terça-feira, 17 de agosto de 2010

PERMISSIONÁRIOS DA PONTA NEGRA VÃO COMER O PÃO QUE O DIABO AMAZONINO AMASSOU



AMAZONINO COMETE TRUCULÊNCIA E BRUTALIDADE CONTRA OS PERMISSIONÁRIOS DA PONTA NEGRA. O que o prefeito Amazonino Mendes fez agora com os permissionários da Ponta Negra, empurrando-os para fora dos seus boxes, barracas, bares e restaurantes, como se fossem cachorros e não gente, só é comparado com o que aconteceu na época da ditadura militar implantada por uma quartelada em 1964.

Não houve diálogo, qualquer tipo de entendimento com as pessoas que trabalham naquela área há muitos anos, sendo que alguns já ultrapassam a marca dos 20 anos. O que houve foi, portando, truculência, pura brutalidade, haja vista que os operários e as máquinas chegaram e foram desalojando, na marra, todo mundo, e ai de quem tentasse fazer qualquer reação.

Esse espetáculo causado pelo prefeito Negão, o que denunciei quando era deputado estadual por ter construído na área do Igarapé do Tarumã, uma mansão de 3 milhões de dólares, não tem nada de diferente do que o Arthur Neto fez quando foi prefeito de Manaus, quando retirou os ambulantes do centro sem lhes oferecer uma opção de sobrevivência. A diferença é que, nessa época, o então prefeito era muito jovem, administrativamente inexperiente, ao contrário do Amazonino que já é um velho administrador do município e do estado e, por isso mesmo, poderia agir com mais juízo e responsabilidade, mas, no entanto continua repetindo os erros de quando era mais jovem, ao contrário do Arthur que se tornou um grande senador do Brasil.

Ninguém, de bom senso, é contra a revitalização da ponta Negra, um dos nossos cartões postais. O que não se pode aceitar é a forma desatinada como está acontecendo. Por que a obra não pode ser feita por etapas? Por que a interdição total de toda a orla da Ponta Negra? Se as obras fossem feitas por etapas, os permissionários, e o povo freqüentador da Ponta Negra, iriam sentir menos a sua falta. Cada etapa vencida seria liberada para o povo e, naturalmente, para as pessoas que exercem o seu trabalho na área. Como decidiram fazer, até mesmo o calçadão, que as pessoas usam para se exercitar, foram fechadas ao público. Quanta estupidez. Isso só poderia sair mesmo era da cabeça de meia dúzia de idiotas.

Outro fato que me deixa preocupado é essa história de que vão fazer licitação. Tudo balela. Conhecendo como conheço o prefeito Negão e a turma dele, essas pessoas que agora eles empurram de lá para fora nunca mais vai voltar. Pode escrever. Depois de pronta a obra, eles vão ocupá-la com gente deles, ou seja, com cabos eleitorais, parentes, amigos do peito. O que vai valer é o tal de “Q.I” (“Quem Indica”). Quem viver, verá. Enquanto isso, por quase dois anos (e dois anos não são dois dias), o povo vai ficar sem a sua principal área de lazer, assim como os permissionários e os seus filhos vão ficar sem nada para sobreviver, ou seja, vão comer o pão que o diabo Amazonino amassou.

Por: vereador Mário Frota

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM

Líder do PDT na CMM

Mário Frota convoca prefeito para dar explicações sobre os permissionários da Ponta Negra

Em seu pronunciamento durante o pequeno expediente desta segunda-feira, 16, da tribuna do plenário Adriano Jorge da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Mário Frota (PDT) foi o primeiro parlamentar a se manifestar contrário a retirada dos permissionários do Balneário da Ponta Negra pela prefeitura, no último final de semana, sem determinar espaço alternativo para alocar esses empreendedores que, em sua maioria, têm nessa atividade a única fonte de renda. A ação municipal provocou a demolição de 357 pontos comerciais, entre bares e barracas, acabando com mais de mil empregos direto.

Na mesma ocasião o vereador pedetista apresentou requerimento junto à mesa diretora da CMM convocando o prefeito da cidade, Amazonino Mendes, para explicar da tribuna da casa do legislativo municipal a retirada desses comerciantes. De acordo com o parlamentar, o prefeito está conseguindo reeditar o auge da ditadura militar ao usar da truculência e se sobrepor ao diálogo, comprometendo a democracia quando, na calada da madrugada, de afogadilho, mandou seus jagunços demolir as barracas instaladas na Ponta Negra. A estupidez da operação, lembra o vereador, é muito parecida com a manobra executada no governo do prefeito Arthur Neto, (1988-1992), que mandou quebrar barracas e confiscar mercadorias para retirar os ambulantes do centro da cidade. “Mas o tiro saiu pela culatra e o senador até hoje não conseguiu apagar o estigma de perseguir os camelôs”.

O vereador Mário Frota afirmou ainda que o prefeito precisa explicar seus atos autocráticos quando dá entender à população que é o “dono de Manaus” e seguidor de Hugo Chaves, ao instituir lei para cobrança de taxa de recolhimento do lixo residencial; quando interfere nos preços das passagens de ônibus; ao autorizar a derrubada de casas da população; quando manda bater nos feirantes que utilizam carrinhos de pedreiro para vender frutas e legumes ou, por exemplo, quando manda construir obras irregulares para abrigar vendedores ambulantes.

Para justificar a convocação de Amazonino Mendes diante da tribuna da CMM, Mário Frota lembra que o prefeito foi eleito pelo povo e a ele deve explicações, mas apesar disso usa o seu aparato para destruir o patrimônio particular, fruto de um trabalho honesto, que é o sonho de todo cidadão. “Antes de tomar essa atitude, de sorrelfa, a prefeitura como um todo, deveria conversar com os permissionários da Ponta Negra, que se encontram no local, sendo alguns, há mais de trinta anos”, finaliza o parlamentar.

Gabinete do vereador Mário Frota

Assessoria de Comunicação

Por: Roberto Pacheco (MTb 426)

Permissionários da Ponta Negra pedem apoio na Câmara


Uma comissão de permissionários do Parque de Lazer Ponta Negra procurou a Câmara Municipal de Manaus (CMM) na manhã desta segunda-feira, 16, para cobrar dos vereadores uma solução ou intermediação junto à Prefeitura de Manaus, no sentido de que seja encontrado um local para que eles possam continuar trabalhando enquanto são feitas as obras de reforma do local.
Os manifestantes se identificaram como pequenos comerciantes, vendedores de alimentos, cervejas, picolés e outros produtos. Eles ocuparam a galeria da casa por volta das dez horas da manhã, queixando-se que foram retirados da Ponta Negra, neste final de semana, para que seja implantado e executado o projeto Nova Ponta Negra, e disseram que esperam uma resolução do executivo municipal para continuarem trabalhando no período da obra.
- Não sei o que vou fazer, pois de lá tirava meu sustento e da minha família – disse José Nazaré dos Santos, 45, comerciante. Ele lamentou a medida adotada, salientando que trabalha lá há mais de seis anos, mas lembrou que tem pessoas que estavam no local há mais de vinte anos. Além disso, ele disse que está devendo o Banco Popular e para pagar tem de trabalhar.
Maria Alves de Oliveira, 54, permissionária, é outra que afirmou estar devendo ao Banco Popular e também não sabe o que fazer. “Esta madrugada fui pega de surpresa e agora não sei o que vou fazer para ganhar a vida, pois no Centro da cidade não há mais lugar para ninguém”, disse ela.
Da galeria, todos acompanharam atentamente os pronunciamentos dos vereadores – a maioria falou sobre a questão, inclusive gerando polêmica quando o vereador Leonel Feitoza (PSDB) pediu que os demais vereadores não fizessem do assunto um palanque político, mas que se buscassem realmente resolver o problema.
Banco Popular – Com relação ao problema das dívidas contraídas junto ao Banco Popular por parte dos permissionários, uma comissão de vereadores será formada para intermediar a questão junto à Prefeitura de Manaus, mas a liderança do prefeito declarou que representantes do banco estarão acompanhando todo o processo, para que seja encontrada uma forma de resolver o problema.

Fonte: João Dantas
Fotografia: Plutarco Botelho