Marise Mendes, também decepcionada com Mauro Lippi (foto) apelou: “não batam mais no secretário. Todo mundo erra, ele errou, mas errar é humano.”
Com a aprovação em tempo recorde do Plano de Cargo, Carreira e Subsídios (PCCS) dos professores do município de Manaus, cai a máscara do secretário da educação Mauro Lippi que, de forma leviana e irresponsável, afirmou perante 600 diretores de escolas, que “o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Mário Frota, estava boicotando a aprovação do dito projeto, impedindo-o de ir ao plenário para votação”.
Logo depois da tal reunião, vários diretores amigos, conhecedores da minha história política, passaram a me telefonar, relatando-me os fatos e me prestando solidariedade. No início fiquei um tanto perplexo. Expliquei a todos que, no dia em que foram convocados para reunir com o Secretário Lippi, o projeto ainda nem havia chegado às minhas mãos, o que só aconteceu na última quarta-feira.
Pelo Regimento Interno da Casa, um projeto, em regime de urgência, a exemplo do que trata do aumento salarial dos professores, depois de recebido pela CCJR, tem ele o prazo de uma reunião no plenário para voltar à Mesa. Ora, como quinta foi feriado e na sexta não há sessão, ontem, segunda-feira, devolvi-o à Mesa, devidamente aprovado, no prazo da Lei. Depois de uma reunião conjunta com outras três comissões do Poder, o projeto desceu para o plenário e foi votado e aprovado.
Aí está a história completa. Amanhã, possivelmente os jornais vão noticiar tudo. É por isso que se diz que é mais fácil pegar um mentiroso do que um coxo. Em poucos dias a mentira que o secretário Mauro Lippi inventou para iludir os professores, acusando-me por algo que não fiz, veio de água abaixo e o desmoralizou publicamente.
Agora vejam o que aconteceu. O secretário Mauro Lippi fez os professores acreditar que, aprovado o projeto em questão, o aumento, previsto em 10%, seria pago com data retroativa a primeiro de dezembro. Essa foi a esperança que ele plantou no coração de todos os professores que, com esse dinheirinho na mão, poderiam propiciar um bom Natal à família.
O problema é que, na hora da reunião conjunta das Comissões, chega a notícia de que a Secretaria da Educação do município não tem cobertura orçamentária para fazer frente à promessa que o secretário Lippi havia feito aos professores. Foi um Deus nos acuda. A base do Amazonino entrou em pânico. Como explicar aos professores que o aumento só sai a partir de janeiro do próximo ano? Que secretário é esse que não conhece o orçamento do órgão que dirige?
No plenário, oposição e vereadores da base do prefeito, não pouparam críticas ao secretário incompetente. A coisa chegou a tal ponto que a irmã do prefeito, Marise Mendes, também decepcionada com Mauro Lippi apelou: “não batam mais no secretário. Todo mundo erra, ele errou, mas errar é humano.” O que ela esqueceu de dizer é que ele além de agredir a minha imagem de homem público, tentando enlameá-la com aleivosias, também estimulou a distribuição de panfletos apócrifos incitando os professores contra a CMM como um todo.
No discurso que pronunciei da tribuna, disse que o projeto estava aprovado e eu estava de alma lavada. Quem tem que se limpar agora é o secretário Mauro Lippi, que saiu dessa história bem sujo e vai precisar de muita água e sabão para se limpar.
Amazonino se quisesse prestigiar os educadores, bem que poderia escolher um secretário competente dentro dos quadros dos professores do município para assumir a pasta da Educação, mas preferiu colocar um médico, alheio aos anseios da classe, a quem chamou de “excepcional” em matéria veiculada no jornal A Crítica de hoje, (13). Ninguém sabe, até que ponto, o prefeito quis elogiar o secretário.
Por: vereador Mário Frota
Líder do PSDB na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM