"Em l988 fui eleito pelo PSDB vereador de Manaus, obtendo uma das maiores votações da história do município de Manaus, votação essa que puxou o Serafim Correia, a Vanessa Graziotin, o Jérferson Péres e o João Pedro Gonçaves".
Mudar de partido não é como mudar de camisa. A minha saída do PDT tem a ver com princípios políticos e de natureza moral dos quais não abro mão. Não fosse a entrada do Amazonino no PDT, jamais deixaria as suas fileiras como o fiz.
Na condição de democrata que sou, procurei ouvir pessoas que me seguem desde os primeiros momentos da minha vida política. Costumo dizer que não sou eu sozinho, isto é, por quase 30 anos de mandato eletivo venho sendo ajudado por parentes, amigos e correligionários da capital e do interior do Estado. Como não ouvir quem sempre esteve comigo ao cabo de tantos anos de luta?
Orgulho-me em dizer que fui procurado por muitos partidos, todos de centro-esquerda, a linha ideológica que norteou a minha atividade política desde o primeiro mandato de deputado federal pelo então MDB, o partido de oposição à ditadura militar. Repito: em respeito à minha história é que me desliguei do PDT por ocasião da entrada do Amazonino Mendes em seus quadros. Só depois de ouvir a um mundo de companheiros é que me decidi pelo PSDB, partido que nos anos 80 ajudei a fundar, ao lado de bravos companheiros, a exemplo de Arthur Virgílio Neto, Jefferson Péres, Beth Azize, Francisco Marques, Félix Valois e tantos outros.
Em l988 fui eleito pelo PSDB vereador de Manaus, obtendo uma das maiores votações da história do município de Manaus, votação essa que puxou o Serafim Correia, a Vanessa Graziotin, o Jérferson Péres e o João Pedro Gonçaves. O roubo do meu mandato de senador em 1986 teve conotação de escândalo, um fato vergonhoso ocorrido à luz do dia. Sem sombra de dúvida foi o estopim que pesou na vitória do Arthur para prefeito em 1988 e, por consequência, me fez o vereador mais votado daquele pleito.
Escolher nesta hora o PSDB é como estivesse voltando para casa, até porque, por esse grande partido também fui eleito deputado estadual, de onde saí, tempos depois para o PDT, de Jefferson Péres, partido onde permaneci até dias atrás. Volto a cerrar fileiras ao lado ao lado do Arthur Virgílio, companheiro velho de luta, guerreiro dos bons que não arrepia caminho quando defendo os direitos do nosso povo. Em plena ditadura militar. Na condição de deputados em Brasília, brigamos ombro a ombro contra as arbitrariedades cometidas pelos senhores das baionetas. Mais uma vez estamos unidos, nos reencontramos com o elevado propósito de lutar a boa luta e combater o bom combate contra os maus políticos que infestam o Amazonas e o nosso Brasil.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM
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