quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

TURISTAS AVALIAM A SITUAÇÃO DE TRAGÉDIA EM QUE VIVE MANAUS



A PESQUISA COM OS TURISTAS MOSTRA QUE O PREFEITO DE MANAUS PRECISA SAIR DO GABINETE E, INDIRETAMENTE, EVIDENCIA QUE OS VEREADORES DA SITUAÇÃO, QUE COMPÕEM A MAIORIA NA CÂMARA, SÃO SUBSERVIENTES NO MOMENTO EM QUE COMPACTUAM COM O ABANDONO DA CIDADE. PARA COMPOR UM ARCO DE ALIANÇAS NÃO PRECISA CRITICAR, MAS COBRAR RESULTADOS. Quando a oposição, da qual faço parte na Câmara Municipal, denuncia que Manaus está abandonada, com o transporte coletivo em pedaços, no fundo do poço, e a cidade está suja e esburacada, vem logo os puxa-sacos e gosmentos lambe-botas do Amazonino e rebatem, fazendo a defesa do indefensável.
No entanto, não é só a oposição que enxerga a situação de tragédia em que vive a nossa Manaus. Pesquisa divulgada ontem, pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Amazonas (IFPEAM), sobre a opinião dos turistas nacionais que nos visitam, aponta no mesmo sentido, senão vejamos.
60,0% dos entrevistados falaram mal da limpeza pública, 56,2% perceberam a calamidade por que passa o transporte coletivo. 47,1% não gostaram da segurança pública que viram. 46,4% acharam o asfalto péssimo. 47.1 criticaram a segurança pública, enquanto 21,5% detonaram as telecomunicações.
Ora, se para o turista que nos visita, todos os setores de serviços públicos vão de mal a pior, agora imagine o que pensam os que aqui vivem. Em verdade, o turista não vivencia tais problemas, por duas razões: a visita à cidade é rápida e, geralmente, anda de táxi. Em verdade, quem conhece mesmo os problemas de Manaus é o povo daqui, em especial os moradores da periferia abandonada pelo poder público.
O turista, por exemplo, não sabe o que é ficar numa parada de ônibus, pegando sol e chuva, às vezes por mais de uma hora. Na metade do percurso, o pobre coitado é obrigado a descer, porque o veículo quebrou ou começou a pegar fogo. Quem vive o dia a dia enfrentando ônibus caindo aos pedaços, com certeza que a nota que o povo daria a esse serviço seria zero.
Nas ruas, praças e calçadas a sujeira é visível. Agora, quando ao asfalto, eu garanto que a nota dada pelos turistas seria bem pior, caso eles se dispusessem a dar uma voltinha pela periferia para ver a extensão da buraqueira. No caso da segurança pública, a nota dada seria reduzida a zero se o turista se atrevesse a passear à noite por certos bairros da cidade, sem iluminação, sem posto policial, infestados de gangues (galeras) disposta a matar se alguém não dispor de, pelo menos, R$ 5,00 no bolso para pagar o pedágio. Quanto às telecomunicações, o telefone celular é péssimo e a internet é a mais cara e lenta.
O IFPEAM identificou a opinião dos turistas nacionais sobre os serviços públicos acima, agora, o ideal, seria se esse órgão, a título comparativo, realizasse uma pesquisa sobre a opinião do nosso povo sobre tais serviços. De uma coisa estou certo: a maioria, esbarrando nos 100%, vai dizer horrores sobre a qualidade do transporte coletivo, do asfalto, da limpeza pública, da segurança pública, da telefonia e internet, entre outros serviços.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM

Frota discorda do possível aumento de cadeiras na Câmara Municipal de Manaus


O resultado do recenseamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que indica a possibilidade de Manaus vir a ter 41 vereadores a partir da próxima legislatura desagradou ao líder do PDT na Câmara Municipal, vereador Mário Frota, que questionou se o aumento realmente ajudaria o povo da cidade, já que, segundo ele, a maioria dos atuais 38 parlamentares prefere aprovar tudo o que é de interesse do Executivo municipal.Frota disse ser preferível que a cidade tivesse 15 ou 21 vereadores, mas que a CMM tivesse mais independência em relação ao poder Executivo. Para ele, não adianta criar mais despesas para o povo pagar, defasando o orçamento público que poderia ser usado para atender as áreas de saúde, educação e saneamento básico, em vez de aumentar o número de cadeiras para a maioria dos vereadores apoiar o prefeito. “Não estou aqui para apoiar o prefeito, fui eleito pelo povo para fiscalizar o prefeito”, proclamou. Prosseguindo nas críticas ao desempenho do parlamento, Mário Frota afirmou que não adianta aumentar o número de vereadores “para aplaudir e bajular o prefeito de plantão”. Ele reclamou porque este é o terceiro ano votando o orçamento municipal sem poder acrescentar nada ao projeto de lei elaborado pelo Executivo. “Nem uma vírgula, se estiver fora do lugar, pode ser corrigida, porque a maioria silenciosa aprova tudo o que o prefeito manda, e então, para quê aumentar o número de vereadores se os que estão postos são incapazes de representar o povo, de corrigir ou emendar o orçamento que sai do jeito que chega a esta Casa?”, protestou o líder pedetista.

Fonte: Gabriel Andrade

Fotografia: Sérgio Oliveira

Frota diz que não precisa tanques de guerra para combater crimes em Manaus


O comentário do governador Omar Aziz, divulgado por um jornal local, de que o Estado usaria força total contra o narcotráfico se tivesse apoio das Forças Armadas como ocorre no Rio de Janeiro, levou o líder do PDT na Câmara Municipal, vereador Mário Frota, a sentir-se preocupado, como ele revelou na tribuna da Casa. Frota acha que embora seja preocupante a escalada da violência em Manaus, a situação não exige o aparato bélico usado no Rio. Para ele, aqui o governo não precisa de armas de última geração nem tanques de guerra para enfrentar os criminosos.De acordo com Mário Frota, o que falta em Manaus é melhorar a qualidade do policiamento nas ruas do centro e na periferia, que está à mercê dos traficantes e das quadrilhas de assaltantes. “Toda a sociedade está à mercê dos criminosos, mas ainda não é uma situação comparável à do Rio de Janeiro, porque pode ser controlada pela polícia, desde que o governo aumente o efetivo da Polícia Militar, que é o mesmo de vinte anos atrás”, opinou o parlamentar.Frota argumentou que milhares de pessoas chegam à cidade todos os anos, vindo do Maranhão, do Ceará e principalmente do Pará, além de muita gente que migra do interior para a capital. O crescimento demográfico exige que o governo melhore as estruturas sociais. Para combater a marginalidade, o vereador entende que o Estado precisa melhorar também a Polícia Civil. Ele afirma que o combate aos marginais deve ser feito com a presença da polícia nas ruas, com as viaturas passando sempre nos locais onde a violência é mais freqüente. Mário Frota citou o caso de New York, nos EUA, que segundo ele era a cidade mais intranqüila e insegura do planeta. “Estive lá, como deputado federal, e fui aconselhado a não sair do hotel porque poderia ser assaltado, mas a coisa mudou a partir da decisão de erradicar o crime tirando todos os bandidos das ruas da cidade”, contou. Para o vereador, só retirando os bandidos de circulação é que haverá paz em Manaus.

Fonte: Gabriel Andrade

Fotografia: Plutarco Botelho