quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

GÁS DE URUCU EVAPOROU


O GÁS DO URUCU NÃO VAI BENEFICIAR O POVO DE MANAUS, MAS TÃO-SOMENTE OS EMPRESÁRIOS DO DISTRITO. NÃO HÁ GÁS PARA OS CARROS E A TARIFA DE LUZ VAI CONTINUAR IGUAL, OU SEJA, A MAIS CARA DO PAÍS. POR QUE NOSSOS PARLAMENTARES FEDERAIS NÃO DIZEM NADA? O QUE ESPERAR DE UMA BANCADA QUE SÓ TÊM GOVERNISTAS? Li a matéria publicada no jornal A Crítica, na página de economia, intitulada “Olarias sem gás em 2011” e, como já venho fazendo abordagens sobre o assunto da Tribuna da Câmara de Vereadores e por este humilde Blog resolvi, mais uma vez, meter a minha colher de pau no assunto.

Pessoalmente entendo como descaso e absoluto desrespeito do governo federal a forma como essa questão vem sendo tratada. Em primeiro lugar, não dá para entender a razão porque o gás que o governo compra da Bolívia, e chega a São Paulo, depois de percorrer 2.600 quilômetros, seja 65 por cento mais barato do que o que trazemos do Urucu, há 500 quilômetros daqui. Ou seja, como explicar que o gás da Bolívia é vendido em são Paulo por menos de R$ 1,00, enquanto aqui pode ultrapassar R$ 1,50?

Dá tristeza e revolta ver tudo isso. Primeiro eles criaram uma enorme expectativa no povo sobre os benefícios que o gás do Urucu iria trazer para Manaus. Agora, depois de gastos quase R$ 6 bilhões, vem com esse papo furado de que o gás do Urucu não tem condições de abastecer Manaus. E as pessoas que compraram carros à gasolina na expectativa de mudar para o gás, uma matriz energética mais limpa e barata? Eu fui um desses muitos babacas, pois que comprei uma S10 da Chevrolet acreditando que poderia mudar logo para gás e, assim, estar fazendo um bom negócio.

Outra mentira que os sabichões de Brasília passaram no povo, tempos atrás, é que, com a mudança do diesel para o gás, as termelétricas passariam a fornecer uma energia mais barata para as nossas residências. Tudo conversa fiada, pois, sabe-se agora, que a tarifa da energia não vai ser alterada, ou melhor, vamos continuar pagando a luz mais cara do país.

Perguntar não ofende: por que a nossa bancada federal, constituída por oito deputados federais e três senadores, não protestam em Brasília contra essa violência perpetrada contra o povo de Manaus? Fato como esse ocorreria nos estados do Sul e Sudeste? Será que a razão é por que todos eles apóiam o governo, aqui e em Brasília? Como faz falta a oposição. Tiraram o Arthur do Senado, agora só nos resta esperar, esperar que o povo crie juízo e escolha melhor os seus representantes.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

AMAZONINO ‘BATEU CATOLÉ’ NA PONTA NEGRA


POR TEIMOSIA DO AMAZONINO, EM INTERDITAR TODA A ÁREA DA PONTA NEGRA PARA REFORMA, E NÃO POR ETAPAS, COMO ACONSELHEI DA TRIBUNA DA CÂMARA, A QUEIMA DE FOGOS, PELA PRIMEIRA VEZ EM MUITOS ANOS, TERMINOU EM FIASCO. Os manauenses que assistiram pela televisão a queima de fogos dando boas-vindas ao ano novo, com certeza ficaram frustrados com Manaus diante do espetáculo de cores e brilhos que iluminaram o Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador e tantas outras capitais do país. Aqui, foi um fiasco. O balneário da Ponta Negra, onde a prefeitura todos os anos proporciona ao nosso povo um espetáculo com rojões, cores e luzes, este ano foi horrível, o pior que já assisti em toda a minha vida.

As pessoas que foram de barco assistir o espetáculo da queima de fogos devem ter deixado a área profundamente decepcionadas. Convidado por uma amiga, que mora em um dos prédios debruçados para o rio Negro presenciei, com a minha família e muitos amigos, a tal queima de fogos. Quando pensei que estava começando já havia acabado. Foi a maior enganação. Lembrei-me da administração do Serafim, da qual fui vice-prefeito e, pelos menos no que diz respeito à queima de fogos na Ponta Negra, pode-se dizer que o espetáculo não podia ser rivalizado com o de Copacabana, é verdade, no entanto, não perdia em nada para o ocorrido em outras capitais, país afora.

Tenho um barco e, quase todo ano, reúno parentes e amigos para assistir a queima de fogos na Ponta Negra. Quando percebi a indecisão da prefeitura sobre se haveria ou não o tradicional espetáculo, fiquei com a pulga atrás da orelha e resolvi deixar o barco no ancoradouro. Agi acertadamente, ainda bem. Eram poucos barcos aguardando a festa. Pelos meus cálculos não havia 20 por cento dos outros anos. Pior mesmo é se todo mundo tivesse ido para lá na expectativa de ver um bom espetáculo.

Quando o Amazonino retirou os permissionários na base do “manu militari”, ou seja, com o uso de violência - fato ocorrido dentro da madrugada - da tribuna da Câmara protestei e vaticinei: ‘por muito tempo o povo não vai dispor do seu referencial número um para curtir espetáculos’. ‘O correto’, opinei, ‘seria tocar a reforma por etapas’, ou seja, cada etapa, depois de construída, seria de imediato entregue ao público. Em sendo assim, não haveria razão para interditar a Ponta Negra no seu todo, como o fez, mas em partes, o que seria mais racional, sem entraves e prejuízos para o povo que dela precisa e para os pais de família que ganhavam o pão de cada dia na área.

Mas como se fazer escutar se o Amazonino e os seus secretários agem como se fossem deuses? Para eles, que habitam o Monte Olimpo, somos apenas uns idiotas moradores da planície. Bem, o resultado todos vimos e ninguém gostou.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM