Texto: Vereador Mário Frota*
O
centro de Manaus tem vários prédios antigos, que poderiam ser aproveitados e
transformados em camelódromos, a exemplo do que existe em várias capitais de
outros Estados.
Não se pode mexer com o centro de Manaus
sem antes encontrar uma rápida e definida solução para as pessoas que nele
trabalham como vendedores de produtos diversos (camelôs), assim como os que
negociam produtos do artesanato local, a exemplo de pessoas que há 15 ou mais
anos têm as suas barracas armadas na Praça Tenreiro Aranha.
Os próprios camelôs, representados pela
suas associações concordam em sair da área, mas reivindicam que, antes, a
Prefeitura encontre uma solução capaz de assegurar o direito de todos que
trabalham nessa árdua e sacrificada profissão, condições de continuar ganhando
o suficiente para sustentar a família.
Na condição de vice-prefeito do Serafim
Correia percorri o País em busca de alternativas para resolver tão grave
situação. Ao final disse para o Serafim que Manaus era a única grande cidade do
Brasil onde ainda não havia uma solução para a questão envolvendo os camelôs.
Ou seja, enquanto todas as demais grandes cidades brasileiras já haviam
encontrado solução para o problema, aqui sequer se pensava como resolver a
grave questão.
Sugeri ao Serafim que a solução seria tirar
os camelôs para lugares diversos, onde pudessem ficar próximas ao público que,
tradicionalmente, consomem produtos vendidos em suas bancas. Em razão disso,
sugeri a edificação de um shopping popular em um terreno existente nas
proximidades da feira da Manaus Moderna, na ilha de Monte Cristo; a construção
de mezaninos (segundo andar) nos terminais de ônibus; e ainda comprar ou alugar
prédios no centro que poderiam ser transformados em camelódromos, a exemplo do
edifício Tartaruga e outros.
A construção de um shopping popular na ilha
do Monte Cristo, ao lado da feira da Manaus Moderna, é importante pela
aproximação do porto por onde embarcam e desembarcam, diariamente, milhares de
pessoas que vivem no nosso interior, público alvo dos vendedores ambulantes. Centenas de camelôs poderiam ser instalados em
pequenas lojas, nos terminais imensos e mal aproveitados, construídos pelo
Alfredo Nascimento para serventia do falecido Expresso. Diariamente, milhares
de pessoas transitam por esses terminais. O centro de Manaus tem vários prédios antigos,
que poderiam ser aproveitados e transformados em camelódromos, a exemplo do que
existe em várias capitais de outros Estados.
Acredito que essa e outras áreas poderiam
resolver, em definitivo, o problema dos nossos irmãos camelôs. Eleito, o Arthur
tem como tocar esses e outros projetos, até porque, na condição de vereador
eleito na sua chapa, vou procurar influenciá-lo para que ele faça investimentos
nesses e em outros projetos de interesses da classe dos camelôs.
*Advogado;
*Líder
do PSDB na CMM;
*Presidente
da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM.
Foto: acritica.uol.com.br