Trecho do km 220 da
BR-319, liberada para o tráfego de veículos
Mário Frota: Tenho defendido repetidas vezes, da
tribuna da Câmara, que os órgãos de controle do meio ambiente, responsáveis
pela fiscalização das obras da BR-319, parecem que desconhecem a importância
dessa rodovia para o desenvolvimento do nosso estado. A reabertura da Álvaro
Maia é um marco histórico para a nossa região porque Manaus está saindo
novamente do isolamento terrestre para o resto do Brasil...”
O vereador Mário Frota, líder do PSDB, apresentou projeto de indicação
ao presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS) com a
finalidade de criar uma comitiva de vereadores para avaliar in loco as condições de trafegabilidade
da rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho e ao resto do país.
A rodovia federal Álvaro Maia, mais
conhecida como BR-319, foi construída com a finalidade de colonizar a Amazônia
brasileira em 1976, durante o regime militar, com uma extensão de 885 km, dos
quais 820,1 no Amazonas e 64,9 em Rondônia. Mas, por falta de manutenção em
alguns trechos, nos anos seguintes se tornou intransponível para o transporte, com
grandes buracos e encoberta pelo mato.
Em 2005, o governo federal anunciou a recuperação da BR-319 e as obras
começaram no dia 21 de novembro de 2008, com duas frentes de trabalhos partindo
de Manaus e Porto Velho, inclusive com a participação do Exército Brasileiro. Com
o início das obras, apareceram alguns estudos desenvolvidos por ambientalistas alertando
que, caso a recuperação da BR não sejam acompanhadas pelos órgãos de
fiscalização do meio ambiente, poderia acontecer grandes desmatamento e
ocupação desordenada das margens da rodovia.
Durante sua recuperação, a BR-319 sofreu várias interdições pelos órgãos
ambientalistas, acarretando no atraso das obras, depois que o Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) embargou
alguns trechos das obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes (Denit), que foi autuado por irregularidades e graves danos ao meio
ambiente.
Sobre o assunto o vereador Mário
Frota afirmou que defendeu repetidas vezes, da tribuna da Câmara, que os órgãos
de controle do meio ambiente, responsáveis pela fiscalização das obras da
BR-319, parecem que desconhecem a importância dessa rodovia para o
desenvolvimento do estado. “A reabertura da Álvaro Maia é um marco histórico
para a nossa região porque Manaus está saindo novamente do isolamento terrestre
para o resto do Brasil, é a nossa segunda tentativa de liberar essa grande ‘ilha’
chamada Amazonas das opções de transporte somente por água e ar. Esses órgãos,
a exemplo do Ibama, antes de embargar trechos das obras, deveriam levar em
consideração que a BR-319 já existia e o que se está fazendo é a sua
revitalização”, lembra o Mário.
O parlamentar sugere ainda que, para evitar um novo impedimento de
trafegabilidade da BR-319 por falta de manutenção, o Ministério dos Transportes
quando for fazer novas licitações para nomear concessionárias para exploração
das BRs interestaduais, deveria “casar” a nossa Álvaro Maia com outras grandes
rodovias como, por exemplo, a Presidente Dutra. “Assim, a empresa que ganhasse
a concessão para explorar o pedágio de rodovias superavitárias em função do
grande tráfego de veículos, seria obrigada, por força de contrato, a dar
manutenção, também, à rodovia agregada”, ensina o vereador.
Nesse mês de outubro, a rodovia tornou-se trafegável e já conta com linha
de ônibus de duas empresas que fazem o trajeto Manaus/Porto Velho e Manaus/Humaitá.
A BR-319 é o principal acesso do estado do Amazonas, via terrestre, ao
resto do Brasil ligando ainda as cidades amazonenses de Humaitá, Lábrea e Manicore,
ao sul; e Careiro, Manaquiri, Autazes e Careiro da Várzea, ao norte.
(Por: Roberto Pacheco – MTb 426).