quinta-feira, 13 de maio de 2010

CHICO XAVIER O DOUTRINADOR DO ESPIRITISMO


O FILME SOBRE A VIDA DO CHICO CHAVIER É O CAMPEÃO DE BILHETERIA DA HISTÓRIA DO CINEMA NACIONAL. O sucesso do filme deve-se ao diretor e aos excelentes atores convidados pelo diretor Daniel Filho, ou por que tem a ver com a vida de um dos mais importantes médiuns do mundo, o mineiro Francisco Candido Xavier, mais conhecido por Chico Xavier?

No meu entender o filme é genial, os atores são ótimos, entre os melhores do país, mas o que chama atenção mesmo é a vida do Chico Xavier, o testemunho que deu de amor próximo, de tolerância, de profunda humildade e, acima de tudo de honestidade, pois, caso quisesse ficar rico, bastava que assumisse a autoria dos 439 livros que escreveu. Pelo contrário, ao longo dos seus 92 anos de vida, sempre confirmou que a autoria dos livros era dos espíritos de grandes poetas e escritores mortos. Todas as vendas, em torno de 70 milhões de livros, foi o arrecadado encaminhando a entidades filantrópicas, de apoio a pessoas doentes, abandonadas, enfim, mergulhadas no sofrimento.

O jornalista meu amigo Paulo Figueiredo, há coisa de duas semanas, escreveu um primoroso artigo sobre o filme Chico Xavier, do diretor Daniel Filho. Ao final, comparou Chico Xavier a São Paulo. No dizer de Paulo Figueiredo, Paulo é o doutrinador do cristianismo, enquanto Chico Xavier é doutrinador no Brasil do espiritismo, divulgado em várias obras por Alan Kardec. Dois apóstolos, guardadas as devidas proporções, que pregam os ensinamentos de Jesus em linguagens teológicas um tanto diferentes, mas se unem na mesma vertente do cristianismo que prega a caridade ao próximo, o amor e a compaixão.

Pessoalmente, vejo em em São Paulo a figura do missionário, do homem de ação, do entusiasta que vai às ultimas consequências à frente da sua missão, às vezes pregando com expressões duras, de guerreiro da fé que abraçou, enquanto Chico Xavier me parece de um outro time. A sua pregação é doce, profundamente tolerante, não impõe nada, trata com extremo respeito todos os credos, e não para de falar na caridade, tão enaltecida por Paulo. Ele, Chico Xavier, a meu ver, está mais para a doçura do santo-poeta São Francisco de Assis. Bem, Paulo, São Francisco e Chico Xavier, os três, casa um a seu modo, pregaram os mandamentos da doutrina de Jesus Cristo, o único mestre a quem serviram até o fim dos seus dias.

Por: Vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder no PDT na CMM