ATÉ O PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA CRITICOU A DERRUBADA DO VIVALDÃO E TACHA A ARENA A SER CONSTRUIDA DE PROJETO MEGALOMANÍACO. Lula critica a derrubada do Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, e a construção de um novo estádio em Manaus de acordo com entrevista concedida ao canal ESPN, que pode ser conferida no portal www.D24am.com. Diz o presidente, naquele seu estilo coloquial: “a gente não deveria ser megalomaníaco, para fazer coisas maiores do que o necessário, que, no final, vão cair na realidade, pois tem um problema chamado custo”. E prossegue: “Você tem que fazer um estádio não pensando na Copa do Mundo, que são só trinta dias. Você tem que fazer um estádio pensando em como fazer ele ser utilizado o ano inteiro; a vida inteira”.
O presidente Lula tem razão. Começaram a desmanchar o Vivaldão e, implodi-lo, é só uma questão de tempo. Mas será que é apenas megalomania? Sabe-se que por trás da vontade de construir obras gigantescas e caras neste país também existe a história de enriquecimento de políticos e empreiteiras. Dizem que quanto maior e mais cara a obra, maiores são as comissões e propinas. É por isso que não basta simplesmente adequar o Vivaldão, o melhor estádio do Norte do Brasil, para Copa do Mundo de 2014. O que querem mesmo é destruí-lo para construir outro porque aí a grana pode correr solta para o bolso de empreiteiras e de muita gente.
Será que é um grande negócio derrubar o Vivaldo Lima? Vejamos. Segundo a revista Exame, especializada em economia e finanças, o Vivaldão em pé vale quatrocentos milhões de reais. Ora, derrubar um estádio que vale 400 milhões e, no seu lugar, construir outro no valor de 500 milhões, mais os 25 por cento do aditivo, o Amazonas vai ganhar uma arena de mais de 1 bilhão de reais. Mais caro, portanto, do que a ponte sobre o Rio Negro, uma obra verdadeiramente importante para o futuro do Amazonas.
Discordo de muita coisa do presidente Lula, mas desta vez concordo em gênero, número e grau com o que ele falou. Em qualquer administração devem-se priorizar custos. Por que usar em uma só obra 500 milhões de reais, quando existem outras mais importantes para se construir, a exemplo de investimentos nas áreas de saúde, educação e segurança, três setores falidos no Estado?
Puxão de orelhas neles, Presidente Lula.
Por: Vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM