Mário: “Estão
matando pessoas inocentes, comerciantes, trabalhadores e pais de família pelo
simples prazer de matar”.
Mário Frota: “Não vejo, por exemplo, a
necessidade de a Assembleia Legislativa utilizar 76 policiais militares para servir
de sentinela aos deputados. A Assembleia dispõe de recursos para arcar com a própria
segurança, como fazemos na Câmara Municipal, que mantém a sua guarda paga com
recursos da Casa e esse exemplo deve ser seguido pelo Tribunal de Contas, Tribunal
de Justiça, Ministério Público e pelo Governo do Estado. Qual a função da Casa
Militar dentro do Palácio do Governo? Por que manter policiais pagos com o erário
dentro de instituições públicas? O policial militar é para estar nas ruas defendendo
o povo e não dentro das entidades ricas que possuem recursos próprios para
contratar sua segurança”.
O vereador Mário Frota (PHS) voltou a criticar os grandes índices
de violência em Manaus ao discursar hoje, da tribuna da Câmara Municipal de
Manaus (CMM) durante o Pequeno Expediente. De acordo com o parlamentar, a
imprensa registrou 17 mortes violentas no último final de semana na capital. “Estão
matando pessoas inocentes, comerciantes, trabalhadores e pais de família pelo
simples prazer de matar, principalmente nos casos de latrocínios, que é o roubo seguido
de morte, com vítimas desarmadas, que não esboçam reação”, lamenta.
O vereador atribui os altos índices de violência devido a crise
que tomou conta do país e vem desmoronando a economia das cidades como num
efeito cascata. Mário conclui ainda que os últimos 13 anos de governo do
Partido dos Trabalhadores (PT) produziram rupturas muito profundas no seio da
sociedade brasileira, provocadas por um mar de corrupção, em nome de um projeto
de poder, que infestou mais da metade das instituições e quebrou, literalmente,
o país. Isso fez com que o povo fosse para as ruas pedir o impedimento da
presidente afastada, Dilma Rousseff. Por causa da crise já foram fechadas 191 mil
empresas, afastando cerca de 12 milhões de trabalhadores do mercado de trabalho.
Para conter a violência em Manaus, Mário Frota destacou o trabalho,
na área de segurança, desenvolvido pelo então prefeito de Nova Iorque, Rudolph
Giuliani, no início dos anos de 1990, quando implantou o programa Tolerância
Zero, baseado na ‘teoria das janelas quebradas’, desenvolvida pelo cientista
político James Wilson e pelo psicólogo criminalista George Kelling, ambos
americanos, que publicaram na revista Atlantic Monthly um estudo em que, pela
primeira vez, se estabelecia uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade.
Nesse trabalho, veiculado com o título “Polícia
e a Segurança da Comunidade”, os autores usaram a imagem de janelas quebradas
para explicar como a desordem e a criminalidade poderia, aos poucos, infiltrar-se
numa comunidade, causando a sua decadência e a consequente queda da qualidade
de vida. Kelling e Wilson sustentavam que se a janela de uma fábrica ou de um escritório
fosse quebrada e não fosse imediatamente consertada, as pessoas que por ali passassem
concluiriam que ninguém se importava com isso e que, naquela localidade, não
havia autoridade responsável pela manutenção da ordem. Em pouco tempo, algumas pessoas
começariam a atirar pedras para quebrar as demais janelas ainda intactas. Logo,
todas as janelas estariam quebradas.
Em razão da imagem
das janelas quebradas, o estudo ficou conhecido como ‘broken windows’, que veio
a lançar os fundamentos da moderna política criminal americana, implantada com sucesso em Nova Iorque.
Apesar da crise,
destaca Mário, o governador José Melo poderia implantar um sistema similar ao
da cidade americana no nosso Estado para conter, desde os pequenos infratores, até
aos grandes bandidos. Mas antes disso é preciso readequar os quadros da Polícia
Militar e reciclar o seu contingente. “Não vejo, por exemplo, a necessidade de
a Assembleia Legislativa utilizar 76 policiais militares para servir de sentinela
aos deputados. A Assembleia dispõe de recursos para arcar com a própria segurança,
como fazemos na Câmara Municipal, que mantém a sua guarda paga com recursos da
Casa e esse exemplo deve ser seguido pelo Tribunal de Contas, Tribunal de
Justiça, Ministério Público e pelo Governo do Estado. Qual a função da Casa
Militar dentro do Palácio do Governo? Por que manter policiais pagos com o erário
dentro de instituições públicas? O policial militar é para estar nas ruas defendendo
o povo e não dentro das entidades ricas que possuem recursos próprios para
contratar sua segurança”, ensina Mário Frota. (Por: Roberto Pacheco – MTb 426).