AMAZONINO COMETE TRUCULÊNCIA E BRUTALIDADE CONTRA OS PERMISSIONÁRIOS DA PONTA NEGRA. O que o prefeito Amazonino Mendes fez agora com os permissionários da Ponta Negra, empurrando-os para fora dos seus boxes, barracas, bares e restaurantes, como se fossem cachorros e não gente, só é comparado com o que aconteceu na época da ditadura militar implantada por uma quartelada em 1964.
Não houve diálogo, qualquer tipo de entendimento com as pessoas que trabalham naquela área há muitos anos, sendo que alguns já ultrapassam a marca dos 20 anos. O que houve foi, portando, truculência, pura brutalidade, haja vista que os operários e as máquinas chegaram e foram desalojando, na marra, todo mundo, e ai de quem tentasse fazer qualquer reação.
Esse espetáculo causado pelo prefeito Negão, o que denunciei quando era deputado estadual por ter construído na área do Igarapé do Tarumã, uma mansão de 3 milhões de dólares, não tem nada de diferente do que o Arthur Neto fez quando foi prefeito de Manaus, quando retirou os ambulantes do centro sem lhes oferecer uma opção de sobrevivência. A diferença é que, nessa época, o então prefeito era muito jovem, administrativamente inexperiente, ao contrário do Amazonino que já é um velho administrador do município e do estado e, por isso mesmo, poderia agir com mais juízo e responsabilidade, mas, no entanto continua repetindo os erros de quando era mais jovem, ao contrário do Arthur que se tornou um grande senador do Brasil.
Ninguém, de bom senso, é contra a revitalização da ponta Negra, um dos nossos cartões postais. O que não se pode aceitar é a forma desatinada como está acontecendo. Por que a obra não pode ser feita por etapas? Por que a interdição total de toda a orla da Ponta Negra? Se as obras fossem feitas por etapas, os permissionários, e o povo freqüentador da Ponta Negra, iriam sentir menos a sua falta. Cada etapa vencida seria liberada para o povo e, naturalmente, para as pessoas que exercem o seu trabalho na área. Como decidiram fazer, até mesmo o calçadão, que as pessoas usam para se exercitar, foram fechadas ao público. Quanta estupidez. Isso só poderia sair mesmo era da cabeça de meia dúzia de idiotas.
Outro fato que me deixa preocupado é essa história de que vão fazer licitação. Tudo balela. Conhecendo como conheço o prefeito Negão e a turma dele, essas pessoas que agora eles empurram de lá para fora nunca mais vai voltar. Pode escrever. Depois de pronta a obra, eles vão ocupá-la com gente deles, ou seja, com cabos eleitorais, parentes, amigos do peito. O que vai valer é o tal de “Q.I” (“Quem Indica”). Quem viver, verá. Enquanto isso, por quase dois anos (e dois anos não são dois dias), o povo vai ficar sem a sua principal área de lazer, assim como os permissionários e os seus filhos vão ficar sem nada para sobreviver, ou seja, vão comer o pão que o diabo Amazonino amassou.
Por: vereador Mário Frota
Presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMM
Líder do PDT na CMM