quinta-feira, 14 de abril de 2011

ZÉ SARNEY: OPORTUNISTA HISTÓRICO QUER O REFERENDO SOBRE O USO DE ARMAS



Para Sarney, personagem do livro Honoráveis Bandidos, é mais fácil
desarmar o cidadão de bem do que o banditismo que tomou conta do País.

A moda agora é político, no maior lance demagógico surfar na onda do crime cometido em Realengo (RJ), onde um psicopata, armado de duas armas de fogo, invadiu as dependências de um colégio e matou vários adolescentes. O mais eminente desses políticos, não é outro senão o oportunista histórico José Sarney, o atual presidente do Senado que, com um discurso de salvador da pátria, aparece agora falando em plebiscito, através do qual o povo vai dizer se quer ou não o país desarmado.

Ora, “seu” Zé Sarney, há muito tempo existe lei que dá poderes ao Estado brasileiro para desarmar os bandidos que infestam as grandes e médias metrópoles do País. E por que não o faz? Não o faz, respondo, porque falta vontade política. E aqui vai uma pergunta: Por que o governo não age com mão de ferro contra o bandidismo que infesta os médios e grandes centros urbanos do País, a exemplo do que foi feito, recentemente, no Rio de Janeiro?

Em verdade, não são armas que os cidadãos de bem compram nas lojas, com propósito de ter em casa para proteção da família, que estão matando neste País. Comprar uma arma numa loja envolve uma grande burocracia. O cidadão paga antecipadamente pela arma e só a recebe seis meses depois. Nesse meio tempo a vida do comprador é investigada pelas polícias civil e federal de A a Z. Qualquer deslize, a exemplo de um simples processo na justiça, é razão para a negativa da entrega da arma. Bandido não compra arma em loja, compra de policiais corruptos ou chega as suas mãos através das fronteiras pelas máfias das drogas.

Para o senador José Sarney, personagem da capa do livro do jornalista de Palmério Dória, sobre a sua trajetória na política do Maranhão, intitulado Honoráveis Bandidos, é mais fácil desarmar o cidadão de bem do que o banditismo que tomou conta do País. Ontem mesmo, no conjunto Eldorado, um acerto de contas entre quadrilhas ligadas a drogas (disputa por ponto de vendas) resultou na execução de um homem com mais de 20 balas no corpo.

Em minha opinião, primeiro deve o governo combater a ferro e fogo o banditismo, limpando totalmente o país desse cancro moral que destrói, pelo uso das drogas, principalmente os nossos jovens para, num segundo momento, pensar em proibir o uso de arma de fogo no Brasil pelos homens de bens que só usam armas em casa porque o Estado brasileiro está falido na sua obrigação legal de proteger a sociedade dos bandidos.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM