quarta-feira, 20 de julho de 2011

CASO FERRUGEM: SECRETARIA DE SEGURANÇA E MINISTÉRIO PÚBLICO DEVEM EXPLICAÇÕES

“Dois assessores do Prefeito de Presidente Figueiredo, Fernando Vieira, considerado inimigo político da família de Fernando Pontes (foto), são dos quadros da Polícia Civil”.

O jornal A Crítica, na sua coluna “Sim e Não”, publica hoje que o Grupo Fera, da Polícia Civil, está basicamente desativado depois do ocorrido em Presidente Figueiredo quando o jovem empresário. Fernando Pontes, o Ferrugem, foi fuzilado dentro da sua própria residência, no seu quarto, em frente da esposa e dos filhos menores.

O lamentável episódio deixa mal a Polícia Civil e o próprio Ministério Público que acompanhou a invasão da casa do empresário metralhado. Algumas perguntas não querem calar: quando o povo vai ter o direito de saber o que motivou a polícia a agir de forma tão violenta? Há por trás desse hediondo crime motivação política, levando-se em conta, conforme se comenta, que dois assessores do Prefeito de Presidente Figueiredo, Fernando Vieira, considerado inimigo político da Família Pontes, são dos quadros da Polícia Civil. Por que os policiais do Grupo Fera, envolvidos no trágico episódio, não participaram da reconstituição do crime, sob a alegação de que ninguém pode produzir provas contra si mesmo? Não está certo o velho adágio popular de que quem não deve não teme? Isso cheira a confissão de culpa.

No início, o representante do Ministério Público afirmou que a pessoa morta pela polícia era um bandido perigoso envolvido em crimes de pedofilia. Por que, de repente, o Ministério Público deixou de chamar o jovem assassinado de bandido? Não encontraram provas de pedofilia nos computadores apreendidos na casa do Ferrugem? Como na frase de Shakespeare: “há algo de podre no reino da Dinamarca”, alias, é o que se pressupõe frente ao silêncio tumular com que é tratado o revoltante crime.

A verdade é que, numa simples busca e apreensão, que poderia ter sido feita a qualquer hora do dia, os policiais do Fera terminaram por mergulhar a instituição num banho de sangue. Que alguém me explique por que os policiais do Fera entraram na casa do Ferrugem de forma espetacular, no mais puro exibicionismo, com os rostos encapuzados como nos filmes? Quanto absurdo. Tudo nas barbas do Ministério Público, o fiscal da lei.

Mais uma pergunta que não quer calar: o Ministério Público, inocentemente, teria feito o jogo dos maus policiais que entraram na casa do Fernando Pontes com propósito de matá-lo? Que mal poderia fazer um homem que estava no quarto de dormir com a sua mulher e seus filhos, frente a um grupo de policiais que lhe apontaram armas de alto calibre? Por que já entraram atirando? Por que mesmo, depois de caído na cama, ainda dispararam vários tiros contra o seu corpo? O nome disso não é execução?

Essas perguntas a Polícia e o Ministério Público estão no dever legal e moral de responder à sociedade. Mas por que a lentidão nas investigações? Com propósito de deixar o caso cair no esquecimento? Quem melhor pode responder a estas perguntas é o Secretário de Segurança do Estado e o dirigente maior do Ministério Público no Amazonas que, pelo por tudo que sei, trata-se de dois homens públicos de bem.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

CALUNIADOR NA JUSTIÇA: PUNIÇÃO PARA QUEM OFENDE A HONRA E A DIGNIDADE

"Publicar sim, mas com responsabilidade. Em caso de dúvida, por que não investigar primeiro?


Sobre a minha decisão de processar o dono de um blog que atentou contra a minha honra, faço-o com propósito de que esse tipo de fato deletério e infame deixe de existir para sempre. A sociedade brasileira precisa estar vacinada e protegida contra esse tipo de covardia, ou seja, de alguém que se esconde por trás de um instrumento de comunicação para assacar contra a dignidade de pessoas inocentes.

Fatos como esse desmerecem e degrada qualquer meio de informação, seja ele imprensa falada, escrita, televisada ou, agora, mais recentemente, a informação por meio da internet. A honra de uma pessoa deve ser preservada a qualquer preço. Não é porque alguém dispõe de um blog que deve sair por aí difamando e injuriando pessoas.

Como político que tem compromissos inarredáveis com a democracia, a vida inteira irei defender o direito à divulgação de qualquer notícia, boa ou má, mas respaldada em documentos, para que não haja injustiça, massacre moral contra inocentes. Publicar sim, mas com responsabilidade. Em caso de dúvida, por que não investigar primeiro?

A denúncia feita pelo Jornal Folha de S. Paulo, contra a Escola de Base, colégio de crianças da capital paulista, envolvendo prática infame de crianças em filmes e fotos indecentes foram desmascaradas. Descobriu-se depois tratar-se de fraude montada contra os proprietários da escola. A Justiça repôs a verdade e inocentou os acusados pelo Jornal. Resultado: a proprietária entrou em depressão e morreu. O escândalo fechou a Escola de Base. Em outras palavras: os sonhos de uma família, que a vida inteira dedicou-se à educação de crianças viraram fumaça, destruídos. O fato virou história e hoje é usado como exemplo sempre que algum órgão de imprensa faz denúncias sem apresentar provas insofismáveis e esclarecedoras. Uma publicação maldosa pode ser tão letal quanto uma bala.

O que desejo é que, além de se retratarem na presença do Juiz, essas pessoas sejam devidamente punidas para que, nunca mais, ofendam a honra e dignidade de quem quer que seja.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM

MISÉRIA NO INTERIOR E FESTA ASTRONÔMICA NA CAPITAL

Não se aplica à Fonte Boa: "O melhor meio de ser bem servido é servir bem".

Em artigo prenhe de lucidez, o advogado Paulo Figueiredo, no seu último artigo de sábado, no Diário do Amazonas, sob o título Miséria e Desperdício, com absoluta razão derrama indignação ao comentar os resultados do Censo de 2010 do IBGE, que aponta o Amazonas com cerca de 650 mil pessoas na miséria, ou seja, abaixo da chamada faixa da pobreza. Só para se ter uma idéia da tragédia, dentre os 50 municípios mais miseráveis do Brasil, o Amazonas aparece no topo com cinco: Fonte Boa, Tapauá, Gurujá, Ipixuna e Pauini, com índices vergonhosos, que vão de 86,25% a 91,95%. Números que remetem essas populações a mais negra indigência, só encontradas em regiões extremamente pobre do Planeta, a exemplo de países africanos.

O mais grave é que os demais municípios do Estado não ficam tão atrás dos cinco campeões citados em miséria. Para se ter uma idéia, o índice de miséria no Amazonas é mais do que o dobro da média do País e ficou acima até do Nordeste, anteriormente o campeão desse torneio macabro.

Enquanto parcelas significativas da população do interior do Estado vivem na última lona da sobrevivência humana, gastos astronômicos são feitos em Manaus a exemplo da ponte Manaus – Iranduba, mais cara oito vezes mais, respeitando-se as devidas proporções, do que a da China, a maior do mundo, construída recentemente, com 42 quilômetros.

Derrubaram o Vivaldão sem o menor pudor. O Vivaldão era o melhor estádio do Norte do País e, no seu lugar estão construindo outro no valor de R$ 500 milhões que, somados aos 25% dos aditivos previsto em lei, pode ultrapassar os R$ 700 milhões. Um absurdo! E os gastos com o monotrilho, uma aventura, um verdadeiro tiro no escuro que pode superar R$ 1,3 bilhão?

O problema, em minha opinião, também de homem do interior, como o jornalista Paulo Figueiredo, tem a ver com o histórico abandono da hinterlândia, em especial na administração dos últimos governadores. Como explicar que Fonte Boa, a terra de nascimento dos irmãos Átila e Belão Lins, seja um dos municípios mais miseráveis do País? Por que, apesar de ter filhos tão poderosos, no município de Fonte Boa - o principal camburão de votos desses dois políticos – a população vive em tal nível de miséria?

Os políticos desta terra fazem questão de manter o povo na ignorância e miséria porque é mais fácil controlar pessoas com fome e distanciadas da educação. Dessa feita, os sobas com eleitorado no interior, que são eleitos à cada eleição, a exemplo dos irmãos Lins, elegem-se com mais facilidade, manipulando, principalmente, parte desses 650 mil miseráveis que povoam as barrancas do Amazonas. É uma vergonha que um Estado como o nosso, que tem uma arrecadação das mais altas do País, parcela significativa do seu povo esteja mergulhada na mais negra miséria.

Por: Vereador Mário Frota

Líder do PDT na CMM

Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da CMM