segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O POVO É QUE SE LIXE




Ministro Celso de Melo, que, entre outras, remeteu para as calendas gregas o julgamento dos bandidos do mensalão


Essa turma, com tais decisões, mandou uma banana para o povo, ou melhor, deu um cotoco, como dizemos por aqui, e afirmou sem nenhum pudor: “tomem isso aqui e chupem”.
Texto: Vereador Mário Frota*
A decisão da Câmara dos Deputados, que deu direito a um criminoso, preso por roubo de dinheiro público, a permanecer na função de deputado, encarcerado na penitenciária do Distrito Federal, mais conhecida por Papuda e, agora, mais a escandalosa decisão de um ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Melo, que, entre outras, remeteu para as calendas gregas o julgamento dos bandidos do mensalão, são dois episódios que deixaram a nação entre surpresa e indignada.
E isso tudo ocorreu logo depois que milhões de brasileiros foram às ruas, em protesto contra a pouca vergonha em que mergulhou a administração pública deste País, após Lula chegar ao poder, acompanhado dessa canalha que infesta o PTmetralha, considerada a agremiação mais corrupta da  história pátria. Com outras palavras essa turma, com tais decisões, mandou uma banana para o povo, ou melhor, deu um cotoco, como dizemos por aqui, e afirmou sem nenhum pudor: “tomem isso aqui e chupem”.
Outra bofetada no povo é esse arremedo de reforma eleitoral, em verdade uma grande palhaçada armada, com intuito de já valer para a eleição que se aproxima. De reforma não tem nada, basta olhar nos jornais os termos da tal lei. Tudo enganação, conversa para inglês ver, com propósito de dar satisfação à voz rouca das ruas, de brasileiros e brasileiros que ainda acreditam nesse pessoal que infelicita esta pobre nação.
O mais novo ministro nomeado para o Supremo pela presidente Dilma, Luiz Roberto Barroso, antes de votar agora a favor dos mensaleiros, afirmou, em bom tom, que jamais se curvará às pressões da opinião pública e que o seu voto seria pautado tão somente na lei. Esqueceu o ilustre magistrado que somente o povo, ao qual ele diz que não está nem aí para ele, é o único soberano em toda essa história; uma história em que o empregado maltrata o patrão, tratando-o com o mais soberano desprezo. O emprego dele já está garantido. O povo é que se lixe.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.