Vereador Mário Frota quer corte nas despesas extras dos
deputados estaduais e das secretarias municipais e estaduais
Mário
Frota: Estamos descendo as escadarias do inferno. Essa decisão do Poder
Executivo Estadual de cortar gastos com a saúde é uma tragédia e vai sufocar as
atividades do setor, sob a responsabilidade do município. O governador precisa
repensar essa decisão e redirecionar o orçamento. Saúde e Educação é prioridade
para o cidadão. Nós, da Câmara Municipal, já enxugamos as nossas despesas com
diárias, viagens, horas extras, dentre outras. As secretarias estaduais e
municipais deveriam seguir o exemplo. Daqui, faço um apelo aos nossos colegas
deputados estaduais: que abram mãos das mordomias e outras despesas não
emergenciais em tempos de crise para ajudar a soerguer a economia do nosso
Estado.
O vereador Mário Frota (PHS) usou a tribuna
da Câmara Municipal de Manaus (CMM), durante o Pequeno Expediente de hoje
(23/5) e fez um apelo ao governador José Melo (Pros), para não cortar os gastos
com a saúde “que já se encontra numa situação bastante precária”.
Os cortes, anunciado pelo governador com a
finalidade de economizar R$ 316 milhões por ano, vai atingir os Centros de Atenção à Melhor Idade (Caimis), Centros
de Atenção Integral à Criança (Caics) e Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) e
cinco dos 10 SPAs vão se tornar Unidades Básicas de Saúde (UBS) com horário de
atendimento ampliado. Essas mudanças, segundo José Melo, “devem
dar mais agilidade aos profissionais do setor porque vai reforçar o abastecimento
de medicamentos e insumos para melhorar os atendimentos nas áreas mais
importantes”.
Para Mário Frota, essa decisão do governo
de José Melo vai prejudicar cerca de 50 mil trabalhadores que estão fora do
mercado de trabalho, portanto, sem planos de saúde, e a tendência dessas
pessoas, caso venham a precisar de médicos, é apelar para a rede pública em
busca de tratamento.
De acordo com o parlamentar, a herança da má
administração da economia, deixada pelo governo do Partido dos Trabalhadores
(PT), está atingindo toda população. A classe média tem dificuldades até para
pagar a taxa de condomínio e se essa crise continuar, a Zona Franca de Manaus
(ZFM) pode arcar com as consequências negativas porque hoje é o principal
empregador do estado.
Antes da implantação dos incentivos fiscais
o interior do Amazonas vivia economicamente equilibrado com a capital, lembra
Mário. O ribeirinho podia completar seu orçamento vivendo da caça e pesca. Ele
podia pescar pirarucu, peixe-boi, dentre outros, para sua subsistência, além de
poder vender o couro da onça, da lontra, do gato maracajá, do jacaré, mas agora
essas atividades estão proibidas por Lei. Tudo bem que isso aconteça, mas o
estado tem que dar a contrapartida. “Geralmente essas leis são elaboradas entre
quatro paredes em um gabinete com ar condicionado, em Brasília, onde essas
pessoas desconhecem a realidade da nossa Região”, lamenta Mário.
Dentro das propostas de mudanças na área de
saúde anunciada pelo governador José Melo, o Serviço de Pronto Atendimento
(SPA), do bairro de São Raimundo vai mudar para Unidade Básica de Saúde (UBS),
deixando de funcionar 24 horas e de atender casos que requer emergência. Mário lembrou
que essa unidade de saúde atende aos moradores de São Raimundo, Glória, parte
do Santo Antonio, Aparecida e os casos de urgência médica dos ribeirinhos que
desembarcam no Porto da Manaus Moderna. Mário destacou ainda que a Policlínica
Cardoso Fontes, localizada no Centro, é uma clínica de referência no tratamento
da tuberculose e não deveria sofrer mudanças.
“Estamos descendo as escadarias do inferno.
Essa decisão do Poder Executivo Estadual de cortar gastos com a saúde é uma
tragédia e vai sufocar as atividades do setor, sob a responsabilidade do município.
O governador precisa repensar essa decisão e redirecionar o orçamento. Saúde e
Educação é prioridade para o cidadão. Nós, da Câmara Municipal, já enxugamos as
nossas despesas com diárias, viagens,
horas extras, dentre outras. As secretarias estaduais e municipais deveriam
seguir o exemplo. Daqui, faço um apelo aos nossos colegas deputados estaduais:
que abram mãos das mordomias e outras despesas não emergenciais em tempos de
crise para ajudar a soerguer a economia do nosso Estado”, apela o vereador. (Por:
Roberto Pacheco – MTb 426).