O ato público em defesa da reabertura da Santa Casa de Misericórdia de Manaus, que promovi nesse último sábado, no cruzamento da Sete de Setembro com a Eduardo Ribeiro, foi revestido de grande sucesso, haja vista que as pessoas vinham ao nosso encontro e perguntavam de que forma efetivamente podiam ajudar, a exemplo de uma senhora que se aproximou e me perguntou como poderia depositar recursos na conta do movimento que estava lutando pela reabertura da Santa Casa. Disse-lhe que a nossa luta, por enquanto, consistia tão somente em sensibilizar as autoridades e todas as pessoas que quisessem ajudar a Santa Casa. É possível - expliquei-lhe - que mais à frente haja necessidade de se usar tal estratégia, a exemplo do que aconteceu em Fortaleza, quando o povo cearense salvou a sua Santa Casa, depositando, nas contas de água e luz, quantias do tamanho do bolso de cada um. Todo mundo colaborou e a Santa Casa de Fortaleza é hoje hospital de referência do Ceará.
O destino da Santa Casa de Misericórdia de Manaus está nas mãos dos homens e mulheres de boa vontade deste Estado, em especial nas do governador Omar Aziz que, querendo, pode salvá-la e entregá-la ao nosso povo completamente revitalizada, em condições de pleno funcionamento, a exemplo do que aconteceu recentemente no Pará, quando a ex-governadora, Ana Júlia Carepa, decidiu encampar a Santa Casa de Belém, inclusive ampliando-a com a construção de anexos. Resultado: a Santa Casa de Belém foi toda revitalizada, e hoje já é considerada um hospital de referência naquele estado irmão.
Entre os muitos desafios, Ana Júlia teve que encontrar uma solução jurídica que lhe desse condições de assumir a Santa Casa de Misericórdia de Belém. A solução encontrada foi a de transformá-la em fundação. Feito isso, apoiada pela população, deu início aos trabalhos e a fez retornar aos seus tempos no passado, quando o povo pobre, o público alvo das Santas Casas de todo o país, passou a ser atendido nas suas dependências, agora revitalizadas e equipadas em condições de bem servir o povo paraense.
Por que a mesma estratégia não pode ser usada aqui? Claro que pode, basta o governador Omar Aziz desejar. No apelo que faço, peço que a sua esposa Nejmi Aziz, que vem desenvolvendo um bom trabalho na área social em apoio às populações pobres, assuma o desafio de fazer reabrir as portas da nossa Santa Casa, fechada há sete anos. Pessoalmente, entendo que o Governador Omar Aziz e dona Nejmi podem salvar a Santa Casa. Quem o fizer jamais será esquecido pelos milhares de pessoas que tiveram os seus parentes e amigos salvos nas suas dependências. A nossa Santa Casa é mais do que um hospital, ela é um sentimento enquistado no coração do nosso povo.
Por: Vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM