O SENADOR QUE ESTÁ ME PROCESSANDO, EM NOME DO SENETRAM, VIROU SENADOR PELO ESTADO DE RONDÔNIA, EXATAMENTE PELO MEU PARTIDO, O PDT. Em respeito às exigências do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como candidato sou obrigado a tirar certidão de nada consta nos cartórios cível e criminal. No criminal lá estava uma ação movida contra mim pelo Sinetram, interpelando-me sobre uma entrevista que concedi ao jornal A Crítica dias depois da vitória do Amazonino sobre o Serafim, em que acusei serem os donos de ônibus tubarões exploradores dos usuários que são obrigados a usar esses cacarecos que eles colocam à disposição do povo de Manaus. E fui além, pois, como vice-prefeito, relatei ter aconselhado o Serafim a não tratar os donos de ônibus como cavalheiros, mas sim como mafiosos.
O Acyr Gurgacz, que nessa época era o presidente do Sinetram, não gostou e me processou por entender que ele e os demais donos de ônibus - cidadãos acima de quaisquer suspeitas - foram ofendidos.
Acontece que fui eleito vereador e, da tribuna já repeti várias vezes essa história, afirmando, inclusive, que o povo de Manaus foi enganado na questão dos 500 ônibus que foram colocados em Manaus na gestão Serafim. A maioria era de ônibus velhos, carcomidos, disfarçados por pinturas, algumas tão mal feitas que, a olho nu, era possível perceber a farsa. Uma vergonha.
Agora, o interessante é que os vereadores do Amazonino na Câmara, para deixar o vereador Marcelo Ramos numa saia justa, não se cansam de repetir a bandalheira que envolve esses 500 ônibus, que os donos das empresas empurraram pela garganta do Serafim. A prova disso pode ser vista diariamente pelas primeiras horas da manhã, no mínimo 40 ônibus pregados em algum lugar da cidade, isso se um, ou mais, não estiver pegando fogo. Bem, os vereadores do Amazonino repetem diariamente a malandragem que envolve os 500 ônibus e, até o presente momento, o Sinetram ainda não processou nenhum.
O problema é que esse Acyr, que é dono da Eucatur, que hoje me processa, virou de uma hora para outra senador pelo estado de Rondônia, no lugar de um outro que foi cassado. O mais estranho é que ele é senador pelo meu partido, o PDT. É muita coincidência. O destino não pára de aprontar para cima de mim.
Por: Vereador Mário Frota