quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Parque do Encontro das Águas


Visando a demanda turística da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá também em Manaus, o vereador Mário Frota (PDT), apresentou projeto de emenda ao Plano Prurianual do Município junto à Câmara Municipal de Manaus (CMM) para construção do Parque Encontro das Águas, na área das Lages.
De acordo com o parlamentar, os principais atrativos turísticos arquitetônicos de Manaus foram construídos há mais de cem anos, como o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o Porto de Manaus e o Teatro Amazonas. Desde Eduardo Ribeiro e Fileto Pires Ferreira, ex-governadores da Província do Amazonas, a cidade não recebe obras de apelo para visitação turística. O encontro das águas dos rios Negro com o Solimões, a praia da Ponta Negra e a floresta são paisagens naturais. O Prosamim, apesar de mudar o visual da cidade, é uma obra de saneamento e recuperação de igarapés, que devolve à Manaus um pouco das suas características naturais e resgata parte da história, respeitando as questões do meio ambiente, assim como era (mais para menos) antes.
A prefeitura, na gestão anterior, contratou Oscar Niemayer – o arquiteto mais influente do mundo - para projetar o monumento Parque do Encontro das Águas, na área das Lages: uma homenagem ao Índio Ajuricaba, à época, ícone da resistência contra a escravidão dos índios. Segundo Mário Frota, a prefeitura pagou R$ 600 mil pelo projeto, que ficou pronto em 2006, mas que até agora nenhum passo foi dado para sua execução e Manaus precisa ficar bonita e acolhedora para a Copa do Mundo, daqui a quatro anos, quando se espera grandes mudanças.
O vereador lembra que, à época em que era vice-prefeito de Manaus, foi ao Rio de Janeiro conversar com Oscar Niemayer. “Confesso o meu nervosismo e emoção, pois estava à frente de uma lenda viva, alguém que, no dizer de Vinícius de Morais, transformava concreto em poesia”. No final do encontro Mário convenceu o mestre - que aceitou a missão - ao mostrar que em toda Amazônia só existe uma obra com a sua assinatura: o Memorial dos Cabanos, em Belém do Pará.
O monumento Parque Encontro das Águas, argumenta o parlamentar, é uma homenagem do povo amazonense ao encontro das águas – o mais importante referencial para o turismo no Amazonas, símbolo do planeta água, um bem precioso para a própria sobrevivência da humanidade. Em nenhum momento, continuou Mário, exagerei na exposição que fiz ao arquiteto, que me confidenciou não conhecer o Amazonas. Então falei da beleza e ‘força telúrica do Rio Amazonas com o Negro, num forte abraço de amor’, como registrou em famoso poema o vate cearense Quintino Cunha.
Por fim afirmei que o seu projeto seria uma espécie de templo; um santuário das águas, não somente para o deleite da vista do turista, mas também iria servir para sediar um centro de ciências, equipado com auditórios, bibliotecas especializadas, além de um aquário contendo espécies da fauna dos nossos igarapés, lagos e rios”, lembra.
Fonte: Roberto Pacheco
Foto: Arquivo -CMM

Manaus pode ganhar centro de ensino e pesquisa

Para criação e implantação do primeiro Planetário do Amazonas, a exemplo do que já acontece nas principais capitais do mundo, o vereador Mário Frota (PDT), entrou com projeto de emenda ao orçamento do Plano Plurianual da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). Com a finalidade de colher subsídios a propositura apresentada junto à Câmara Municipal, o parlamentar viajou a São Paulo onde conheceu o Planetário Prof. Aristóteles Orsini, instalado no Parque do Ibirapuera (SP), um dos mais modernos do país, totalmente computadorizado e controlado eletronicamente.
Planetário é um conjunto de equipamentos científicos de alta tecnologia, instalado em um auditório circular, com poder de reproduzir cientificamente o céu, atendendo a inúmeras finalidades, não apenas científicas, mas também didáticas, culturais, turísticas e de lazer. Como centro de ensino e pesquisa atende todos os níveis de escolaridade: da Educação Infantil ao Ensino Superior e sua ação educativa trabalha com os princípios da interdisciplinaridade. Do ponto de vista científico e didático é importante para aprofundar conhecimentos nas áreas de astronomia, astronáutica, matemática, química, física, biologia, geografia, artes, filosofia, mitologia e história do homem. Além das sessões de observação do céu, são realizados cursos, seminários, exposições e encontros.
Os Planetários têm a finalidade de popularizar a Astronomia como forma de problematizar a Ciência e dar novos significados ao conhecimento; despertar vocações científicas e a sensibilidade ambiental; divulgar o potencial regional de produzir ciências através de estudos culturais em educação; motivar professores e acadêmicos de licenciatura a refletir e dialogar o ensino de Ciências relacionando-o com a Educação Ambiental; disponibilizar à população o acesso a informações e conteúdos de Astronomia, Educação Ambiental e Ciências afins.
Além de biblioteca e brinquedoteca para o ensino lúdico, os planetários oferecem programação aberta ao público com Sessões Escolares, Observações Astronômicas, Cinema, Cursos de Astronomia, Educação Ambiental, Exposições, Seminários, Eventos Científicos, Observação do Céu, Colônia de Férias, Projetos Especiais, Laboratório de Tecnologias da Saúde, Clube da Ciência, Arte e Corporeidade.
Por se tratar de um centro de estudos que ativa o imaginário e desperta a curiosidade das pessoas, os Planetários podem tornar alguns setores do complexo economicamente viável e independente de recursos do Executivo, pois podem ser mantidos com recursos próprios por intermédio da cobrança de ingressos da visitação formal e turística.
O Planetário vizinho Estado do Pará, de autoria do então deputado e hoje vereador, Nadir Neves, contou com cerca de 80% dos recursos da União, por intermédio do Ministério da Tecnologia, e o restante saiu como contrapartida do Poder Executivo.
A cúpula de projeções do Planetário do Pará, por exemplo, tem 11m de diâmetro e capacidade para 105 espectadores, simultaneamente. Este instrumento projeta cerca de 7 mil estrelas, lua, planetas, cometas, asteróides, arco-íris, eclipses, constelações, coordenadas astronômicas; simula os movimentos diurnos, anual e polar, viagens espaciais, etc. Também pode funcionar como máquina do tempo, apresentando o céu conforme era visto em qualquer época do passado ou futuro. O Planetário é, portanto, um recurso didático por excelência, pois permite a compreensão de maneira clara dos fenômenos astronômicos que ocorrem no universo.
De acordo com a Associação Brasileira de Planetários, existem 27 planetários instalados em todo o país, sendo 23 fixos e 4 móveis. O planetário Prof. Aristóteles Orsini, instalado no Parque Ibirapuera (SP), pode ser listado, certamente, como um dos mais modernos do país, totalmente computadorizado e controlado eletronicamente. Dispõe de 300 lugares na sala de projeção, sendo 7 especiais para cadeirantes. Foi fundado em 26 de janeiro de 1957 e está sob a responsabilidade da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA) da cidade de São Paulo.
O sistema de iluminação da sala de projeção é composto por 44 barras de LED que permitem a alteração das cores na iluminação, em tempo real, reforçando e tornando mais reais efeitos como nascer e pôr-do-sol. O projetor Zeiss Starmaster ZMP é, por sua vez, o mais avançado de seu tipo e categoria. O equipamento é dotado de um sistema de fibras ópticas que simula a cintilação das estrelas do céu noturno e as faz pontuais. O projetor do planetário do Parque Ibirapuera foi instalado com 5 planetas: Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno e Terra. É capaz de simular o céu de qualquer ponto do sistema solar e todos os planetas visíveis a olho nu da Terra -, Sol, Lua, eclíptica, equador celeste, círculo horário, indicadores de pólos celestes, meteoros, e um sistema de iluminação próprio que simula nuvens.
Fonte: RobertoPacheco
Foto: Divulgação