domingo, 8 de abril de 2012

PEDRO SIMON CRITICA PMDB E O GOVERNO DILMA


Apesar de pertencer à base do governo Dilma, Simon não poupa críticas ao PMDB e desanca o pau em cima do PT. Simon está acima de siglas partidárias.

Não poderia deixar de comentar, neste humilde blog, a entrevista do Senador Pedro Simon, concedida à revista Veja desta semana. Confesso que, pelo menos nesses últimos dois anos, não me lembro de ter lido coisa melhor nas páginas amarelas dessa grande revista.

O Senador pelo Rio Grande do Sul distancia-se, pela sua coerência e caráter, anos luz da maioria dos políticos deste País. A minha admiração pela sua pessoa remonta ao meu ingresso no Congresso Nacional quando, com pouco mais de 28 anos, lá cheguei como deputado federal, eleito pela oposição à ditadura militar.

Nessa mesma eleição, Pedro Simon elegeu-se Senador. A sua postura logo passou a ser admirada por todos, em especial pelos 40 companheiros que integravam o Grupo Autêntico, considerado a facção dentro do MDB mais hostil à ditadura. Quando a temperatura aumentava, ouvir o conselho de Simon era importante, levando-se em consideração a liderança que ele exercia na bancada gaúcha, considerada das mais aguerridas e disciplinadas do Congresso.

O tempo passou e esse homem não mudou e, se mudou, foi para melhor. O seu partido é o PMDB. Será? Simon está acima de siglas partidárias, principalmente quando elas derrapam para o fisiologismo, para a busca do poder com o único propósito de abocanhar cargos e deles obter benefícios políticos e pessoais. Por isso, esse grande homem paira acima dos partidos políticos deste País, em especial do seu, o próprio PMDB.

Apesar de pertencer a um partido que está na base do governo Dilma, em nenhum momento da entrevista poupa críticas ao seu próprio partido, o PMDB, assim, como desanca o pau em cima do PT, na sua opinião um partido que mudou radicalmente depois que chegou ao poder. Antes, diz ele, “os petistas andavam pelas ruas, descalços, fazendo campanha em troca de nada, às vezes até passando fome. No entanto, depois que chegaram ao poder, e passaram a ganhar salários de R$ 9.000,00, a coisa mudou. Resultado: o PT apodreceu.” Esse tipo de coisa, digo eu, encaixa-se como uma luva na famosa frase de Voltaire: “O poder corrompe. E o poder absoluto, corrompe absolutamente”.

A entrevista é longa, sem condições de ser comentada aqui, por inteiro, neste pequeno espaço. Quem não leu a entrevista do Senador gaúcho, deve ir correndo às bancas atrás de um exemplar da Veja. Vale a pena!

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PSDB na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM