PARA AJUDAR AS EMPRESAS PICARETAS QUE DESTRUÍRAM O SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO DE MANAUS, AMAZONINO AMEAÇA EXTINGUIR OS ÔNIBUS EXECUTIVOS. O presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) está ameaçando retirar os ônibus executivos de circulação. Ora, quem conhece o Amazonino, por certo sabe que ele vai ferrar as Cooperativas para beneficiar os donos das empresas que hoje esfolam o nosso povo que anda de ônibus. As Cooperativas são daqui, e os seus ônibus têm sido o salva-vidas do sistema. Sem eles o sistema estaria totalmente quebrado, aniquilado.
Conhecendo o caráter do Amazonino como eu conheço, sei que mais cedo ou mais tarde, a meta dele é jogar os proprietários dos ônibus das Cooperativas na rua da amargura. E por quê? A resposta é grana, dinheiro, capim, boró, ou qualquer outro nome que se queira dar ao vil metal.
Dias atrás, ouvi de alguém, que o prefeito Negão tinha por objetivo ajudar os proprietários dos ônibus executivos, orientando-os a formar um pool, unindo todas as Cooperativas para participar da futura licitação que tem por meta organizar o transporte coletivo de Manaus. É tudo papo furado, desconversei.
Conhecendo o menino sabido, o mesmo que, segundo os mais velhos, enganou um pedreiro em alguns milhões, que o pobre homem havia ganhado na loteria, sabe que no lugar do coração ele tem bolso, e bolso profundo. Ouvi a história e fiquei com a pulga atrás da orelha. Em matéria de maldade, todo mundo sabe do que ele é capaz. Bem a propósito, lembrei-me agora do apelido que ele ganhou a partir do episódio que aprontou com o pedreiro: Maumenino.
O Maumenino jamais vai ajudar os proprietários dos ônibus executivos. Como o deputado Justo Veríssimo - personagem interpretado pelo Chico Anísio - ele quer mesmo é que pobre se exploda. Entre ficar com os donos de ônibus, sem dinheiro, que mal ganham para pagar o carro e sustentar a família, ele fica com os poderosos donos dessas empresas de fora, que espoliam e exploram o povo da terra. E tudo por quê? Por causa da grana. Por causa da mala preta do dinheiro que, historicamente, ajuda políticos antes, nas campanhas, e depois.
Há uma grande diferença do que acontece aqui e em Belém no que diz respeito ao transporte coletivo. Em Belém, várias empresas são de pessoas da terra, a exemplo da Nossa Senhora de Nazaré e da D. Manoel, enquanto, aqui, todas são de fora, sem exceção. Em Belém, o transporte coletivo é bom, os ônibus são novos e a passagem custa R$ 1,80. Aqui os ônibus estão caindo aos pedaços e a passagem custa R$ 2,25 e, mesmo assim, os pilantras ainda pedem aumento da tarifa. Ia esquecendo: aqui o governador abriu mão da cobrança dos 17 por cento do ICMS sobre o diesel usado pelos ônibus. Em Belém os proprietários dos ônibus não recebem nenhum incentivo.
Não sou profeta, mas sei que essa licitação só vai beneficiar os proprietários das empresas e, em razão disso, em nada vai ser diferente de outra picaretagem: a Transmanaus, urdida pela turma do Serafim e os donos de ônibus. Quem viver, verá.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM