O Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, vive o seu inferno astral. Em qualquer País do chamado mundo civilizado, Alfredo estaria fora do Ministério. O escândalo, noticiado com pormenores pela revista Veja, é o suficiente para que ocorra o seu afastamento. Como pode uma pessoa acusada de um crime continuar titular de um Ministério? Tem ela isenção para promover as investigações que o caso requer? É sagrado o direito de Alfredo se defender, mas fora do Ministério, para evitar pressões e coações sobre funcionários encarregados de promover as investigações.
Espero que a presidente Dilma não siga as pegadas do seu antecessor que, na maior cara-de-pau, defendia e inocentava corruptos da sua administração, a exemplo dos bandidos que integravam a quadrilha do mensalão, afirmando, sem tremer o rosto, que não viu, não sabia e nunca ouvir falar que, na vizinhança da sua barba, existisse uma turma da pesada arrecadando dinheiro a rodo para subornar políticos com assento no Congresso Nacional.
No caso Palocci o próprio Lula foi para dentro do Congresso com propósito de blindar o amigo, denunciado por ter, em quatro anos, multiplicado por 20 o seu patrimônio. Dilma agiu com ética. Desprezou os conselhos do seu antigo tutor e, exemplarmente, afastou o Ministro acusado de corrupção. Para evitar desgastes, entendo, como político e cidadão brasileiro, que o Ministro Alfredo Nascimento seja de imediato afastado do cargo, mas que lhe seja dado amplo direito de defesa como determina a Constituição pátria. Caso seja inocentado, até como forma de reparar uma injustiça, considero justo a sua recondução ao Ministério.
Por: Vereador Mário Frota
Líder do PDT na CMM
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM