domingo, 2 de junho de 2013

LINCOLN VENCEU A GUERRA DE SECESSÃO E LIBERTOU QUATRO MILHÕES DE ESCRAVOS


Texto: Vereador Mário Frota*
Depois de assistir ao filme fiquei a imaginar se neste nosso Brasil já tivemos um político à altura de um Abraham Lincoln. Acredito que não.  A história brasileira é pobre de grandes nomes.
Entre os políticos que exerceram função de mando neste Planeta, sempre olhei com grande reverência e admiração a figura de Abraham Lincoln, o 16º presidente dos Estados Unidos da América do Norte.
Lincoln, o filme de Steven Spielberg, com Daniel Day-Lewis, interpretando o grande presidente americano, merecedor de 12 indicações ao Oscar, vale a pena ser visto, pois que traz às telas cinematográficas, sem exageros, a história de um político extraordinário, alguém predestinado por Deus para guiar o seu povo num dos piores momentos da sua história.
O filme mostra a democracia americana mergulhada num conflito terrível, que ficou conhecido por Guerra de Secessão, movimento armado entre os Estados do Norte e do Sul, que culminou com a morte de mais de 500 mil pessoas. De um lado um Sul escravocrata e, do outro, um Norte que não aceitava a escravidão. Por essa razão, o País se dividiu e mergulhou numa guerra civil das mais sangrentas da história.
O filme foca um Abraham Lincoln que não abria mão dos seus ideais para libertar quatro milhões de negros das trevas da escravidão, mas ao mesmo tempo um homem firme na condição de comandante em chefe da força militar do Norte, sem, em tempo algum, perder o senso de justiça e a ternura do coração.
Não era desejo de Lincoln tão somente vencer a guerra, como de fato aconteceu, mas fundamentalmente destruir de vez o cancro da escravidão, o que ocorreu quando - usando de todas as suas forças, até mesmo dando empregos a certos Congressistas que lhe faziam oposição - aprovou a 13º Emenda à Constituição dos Estados Unidos, erradicando, dessa forma, a servidão humana no País de George Washington.
Dias depois da vitória do Norte sobre o Sul, um fanático sulista, nas dependências de um teatro, assassinou Lincoln. A tragédia retira o grande homem desta vida e o arremete para a história, onde o seu nome brilhará, como exemplo de homem público íntegro e ético, até o fim dos tempos.
Ao final do filme, ouve-se de um determinado personagem: “o homem de alma mais pura da América foi obrigado a corromper membros do Congresso dos Estados Unidos para aprovar a Emenda nº 13, lei que retirou da escravidão milhões de seres humanos”. Com os meus botões dialoguei: ‘eis aí uma das poucas vezes em que os fins justificaram os meios’.
Depois de assistir ao filme fiquei a imaginar se neste nosso Brasil já tivemos um político à altura de um Abraham Lincoln. Acredito que não.  A história brasileira ainda é pobre de grandes nomes. Quando, aqui, teremos estadistas à altura de figuras como Washington, Lincoln, Franklin Roosevelt, Winston Churchill e Bolívar? Um dia chegaremos lá.  Esperanças não me faltam.   

*Advogado;
*Líder do PSDB na CMM;
*Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM;