O Amazonino privatizou a Cosama, o BEA, o Porto de Manaus e, agora, quer privatizar feiras, mercados, parques da cidade, a exemplo da Ponta Negra e Bilhares, entregando tudo a empresas privadas pelo prazo de 30 anos, que podem ser renovados por mais 30, ou seja, por 60 anos. Tem absurdo maior do que esse? Daqui a 30 anos poucos quem tem hoje 40 vai estar com 70 e, se a empresa renovar por mais 30, o que está previsto na lei, essa turma vai estar com 100 anos. Em outras palavras: poucos ou quase nenhum dessa geração que hoje compõe a CMM vai estar vivo até lá. Só por milagre!
Frente à manifestação que os feirantes - em torno de dois mil - fizeram ontem por ocasião da Audiência Pública no plenário da Câmara, proposta pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, presidida por mim, o prefeito maquiavelicamente ensaiou um recuo na proposta original que enviou à Câmara. No auge do tiroteio que enfrentava na Câmara, mandou dizer pelo seu líder na Casa, Leonel Feitosa, que garantia aos permissionários prioridade nas concessões e que ninguém ficaria de fora da atividade que ora exercem.
Pura balela do velho lambanceiro, o mesmo que, na fase da propaganda eleitoral, prometeu pela televisão que, em 120 dias, resolveria os problemas do transporte coletivo e que construiria, nos quatro anos de mandato, mil creches. Mentiu ao povo nas duas promessas. Quem quiser que acredite nele quanto a essa história de que os feirantes terão preferência sobre as privatizações. É mais um engodo, uma mentira cabeluda, uma armadilha em marcha. E por quê? Ora, na fase da licitação, é óbvio que os feirantes não vão ter a mínima condição de disputar com as empresas desejosas de entrar no negócio. Aprovado o projeto com a mudança que o grande mentiroso oferece, vai ser um massacre. Quem viver, verá.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM