Alguém, por má fé ou porque é burrinho, ou seja, que não tem inteligência para entender o discurso que pronunciei ontem da tribuna da CMM, informou ao colunista da coluna “Sim e Não”, do jornal A Crítica, que eu havia “dado uma mãozinha ao Amazonino ao afirmar que grande parte dos 500 ônibus que entraram nas ruas de Manaus, na administração Serafim Correia, eram maquiados”. RECOLOCO ABAIXO A VERDADE, SOMENTE A VERDADE.
No meu discurso afirmei que a CMM está no dever legal e moral de, na condição de fiscal do Poder Executivo, nomear uma comissão constituída por vereadores da situação e da oposição para, na companhia de técnicos e mecânicos especializados, examinar um a um os ônibus que chegaram, com o objetivo de se evitar o que aconteceu no passado, quando os donos de ônibus enganaram o Serafim e empurraram para o povo de Manaus um monte de ônibus maquiados. Bem, ia esquecendo: foi o próprio jornal A Crítica quem denunciou - com foto e tudo, dias depois dos primeiros 80 ônibus chegarem à Manaus - que em dois deles, integrantes do antigo Expresso, ainda dava para ver, por debaixo da tinta, as sombras das cobras entrelaçadas da União Cascavel. Um engodo, uma fraude, contra o povo pobre e explorado por esses espertalhões de fora.
Percebi a bandalheira no dia da entrega dos primeiros 80 ônibus, fato que, em respeito ao povo de Manaus, no dia seguinte procurei o Serafim e externei minhas preocupações pelo que tinha visto e ouvido. A entrega dos 80 ônibus que os proprietários diziam que eram novos foi feita em frente ao Olímpico Clube, na Constantino Nery. O meu motorista, homem do ramo, chamou-me e mostrou-me que o segundo ônibus da fila estava soltando óleo no asfalto; que grande parte deles estava com pneus recauchutados; e que outros estavam tão mal pintados, com as borrachas externas de vedação borradas de tinta, fato que, a olho nu, dava para ver que os ônibus eram velhos, apenas remendados para parecer novos. Uma vergonha.
Vi tudo aquilo e, no dia seguinte, comuniquei o fato ao Serafim que deu de ombros, ou melhor, não tomou nenhuma atitude para desmascarar os vilões que estavam enganando a ele e ao povo. No discurso que fiz ontem na Câmara disse que esse é um filme que já vi em cores e em preto e branco, razão porque, para acabar com qualquer dúvida, o melhor mesmo seria a Câmara investigar se os ônibus são mesmo novos. O resultado da investigação deve ser repassado à sociedade, que não pode, mais uma vez, ser enganada por quem a ludibria por anos a fio.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM