Quem não aceitar as mudanças que estão ocorrendo no País, na defesa de princípios éticos e morais, vai ficar para trás, fora de sintonia com o que pensa a sociedade em relação ao presente e ao futuro do Brasil
Estou profundamente decepcionado com a recusa de muitos colegas vereadores que se recusam apoiar o meu projeto, que tem por objetivo extinguir a ajuda de custo, equivalente a um salário mensal, mais conhecido hoje por 14º salário,
Por mais que eu tente convencê-los de que essa medida vai beneficiar o Poder como um todo, e não somente a mim, infelizmente minhas palavras não vêm surtindo qualquer efeito sobre os corações mentes desses companheiros. No entanto, já consegui a assinatura de quatorze colegas que, ao contrário de muitos, não ofereceram nenhuma resistência, pelo contrário, todos eles fizeram questão de subscrever o meu projeto.
Dos 38 companheiros e companheiras integrantes da Casa, 13 deles, sem titubear, foram logo assinando: HOMERO MIRANDA LEÃO, WILQUER BARRETO, LUIZ MITOSO, MARISE MENDES, LUIZ CARIJÓ, ELIAS EMANUEL, CIDA GULGEL, SOCORRO SAMPAIO, ADEMAR BANDEIRA, JOAQUIM LUCENA, HISSA ABRAÃO, REIZO CASTELO BRANCO, WALDEMIR JOSÉ e WILTON LIRA. A colega Mirtes Sales pediu-me um tempo, mas me garantiu que pode subscrever o meu projeto. Continuarei no aguardo da sua assinatura, assim como na de outros companheiros que queiram fazer o mesmo.
Tenho-lhes dito que a minha atitude em acabar com esse privilégio é inspirada na Lei da Ficha Limpa, legislação que, depois de aprovada em 2010, pelo Congresso Nacional, vem provocando uma forte onda de moralização País afora, como jamais visto.
Orgulho-me em dizer que o projeto da Ficha Limpa, de minha autoria, aprovado em Julho do ano passado, teve o apoio unânime de todos os vereadores da Casa. Com isso Manaus saiu na frente em todo o País, colocando-o na condição de primeiro município do Brasil a aprovar a sua Lei da Ficha Limpa.
Após a aprovação pelo Congresso Nacional dessa lei, um verdadeiro tsunami vem varrendo práticas políticas perniciosas, carcomidas, arraigadas no serviço público deste Brasil, desde os primeiros momentos da República. Aqui na Câmara só temos o 14º salário, enquanto nas duas Casas do Congresso Nacional e na nossa Assembléia Legislativa, esses parlamentos, além do 14º, ainda ostentam um 15º salário.
Continuarei insistindo junto aos colegas vereadores da necessidade de aprovarmos o projeto que ora apresento como forma de colocarmos um fim ao 14º salário, privilégio hoje não mais tolerado pelo nosso povo. Defendo bons salários para todas as pessoas que trabalham, mas não privilégios às custas do povo. Quem não aceitar as mudanças que estão ocorrendo no País, na defesa de princípios éticos e morais, vai ficar para trás, fora de sintonia com o que pensa a sociedade em relação ao presente e ao futuro do Brasil. É isso.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM