior é que metade
do que pagamos pelo litro da gasolina vai para os cofres do governo em forma de
impostos.
Quando presidi a CPI da gasolina, para
investigar denúncias de cartelização desse derivado de petróleo no Estado,
deparei-me com o fato de que o maior culpado pelo preço exorbitante da gasolina
nas bombas é o próprio governo, em razão da abusiva carga tributária imposta
aos usuários sobre esse produto. O cartel existe, é verdade, mas a maior
dentada no nosso bolso quem dá é o próprio governo que, em síntese, é o grande
responsável pelo preço praticado nas bombas do País, o mais elevado do mundo.
*Advogado
*Líder
do PSDB na CMM
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM