sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CASTELO BRANCO NOS DEU, NUMA BANDEJA DE PRATA, A ZONA FRANCA DE MANAUS


Castelo Branco nos deu a Zona Franca, o modelo econômicos que retirou o Amazonas da condição humilhante de porto de lenha.


Por: Vereador Mário Frota*
Dá para comparar, pelo menos de longe, com o que os militares fizeram pelo Amazonas? Só um exemplo: a presidente Dilma, que aqui recebeu no nosso Estado, em termos proporcionais, a maior votação no País, apesar do compromisso assumido de público, que iria prorrogar a Zona Franca por 50 anos, até o presente momento ainda não cumpriu a sua promessa.
Um vereador da Câmara, do PT, que prefiro não citar o nome, anunciou, no plenário, que vai apresentar projeto de lei com objetivo de mudar os nomes das vias de Manaus, que, no passado, receberam nomes de pessoas da época da ditadura militar, a exemplo das avenidas Costa e Silva e Castelo Branco.
Como combati a ditadura militar, sou insuspeito para dizer que nenhum ‘ptralha’ tem moral para criticar  coisa nenhuma, até  porque Lula, o maior ídolo deles, foi agora  desmascarado pelo livro “Assassinato de Reputações”, publicado por Romeu Tuma Junior, que, munido de provas  irrefutáveis, nos apresenta um Lula dedo duro, X-9,  que, sem nenhum escrúpulo, entregou às autoridades da repressão os companheiros dos movimentos operários do ABC paulista.  O livro é devastador. Apesar das graves denúncias assacadas contra a sua pessoa, Lula acovarda-se, mantem-se calado e prefere enterrar a cabeça na areia,  como o faz o avestruz quando está com medo. É a velha história de que ‘quem cala consente’.
Costa e Silva, o segundo general-presidente da ditadura de fato tem pouco a ver conosco. Tornou-se famoso por ter assinado o Ato Institucional nº 5 (o AI-5), instrumento de força que enterrou o resto de democracia que ainda existia. Pessoalmente concordo que esse cara foi um zero à esquerda.
No entanto, o mesmo não se pode dizer de Humberto de Alencar Castelo Branco, o primeiro general-presidente do período por eles intitulado de revolucionário. Castelo Branco nos deu, numa bandeja de prata, a Zona Franca de Manaus, o modelo econômicos que retirou o Amazonas do marasmo, da penúria, da condição humilhante de porto de lenha, que perdurava desde o fim do ciclo da borracha, fato ocorrido por volta da primeira década do século passado.
Nenhum dos cinco governadores nomeados pelos militares, ao longo de quase 20 anos, deixou o poder tachado como ladrão. Sou capaz até de renunciar o meu mandato caso alguém me prove que Arthur Reis, Danilo Areosa, João Valter de Andrade, Henoch Reis e José Lindoso, em algum tempo foram acusados de terem assaltado os cofres do Estado.
Não roubaram e, graças alguns deles, muitos municípios do nosso interior ganharam luz elétrica, os primeiros hospitais de qualidade, assim como boas escolas para os seus filhos. A partir de então o Amazonas foi contemplado com as primeiras estradas e rodovias, a exemplo da Manaus-Itacoatiara, Manaus-Manacapuru, BR 319 e BR 174 (Manaus-Porto velho e Manaus-Boa Vista). Outra obra que quase ia esquecendo: o aeroporto Eduardo Gomes, o mais moderno do País à época em que foi construído.
Seria por tanto injusto e leviano tentar anular os feitos dos governadores nomeados na fase do período ditatorial e do progresso que o grande Castelo Branco trouxe para a nossa região com a criação da Zona Franca de Manaus. Teria o Amazonas uma Zona Franca, nos moldes da que temos hoje, num período democrático, votada no Congresso Nacional? Pessoalmente tenho lá minhas dúvidas se Estados com bancadas poderosas no parlamento nacional, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais dariam o seu aval para tal.
Depois de dizer tudo isso, façamos uma comparação e vamos ver o que o PT nesses últimos 11 anos no poder fez por esta terra. Dá para comparar, pelo menos de longe, com o que os militares fizeram pelo Amazonas? Só um exemplo: a presidente Dilma, que aqui recebeu no nosso Estado, em termos proporcionais, a maior votação no País, apesar do compromisso assumido de público, que iria prorrogar a Zona Franca por 50 anos, até o presente momento ainda não cumpriu a sua promessa e, em razão disso, o projeto ainda continua rolando no Congresso Nacional sem qualquer definição. Enfim, dependesse dos deputados e vereadores do PT, o nome da Avenida Castelo Branco deveria ser substituído pelo do Lula da Silva, ou seja, o nome de um brasileiro decente seria substituído pelo do chefão dos mensaleiros.

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.



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