Castelo Branco nos deu a Zona Franca, o modelo
econômicos que retirou o Amazonas da condição humilhante de porto de lenha.
Por:
Vereador Mário Frota*
Dá
para comparar, pelo menos de longe, com o que os militares fizeram pelo Amazonas?
Só um exemplo: a presidente Dilma, que aqui recebeu no nosso Estado, em termos
proporcionais, a maior votação no País, apesar do compromisso assumido de
público, que iria prorrogar a Zona Franca por 50 anos, até o presente momento
ainda não cumpriu a sua promessa.
Um vereador da Câmara, do PT, que prefiro
não citar o nome, anunciou, no plenário, que vai apresentar projeto de lei com
objetivo de mudar os nomes das vias de Manaus, que, no passado, receberam nomes
de pessoas da época da ditadura militar, a exemplo das avenidas Costa e Silva e
Castelo Branco.
Como combati a ditadura
militar, sou insuspeito para dizer que nenhum ‘ptralha’ tem moral para
criticar coisa nenhuma, até porque Lula, o maior ídolo deles, foi
agora desmascarado pelo livro “Assassinato
de Reputações”, publicado por Romeu Tuma Junior, que, munido de provas irrefutáveis, nos apresenta um Lula dedo
duro, X-9, que, sem nenhum escrúpulo,
entregou às autoridades da repressão os companheiros dos movimentos operários
do ABC paulista. O livro é devastador.
Apesar das graves denúncias assacadas contra a sua pessoa, Lula acovarda-se,
mantem-se calado e prefere enterrar a cabeça na areia, como o faz o avestruz quando está com medo. É
a velha história de que ‘quem cala consente’.
Costa e Silva, o segundo general-presidente
da ditadura de fato tem pouco a ver conosco. Tornou-se famoso por ter assinado
o Ato Institucional nº 5 (o AI-5), instrumento de força que enterrou o resto de
democracia que ainda existia. Pessoalmente concordo que esse cara foi um zero à
esquerda.
No entanto, o mesmo não se pode dizer de
Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro general-presidente do período
por eles intitulado de revolucionário. Castelo Branco nos deu, numa bandeja de
prata, a Zona Franca de Manaus, o modelo econômicos que retirou o Amazonas do
marasmo, da penúria, da condição humilhante de porto de lenha, que perdurava
desde o fim do ciclo da borracha, fato ocorrido por volta da primeira década do
século passado.
Nenhum dos cinco governadores nomeados pelos
militares, ao longo de quase 20 anos, deixou o poder tachado como ladrão. Sou
capaz até de renunciar o meu mandato caso alguém me prove que Arthur Reis,
Danilo Areosa, João Valter de Andrade, Henoch Reis e José Lindoso, em algum
tempo foram acusados de terem assaltado os cofres do Estado.
Não roubaram e, graças alguns deles, muitos
municípios do nosso interior ganharam luz elétrica, os primeiros hospitais de
qualidade, assim como boas escolas para os seus filhos. A partir de então o
Amazonas foi contemplado com as primeiras estradas e rodovias, a exemplo da
Manaus-Itacoatiara, Manaus-Manacapuru, BR 319 e BR 174 (Manaus-Porto velho e
Manaus-Boa Vista). Outra obra que quase ia esquecendo: o aeroporto Eduardo
Gomes, o mais moderno do País à época em que foi construído.
Seria por tanto injusto e leviano tentar
anular os feitos dos governadores nomeados na fase do período ditatorial e do
progresso que o grande Castelo Branco trouxe para a nossa região com a criação
da Zona Franca de Manaus. Teria o Amazonas uma Zona Franca, nos moldes da que
temos hoje, num período democrático, votada no Congresso Nacional? Pessoalmente
tenho lá minhas dúvidas se Estados com bancadas poderosas no parlamento
nacional, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais dariam o seu
aval para tal.
Depois de dizer tudo isso, façamos uma
comparação e vamos ver o que o PT nesses últimos 11 anos no poder fez por esta
terra. Dá para comparar, pelo menos de longe, com o que os militares fizeram
pelo Amazonas? Só um exemplo: a presidente Dilma, que aqui recebeu no nosso
Estado, em termos proporcionais, a maior votação no País, apesar do compromisso
assumido de público, que iria prorrogar a Zona Franca por 50 anos, até o
presente momento ainda não cumpriu a sua promessa e, em razão disso, o projeto
ainda continua rolando no Congresso Nacional sem qualquer definição. Enfim, dependesse
dos deputados e vereadores do PT, o nome da Avenida Castelo Branco deveria ser
substituído pelo do Lula da Silva, ou seja, o nome de um brasileiro decente seria
substituído pelo do chefão dos mensaleiros.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.