quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

AMAZONINO ‘BATEU CATOLÉ’ NA PONTA NEGRA


POR TEIMOSIA DO AMAZONINO, EM INTERDITAR TODA A ÁREA DA PONTA NEGRA PARA REFORMA, E NÃO POR ETAPAS, COMO ACONSELHEI DA TRIBUNA DA CÂMARA, A QUEIMA DE FOGOS, PELA PRIMEIRA VEZ EM MUITOS ANOS, TERMINOU EM FIASCO. Os manauenses que assistiram pela televisão a queima de fogos dando boas-vindas ao ano novo, com certeza ficaram frustrados com Manaus diante do espetáculo de cores e brilhos que iluminaram o Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte, Salvador e tantas outras capitais do país. Aqui, foi um fiasco. O balneário da Ponta Negra, onde a prefeitura todos os anos proporciona ao nosso povo um espetáculo com rojões, cores e luzes, este ano foi horrível, o pior que já assisti em toda a minha vida.

As pessoas que foram de barco assistir o espetáculo da queima de fogos devem ter deixado a área profundamente decepcionadas. Convidado por uma amiga, que mora em um dos prédios debruçados para o rio Negro presenciei, com a minha família e muitos amigos, a tal queima de fogos. Quando pensei que estava começando já havia acabado. Foi a maior enganação. Lembrei-me da administração do Serafim, da qual fui vice-prefeito e, pelos menos no que diz respeito à queima de fogos na Ponta Negra, pode-se dizer que o espetáculo não podia ser rivalizado com o de Copacabana, é verdade, no entanto, não perdia em nada para o ocorrido em outras capitais, país afora.

Tenho um barco e, quase todo ano, reúno parentes e amigos para assistir a queima de fogos na Ponta Negra. Quando percebi a indecisão da prefeitura sobre se haveria ou não o tradicional espetáculo, fiquei com a pulga atrás da orelha e resolvi deixar o barco no ancoradouro. Agi acertadamente, ainda bem. Eram poucos barcos aguardando a festa. Pelos meus cálculos não havia 20 por cento dos outros anos. Pior mesmo é se todo mundo tivesse ido para lá na expectativa de ver um bom espetáculo.

Quando o Amazonino retirou os permissionários na base do “manu militari”, ou seja, com o uso de violência - fato ocorrido dentro da madrugada - da tribuna da Câmara protestei e vaticinei: ‘por muito tempo o povo não vai dispor do seu referencial número um para curtir espetáculos’. ‘O correto’, opinei, ‘seria tocar a reforma por etapas’, ou seja, cada etapa, depois de construída, seria de imediato entregue ao público. Em sendo assim, não haveria razão para interditar a Ponta Negra no seu todo, como o fez, mas em partes, o que seria mais racional, sem entraves e prejuízos para o povo que dela precisa e para os pais de família que ganhavam o pão de cada dia na área.

Mas como se fazer escutar se o Amazonino e os seus secretários agem como se fossem deuses? Para eles, que habitam o Monte Olimpo, somos apenas uns idiotas moradores da planície. Bem, o resultado todos vimos e ninguém gostou.

Por: vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

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